27 - Engano.

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Lalisa sorriu largo ao sentir os beijos carinhosos de Jennie por todo seu rosto.

Abraçou a maior, selando seus lábios em um beijo afoito.

Jennie sorriu entre o beijo e pegou a coreana no colo. Colocou-a sobre a pia. Desceu as mãos pelo corpo da namorada, até chegar até chegar em sua bunda e apertou-a com gosto.

Jennie ainda achava cedo para avançar e não tinha pressa nenhuma na verdade.

Elas tinham todo o tempo do mundo.

A coreana desceu seus beijos molhados, que Lalisa tanto amava, por seu pescoço até sua clavícula.

— Nós temos que ir... — Disse, afastando-se um pouco. — O intervalo acabou.

Lisa franziu o cenho. Jennie amava provoca-lá para nada, vivia à enganando. Lisa odiava passar vontade.

— Não fique zangada — Tentou beija-lá mas a menor virou o rosto. — Ah, qual é, amor..

A tailandesa cruzou os braços e andou na frente da coreana, arrancando uma risada da mesma.

Não que Jennie gostasse de vê-la zangada.
Mas ela ficava tão fofa com o cenho franzido.

A menor sentou do lado de Lalisa, tentando outra vez beija-lá.

— Amor... — Murmurou. — Meus pais vão ver uma apresentação da minha irmã na escola dela, podemos ir lá pra casa. — Aproximou-se devagar do ouvido da menor. — A gente pode ler A Escola do Bem e do Mal juntas, você disse que queria.

Lisa pensou e assentiu de vagar virando o rosto e dando um selinho em Jennie, fazendo-a rir.

— Sua interesseira!

[...]

Lalisa caminhou na direção do carro da mãe, mas mudou seu rumo a lembrar do que sua namorada disse.

Jogou sua mochila para dentro do veículo e andou apressada para a escola.

Andou animada pelos corredores. Tinha um sorriso enorme em seus lábios.

Abriu a porta de sua sala.

Viu Seulgi e Jennie se beijando.

Sentou algo em seu coração. Não era tristeza.
Sentiu raiva.

— Li-Lili?! — Jennie empurrou Kang. — Não é o que você está pensando, amor! Olha me deixa explicar.

Lisa saiu dali o mais rápido que suas pernas conseguiram. Entrou no carro e abraçou sua mochila.

O sentimento em seu peito só aumentava cada vez mais. Se arrependeu de todos os beijos que deu em Jennie.

Aquilo foi um erro.

Saiu do carro tão rápido que quase abriu a porta com ele ainda em movimento.

Foi ao seu quarto e jogou a mochila pra um lado qualquer e desabou.

Achou que estava com raiva, mas não, estava tão triste que não cabia em seu coração.
Rasgou todos os desenhos que fez da coreana enquanto se esforçava para não chorar tão alto.

Se jogou em sua cama e encolheu-se.
Pegou a moranguinho que Kim havia dado e pensou em rasga-la mas não conseguiu, não tinha coragem.

Abraçou-a e cobriu seu nariz com uma das mãos. Não queria sentir aquele cheiro de morango e lembrar de Jennie.

Começou a chorar alto. Queria sumir por ter sido tão boba. Foi enganada a ponto de achar que a mais velha realmente à amava.

Mordeu seu dedo indicador até sentir sua pele implorar por misericórdia. Balançou seu corpo para o lado e para o outro.

Sua mãe entrou no quarto e sentou ao seu lado da menor.

— O que aconteceu?

— Minnie? — Sra.Manobal suspirou, Nicha estava ocupada agora.

— Minnie não pode te ajudar agora. Mas eu esto-

— Não, Minnie!

A tailandesa mais velha assentiu e foi chamar a filha mais velha.

Lali apertou ainda mais a boneca em seu peito enquanto continuava a cobrir seu nariz para não sentir o cheiro.

Ouviu os passos pesados da irmã entrando no quarto e sentando ao seu lado.

Largou a boneca e agarrou o pescoço da mais velha.

— Tá tudo bem, eu tô aqui com você agora.

Estava tão arrasada que ignorou totalmente o cheiro de cigarro que vinha da irmã. Só queria um consolo.

— V-você estava certa, Minnie...

A tailandesa franziu o cenho e beijou a bochecha da caçula.

— Sobre o que?

— Jennie Kim! — Berrou. — Vi ela beijando outra. Me enganou.

A tailandesa mais velha bufou. Sabia que aquela menina não era boa coisa. Sentiu vontade de socar a cara daquela idiota até sagrar.

— Se quiser ficar um pouquinho sozinha... Vou entender.

Nicha tentou levantar mas foi puxada de volta.

Deitou com a irmã na cama e cobriu-a com o cobertor. Fez carinho em seus cabelos, na tentativa de fazê-la dormir.

Mas Lalisa não queria dormir.

Só queria chorar, chorar, chorar e chorar.

Crayons | JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora