Capítulo 8: - Proelium -

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Subimos dezenas de degraus que nos levam ao ponto mais alto do domínio, onde uma imensa redoma abriga um templo no seu interior, cercado por um gramado ciano translúcido.

Dois imponentes Ykrahtis fazem a guarda à entrada da redoma. Félix assume a liderança da conversa com os guardas, que depois de alguns minutos, nos autorizam a entrar.

Adentrando a redoma, traçamos nosso plano:

- Ok, ok. O que faremos agora? Se eu entrar e confrontar o Katak, estou fadado à morte. - Félix parece derrotado.

- Como uma cavaleira de Typhon, assumo a responsabilidade. - Mia afirma com convicção.

- De maneira alguma. Fiquem aqui. Eu sei falar a língua dos Ykrahtis e já tenho uma abordagem em mente. - minha voz é calma e confiante, deixando claro que sou a melhor opção para a conversa.

- Mas... - Mia tenta argumentar.

- Eu entendo a sua vontade, Mia. No entanto, acredito que o mais sensato é você permanecer aqui, caso algo dê errado. Além disso, sua presença intimida Félix e o mantém sob controle. - Destaco sua importância.

- Tsc... ser tratado como um animal é humilhante. - Félix resmunga.

- Apenas tenham cuidado com o Katak. Ele pode ser um líder habilidoso, mas é traiçoeiro quando quer. - Félix me alerta.

- Agradeço pelo aviso, vou ficar atento. - Respondo com seriedade.

Outros dois Ykrahtis, que até então estavam na entrada do templo, me conduzem até o encontro com o Katak de Sanerius.

O corredor longo e cinza, adornado com detalhes ciano, exibe símbolos e artes abstratas. Uma névoa rasteira serpenteia pelo chão, dançando com nossos passos.

Eles param diante de uma enorme porta de concreto com um símbolo branco. Estendem suas mãos, e o símbolo se transforma em ciano, erguendo a porta. Atrás dela, encontro um salão com um trono ao fundo, decorado com relevos que representam o povo Ykrahtis. O ambiente é iluminado por candelabros, com chamas que emitem um tom azul-esverdeado. Apesar da atmosfera tensa e intimidadora, mantenho minha determinação intacta. Meu objetivo é claro.

O Katak de Sanerius, de estatura média e magro em comparação aos outros, está assentado no trono. Seu manto se arrasta pelo chão, combinando tons de preto e azul-escuro com pequenos pontos brancos, lembrando o céu noturno estrelado. Sua pele translúcida, característica dos Ykrahtis, se estende até a máscara que cobre parte de seu rosto. A máscara possui aberturas circulares para os olhos e uma ponta afiada abaixo do queixo. Além de uma parte metálica adorna seu pescoço.

- Um humano

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- Um humano. - o Katak diz, sua voz soando comum e destituída de qualquer traço intimidante, porém carregando um tom perverso.

- Você fala a língua humana? - indago, surpreso.

O Conto de Alguém Sem NomeOnde histórias criam vida. Descubra agora