Capítulo Quatro

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— EU NÃO FUI

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— EU NÃO FUI...

— Não lhe permito que me interrompa. — Suspirei. — Vocês se comunicam com os diretores, professores e os fundadores daquela maldita biblioteca de Calanthe, o escritor oficial separou os livros conforme o governador ordenou, eu não sei como ele teve acesso aos arquivos íntimos de Drystan, mas é para isso que vocês servem, seu maldito trabalho é verificar se está tudo em ordem, e essa negligência acabou de custar muito caro.

— O que aconteceu com o governador? — Taya perguntou.

— Não lhe convém saber. — Dareen respondeu de imediato. — A acusação é muito séria, senhora, se não provarem a inocência de vocês, não haverá nada que possamos fazer. O resultado é morte pública.

Silêncio.

— Dareen. — Virei-me para o meu irmão e andei até ele, nenhum dos professores abriria a boca e meu irmão estava tão impaciente quanto eu. — Elis pediu que eu não demorasse, preciso ir para Calanthe.

— Você acha que esse é o momento certo? Calanthe também nos traiu... Não é seguro que você esteja lá.

— Não se preocupe comigo. Nada me acontecerá lá.

— Você não pode garantir.

Falávamos baixo para ninguém nos ouvir.

Os acusados discutiam entre si no salão, buscavam meios de entrar em um consenso, entre acusações e defesas.

— Assim que isso aqui acabar, resumirei para você e vou direto para Calanthe, fique no palácio e não cometa a estupidez de sair e como novo governador, e seu irmão mais velho, ordeno que me diga o que vai fazer.

Beijei sua testa e saí do salão assim que pude.

Quando cheguei na porta de meu quarto vi que Vivian me aguardava com impaciência.

— A Majestade de Calanthe está furiosa e Koyran suplicou que você chegasse logo.

A porta se abriu e a única coisa que tive tempo de fazer antes de correr para a carruagem, foi tomar um copo d'água.

— Cristina está enraivecida, mas que relação eu tenho com isso?

— Pelo que eu entendi... — Ela gaguejava um pouco. — Um soldado Anwariano invadiu o palácio de Calanthe e matou cinco cozinheiras... Ele... Ele deixou um recado e...

— Fale logo!

— E meio que você tem relação com tudo isso, acreditam que foi a mando seu... É claro que Koyran está tentando fazer a mãe dele se acalmar, não porque ela acredita que foi você, claro, mas porque o conselheiro dela também foi assassinado e tinham uma carta de Drystan em cima de cada cadáver.

Meu coração parou, eu não tinha paz.

— O que estava escrito nas cartas?

— Não eram as originais, eram cópias... Estavam tão cheias de sangue que não dava pra ler nada, tudo estava borrado, a única coisa que dava para ver a assinatura de Drystan e seu nome escrito na caligrafia dele... A carta original está com, seja lá quem for que matou essas pessoas.

Incorrigível TiraniaOnde histórias criam vida. Descubra agora