Álcool

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Narrador

Os rapazes organizaram o que precisava e pegaram o que puderam e voltaram ao seu destino, o hotel barato.
Tudo o que Dean queria era que esse caos passasse, sua vontade era se sumir. Mas não havia pra onde ir pois agora Dean Winchester tem uma filha de nove anos que por um acaso ele não fazia ideia da existência da criança desde a noite passada.

- Dean e a menina?- O mais novo perguntou ao irmão mais velho enquanto encarava a pobre menininha que estava adormecida em uma cama de hotel.

- Nós vamos para o bunker. Vamos levar Kevin pra ficar conosco. Será mais seguro para ele.- O loiro pareceu não se interessar tanto na garotinha.

- Certo, se você não quiser dar conta da criança eu também não vou. - Sam se importava com a menina mas queria aparentar ser difícil para ver se Dean se tocava que agora o nível das coisas estavam mais graves.

Antes que ambos dos irmãos soltassem qualquer palavra a pequena Meyne acordou.

- Acordou na hora! Vamos ir para um lugar mais seguro agora, ok? - Sam se aproximou da cama onde a garota estava.

- Ah, tá.. bom, eu tô com fome. - A garotinha de cabelos loiros escuros foi direta.

- Do que você gosta de comer, querida? -Sam estava tentando fazer a garotinha se sentir confortável.

- Ahm, eu gosto de torta, na verdade amo torta!- Meyne pareceu um pouco animada.

Dean não pode evitar de fazer uma expressão de choque pois já não bastava a pequena ser a cópia dele feminina em miniatura e ainda ter os mesmos gostos.

- Certo, agora nós vamos para o carro e quando passarmos em alguma lanchonete paramos para pegar sua torta- Sam alevantou e foi pegar suas coisas.

Enquanto Dean, só observa e não diz nada.

- Estou pronta tio do cabelo grande!- Meyne pegou sua mochila e sua bolsa onde havia umas roupas e algumas bonecas.

Sam e Dean se entreolharam e não puderam evitar de soltar uma risada.

- Me chame de Sam, loirinha. - Sam sorriu.

- Tá bom, tio Sammy, assim tá legal?- Os olhos da doce garotinha brilhavam ao encarar Sam.

- Tá ótimo pequena, agora vamos. - Sam ajudou a meiga menina levar sua bolsa para o carro.

E lá estavam eles, com o pé na estrada novamente, porém agora com mais uma acompanhante.
Dean põe uma música no rádio do Impala e começa a cantarolar baixinho mas o possível para Sam e Mey ouvirem.

- Haha, que bela cantoria, Dean.- A garotinha disse sorrindo e logo leva uma olhada e uma piscadela de seu pai pelo retrovisor.

- Olha só, até que enfim interagiu alguma vez com a Meyne. - Sam deu uma olhada de canto para Dean, mas Dean continuou com os olhos na estrada cantarolando.

Após a chegada no bunker, Sam mostrou os lugares para Meyne, Dean apenas largou o irmão e a filha e se mandou atrás de Kevin.

- Tio Sammy, por que meu pai me evita tanto?- A garotinha demostrou uma certa tristeza no tom de sua voz.

- Ei, olha só, seu pai tá só de cabeça quente viu, mas isso vai passar, ok? Você tem eu por enquanto viu, pequena. - Sam acariciou os cabelos da garota.

- Ah, se você diz, agora vou comer a torta!- A garotinha disparou para cozinha.

Ponto de vista Dean

Tudo está se repetindo como um loop na minha mente. Meyne me faz lembrar muito de Amandy, eu não sei como vou lidar com ela.

- O profeta que espere não é mesmo baby? Primeiro preciso passar em um butequin - Me referi ao Impala.

Em questão de quinze minutos cheguei em um barzinho dali das redondezas.
Cheguei no balcão e logo pedi uma dose de uísque.

- Boa tarde Dean, o que faz por aqui essas horas, hm? - Uma mulher estranha, aparentemente tinha cabelos castanhos e estava de coque.
Não disse nenhuma palavra, apenas abaixei a cabeça e beberiquei minha bebida.

- Ah, nem me apresentei, Naomi, prazer.- A mulher sentou ao meu lado. O que há agora.
- Acho que não chamei sua atenção o bastante não? Bom, eu conheço seu amigo Castiel.

Naquele exato momento me engasguei com a bebida e olhei de olhos arregalados para tal Naomi.

- Ahm? Castiel? Como sabe dele, quem é você? Uma guarda-costa angelical dele? - Misturei minha curiosidade com raiva.

- Calminha aí, por enquanto eu estou tomando conta do céu.- Interrompi a mulher.

- Deus tirou folga, foi?- Debochei.

- Agora chega de piadinhas, Dean Winchester. - Vixi a bichinha é brava até aumentou o tom de voz comigo.

- Me diga mais sobre o que você sabe sobre Castiel. - Minha curiosidade está a milhão.

- Comigo. Castiel está comigo, me ajudando. - Castiel? Ajudando o lado do céu do nada? Eu só posso estar bêbado mesmo.

- Como é? Então deixa eu vê-lo. E ele está te ajudando em que? Explica direito. - Essa mulherzinha tá me enrolando.

- É difícil explicar mas Castiel está a salvo comigo, e por enquanto ficará conosco.- Se essa mulher acha que vai tirar Castiel de mim ela está bem errada.

- Devolva Castiel, te dou em troca o que quiser.

-Qualquer coisa mesmo?- Agora que eu disse isso para ela tenho medo do que ela me peça.

- É qualquer coisa.- Estou com medo.

- O profeta, em troca te "devolvo" seu mascote Castiel. - Pra uma força angelical ela é bem atrevida né não.

- Vou pensar nisso, agora vá embora.- Em um passo de mágica Naomi sumiu.

Ainda tenho quase a tarde inteira pra me afundar no álcool. Estou pensativo demais. E se isso for um trote? E se eu der Kevin e não receber Castiel de volta? O que vou dizer pro Sam?
FODA-SE, VOU BEBER E ESQUECER DISSO.

E lá se foram umas três horas e meia passadas, não me esqueci de nada, mas sei que não tô legal.
Acho que não consigo nem dirigir direito, por que eu sou assim? Desconto tudo na pior coisa, mas que droga eu sempre desconto tudo na merda da bebida.

- Sammy, eu acho que bebi mais que a cota, vem me buscar.- Deixei um recado na caixa postal do Sam.

Ponto de vista Sam

Droga, além de eu estar tendo que cuidar de uma criança de nove anos, Dean decide encher a cara, justo hoje.
Deixei a pequena garota sozinha no bunker dando a desculpa que iria no mercado.
Nem sei onde Dean está e não tenho nem carro para ir de atrás dele.
Imaginei que ele estivesse no bar cafofo ali de perto e adivinha? Estava lá, Dean Winchester de cara no balcão com uma garrafa de cerveja ao lado, meu irmão não muda mesmo hein.
Entrei no bar e fui em direção ao mais velho.

- Dean vamos lá, alevanta, vamos logo, tu tem uma filha viu paizão, eu não vou lidar sozinho com uma miniatura ranzinza igual você. - Comecei a puxar e balançar Dean.

- Tá, tá, vamos logo pega as chaves do carro. - É realmente Dean estava bêbado.

A Filha De Dean Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora