A Grande Organização

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Capítulo 20

A Grande Organização

Mia refletiu sobre a situação atual ao ver essas pessoas que entraram de repente na casa.

Eles não são pessoas comuns, aquele homem mascarado não me passou uma boa energia.

Ela olhou para Felícia que colocou as mãos para trás e as apertava, deixando elas vermelhas, algo que ela faz sempre que está assustada.

É a Malia... ela matou aquelas pessoas no banquete e se ela for nos matar também...

Felícia pensou, ao lembrar do acontecimento.

Preocupada com o nervosismo da irmã, Mia também refletiu.

Preciso ser cuidadosa, melhor cooperarmos por enquanto e descobrir um jeito de sair numa boa.

Malia se aproximou de Felícia para segurá-la pelo braço, porém, Mia tomou à frente e disse:

— Não iremos resistir, apenas mostre o caminho. — Seu olhar, mesmo sendo azul, parecia queimar de determinação.

— Sabe, gosto do seu olhar, você parece forte. — Ela tentou tocar o rosto da Mia.

— Não encosta em mim, estou colaborando, mas não vou abaixar a cabeça pra ninguém — falou enquanto encarava a mulher ruiva.

— Ui, ui — Malia sorriu e abriu passagem para as duas saírem.

Do lado de fora da casa haviam quatro carros estacionados, dois dos membros da família Atelister, um do homem misterioso, que era completamente preto e com vidros escuros, por último o da Malia, que veio dividindo com Victor. Cada um deles entrou em seus carros, o mascarado liderou o caminho, seguido por Mia e Felícia, escoltado pelo último carro da organização.

Durante o caminho Mia fez uma ligação para Felícia.

— O que vamos fazer, Mi? — perguntou a jovem preocupada.

— Tenha calma, por enquanto eles não vão fazer nada, vamos colaborar e esperar o melhor momento para sair dessa. — Ela tentou acalmá-la com palavras reconfortantes e depois desligou a chamada.

Quando eles chegaram, a mesma preocupação que sua irmã teve, também passou pela sua cabeça.

Eu falei tudo aquilo pra Felícia sobre ter calma, mas nem mesmo sei o que vai acontecer. E se algo der errado? Não. Não posso pensar assim, preciso me manter firme pelo bem dela.

Eles desceram do carro e caminharam para a entrada da corporação, suas portas de vidro na entrada permitiam ver o balcão da recepção no lado esquerdo e o elevador que fica mais ao fundo em frente à porta.

O homem mascarado liderava o caminho e enquanto caminhava em direção ao elevador, todos a volta que viviam suas vidas e faziam seus trabalhos, abaixaram suas cabeças, como se fosse uma reverência silenciosa. Ele parou em frente ao elevador e sinalizou para todos entrarem, ele entrou em sequência e apertou para subir para o último andar, o dezessete. Quando as portas se abriram havia um corredor largo à frente, duas portas de madeira em cada lado e uma grande sala de vidro ao fundo.

— Sejam bem-vindas — disse o homem, ele apontou indicando a direção da última sala.

Ao se aproximarem, ambas notaram a mesa de madeira com oito assentos no centro da sala, no lado direito uma mesa de escritório e na esquerda havia alguns degraus que levava à uma mesa de sinuca, equipada com um mini bar e com algumas garrafas de whisky. Eles entraram e sentaram na mesa. O homem misterioso na ponta direita, Malia no seu lado direito e Victor do seu lado esquerdo. Mia sentou na ponta oposta em relação ao homem mascarado e Felícia sentou no seu lado esquerdo.

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