18 - Rapunzel.

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Jennie esperava a porta à sua frente abrir.
Deixava suas mãos atrás de seu corpo, escondendo o pacote dê tamanho mediano.

Nicha abriu a porta e se segurou para não revirar os olhos ao ver a coreana.

— O que deseja, minha cara visita indesejada?— Perguntou a mais velha.

— Vim resgatar minha princesa, oh, Dragão que e vigia a torre!

Minnie riu e balançou a cabeça.

—  A sua ... princesa — Imitou o jeito da menor falar, com um certo desdém na voz. — Está em um sono profundo no momento. Volte daqui a cem anos! — Forçou um sorriso. — Nunca se puder..— Susurrou.

Jennie sorriu de leve. Não queria enfrentar a mais velha, mas pensou se fosse verdade, podia acorda-lá com um beijo.

— Então, permita-me acorda-lá com um beijo.

Nicha arregalou os olhos e franziu o cenho.
Que garota ousada. Isso que Jennie se mostrou ser depois de um tempo.

— Olha, toma cuidado do que fala na minha frente, garota. Eu ainda estou de olho em você!— Bufou. — Mas agora, falando sério. E melhor voltar mais tarde, a Lali estava um pouco nervosa desde que chegou da escola e, enquanto a mãe foi trabalhar, botei ela para dormir um pouco.

Jennie olhou por cima do ombro da mais velha e viu Lalisa descer as escadas, de cabelos bagunçados e coçando os olhos com uma mão.

Não era mentira de Minnie, como tinha pensado. Não era - pelo menos não totalmente - porque Manobal queria que ela fosse embora.

— Acho que ela acordou mais cedo de seu sono profundo.

Nicha suspirou pesado e murmurou um "tudo bem" e deu espaço para Kim passar.

A coreana caminhou até a cozinha em passos lentos, e esperou até que a tailandesa fechasse a geladeira e virasse para trás.

— Oi, Lili. — Disse sorridente. Inclinou-se de leve e beijou o narizinho que estava em uma coloração avermelhada. Parecia que havia chorado bastante.

Lisa fez uma careta e grunhiu. Empurrou a menor de leve e resmungou algumas palavras desconexas.

A garota subiu as escadas, sem ao menos olhar para trás. Não queria conversa com Jennie no momento.

— O que eu fiz? — Peguntou a si mesma.

— Ciúmes. — A voz de Nicha entrou em seus ouvidos. Aquele tom sério da maior fez-a estremecer. — Ela estava com ciúmes de você. E agora não quer nem falar contigo.

Jennie franziu o cenho e balançou a cabeça.

— Lalisa te viu com uma menina, ela disse que era sua prima mas não gostou de vê-las tão próximas. Agora ela está brava contigo, porque acha que você à enganou.

A menor abriu a boca, mas nada saiu. Como assim enganou?

— Mas eu não en-

— Ela me disse que você à pediu em namoro...
— Interrompeu. — Não precisa negar nem esconder — Disse ao à ver abrir a boca. — A Lali não sabe mentir, literalmente.

Jennie arregalou seus olhos ao ver a outra se aproximar de mansinho. Era esse seu fim?

Morta por sua futura cunhada iria a estrangular sem ao menos virar sua cunhada!

— Presta atenção! — Agarrou a gola da camisa de Kim. Mas levou um tapinha na mão.

— Estou prestando. — Jennie respondeu um pouco brava. — Os tapas foram mais do que suficientes, pare de achar que pode invadir meu espaço assim. Não vai ter Lisa que me impeça de retribuir qualquer violência sua.

— Sabe que não vou com a sua cara não sabe? — Minnie ignorou a fala de Jennie, mas manteve uma distância segura. — Bom, mas minha irmã vai. Ela gosta de você, e quando eu digo que gosta, quero dizer que ela é doidinha por ti. Eu não posso dizer que ficarei feliz em ver vocês juntas. Porque não vou. Mas ficarei feliz se minha irmãzinha ficar feliz.

A seriedade de Nicha assustou, Jennie.

— Então quero dizer uma coisa. — Ia se aproximar da mas nova, mas deixou de lado. — Se, realmente, estiver interessada no meu bebezinho, quero que o trate do melhor jeito possível, tá entendendo? Vou deixar essa passar pois tenho certeza que não fez por mal, não foi?

— Não, é claro que não.

— Ótimo - Se afastou um pouco mais. — E o mais importante: Não vacila com ela, beleza?

Minnie viu Jennie assentir e sorriu de leve.

Empurrou-a para escada e a mandou resolver a situação.

Jennie entrou no quarto de Lalisa, ouviu alguns soluços baixinhos e seu coração apertou. Sentou na ponta da cama e percebeu que eles cessaram. Lisa sabia que era ela.

— Oi, meu amor... Sei que não fazem nem quatro minutos que a gente se viu mas... Já estou com tanta saudade. Sai daí pra eu...
— Esperou alguns segundos para uma ação inesperada: Lalisa beija-lá, abraça-lá ou
qualquer outra coisa que vinher naquela cabecinha. — Te ver.

Manobal grunhiu e se encolheu mais ainda.

A coreana mordeu os lábios, deitou na parte livre da cama e colocou a mão sobre a cintura da maior.

— Você entendeu tudo errado. A Jisoo é só minha prima, eu juro. Nunca ia te enganar.
Eu te amo muito.

Lalisa respirou fundo e virou-se para olhar
Jennie. Tirou o cobertor de seu rosto, revelando seus olhinhos inchados e avermelhados.

Jennie enxugou as lágrimas de Lisa e fez um carinho em sua bochecha. A tailandesa tirou o olhar da boca de Kim para focar em seus olhos. Eram lindos.

A menor beijou Lisa com carinho, abraçando-a. Um simples gesto para demostrar o quanto à ama.

Sentou na cama e entregou o pacote para
Lalisa. A tailandesa abriu com cuidado, sorriu em ver todas aquelas caixinhas de giz em torno de uma coisa maior.

— Que bom que gostou. Deu um pouco de trabalho achar isso. — Pegou a maoir das caixas e abriu.

A mais nova olhou-a confusa. Por que iria querer fones?

— Experimenta! — Pegou seu celular, colocando uma música alta.

Lisa se encolheu na cama e cobriu os ouvidos.

Jennie sorriu fraco tirou as mãos de Lisa e as substituiu pelos fones.

A música ficou bem mais baixa, quase inaudível fazendo Lalisa tombar a cabeça para o lado e o retirar de vagar. A música voltou a entrar em seus ouvidos.

— Gostou? Quando tiver algum barulho muito alto, você bota eles e, puf, o som desaparecesse.

A maior sorriu e abraçou Jennie com todas suas forças.

— Quero sair contigo um pouco. Vamos para o shopping ou outro lugar. Quero passar um tempinho... Só com você.

Segurou a mão de Lisa e a guiou para a sala.
Encontrou Nicha no sofá. Respirou fundo e contou até cinco.

— Eu vou sair com a Lali.

— Quê?

Kim disse que queria sair um pouco com a tailandesa. Passar um tempinho à só com ela.

— Shopping? Não, não... Fora de questão.
Principalmente hoje, que é sexta. Muita
gente, muito ba-

— Já pensei em tudo. Dei uma coisa para ela que vai ajudar com qualquer tipo de barulho.

A garota olhou para a irmã e viu os fones pendurados no pescoço dela. Pareceu pensar por um instante.

— Tá. — A tailandesa mais velha riu. —  Mas se não trouxer minha irmã pra casa até as nove, vou chamar a polícia.

Jennie assentiu e puxou Lisa para fora de casa.

Fariam um ótimo passeio.

Crayons | JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora