Reconhecendo o caos

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- Miranda, por favor minha amiga eu não ficarei bem em saber que você esta aqui sozinha nessa casa enorme, vamos comigo, é por pouco tempo, você acha que será tão ruim assim morar comigo? Sua melhor amiga?

Depois de muito tempo tentando de maneira, racional, convencer sua amiga a ir passar uma temporada em sua casa, Aly resolve apelar para o drama como ultima opção para a convencer de seguir com oque havia planejado.

- Aly por favor... Você sabe que não é isso, não tenho tempo para sentimentalismos. _ Diz Miranda com ar de tédio digitando em seu computador sem mesmo desviar os olhos para sua amiga.

- Miranda, por favor, você sabe que eu só quero o melhor para você, e o melhor agora com certeza não é ignorara morte de seu marido se escondendo por baixo de mais trabalho.

Miranda Pristley foi casada por 14 anos com Thomaz Murphy, não saberia dizer se o que sentia por ele era amor verdadeiro, mas ainda sim, a morte prematura de seu companheiro lhe causava dor. Companheiro, amigo, era isso que Thom era para a dama. A pessoa que lhe trazia conforto nos dias trevosos, quem compreendia suas frustrações e suas alegrias que, em geral, eram todas direcionadas a seu trabalho. Miranda Priestly era editora chefe da revista de moda mais conceituada de New York, mesmo que a este ponto ela já possuísse ações o suficiente para ter mais poder que apenas uma editora chefe, seu foco principal continuava sendo a concepção da revista, ao qual mantinha com grande apreço pela profissão. Priestly dedicou todos os anos de sua vida a alcançar o sucesso profissional. Planejou, lutou e alcançou, porém, se esquecendo pelo caminho as questões sentimentais. Agora, pensa que poderia ter agido de forma diferente e cuidado do seu emocional, tinha uma profissão impecável e só, não tinha familia, amigos se contava nos dedos de uma mão, filhos, não podia mais gerar, e seu marido, se fora, estava sozinha.

_ Você não está sozinha Mira. ___ Foi desperta de seus pensamentos pelas mãos de sua amiga que segurava a sua. Com um suspiro, Miranda se levanta, recolhe tudo que é essencial de cima seguindo em silêncio para a saída.

Saindo do escritório, seguiram para a mansão da Miranda, onde tiveram que enfrentar mais uma questão, a rainha da moda desejava montar uma enorme e requintada mala, onde sua amiga amiga apontava o quão desnecessário era já que ela vivia em uma casa afastada da cidade em meio a natureza. No final, elas seguiram com malas em dobro já que em meio a discussões, Priestly colocava suas roupas desejadas e Ally, as que ela julgava adequadas para a situação, como nenhuma deu o braço a torcer: Malas em dobro.

Ally morava em uma mansão vitoriana antiga, porém com um toque de modernidade, Miranda não podia negar o quão seria bom passar uns dias descansando em meio a natureza, em uma calmaria impossível de se encontrar em NY. No mesmo segundo em que a editora concluiu esse pensamento respirando fundo o ar limpo, sua audição e olfato perderam a deliciosa paz encontrada, de dentro de casa se ouviu um grito escandaloso seguido de um cheiro horrivel de queimado, correndo para dentro da casa se depararam com uma jovem com roupas de banho que tentava apagar o fogo de uma panela no fogão, enquanto atras de si a toalha da mesa pegava fogo.

___ANDY!! Oque que ta acontecendo sua malucaa?!?!__ Ally grita puxando a tolha pelo ponta que não possuía fogo, jogando a ponta intacta para cima das chamas e pisando em cima enquanto Miranda, que entrou na frente, corre até a jovem a puxando contra seu corpo e colocando uma tampa na frigideira para abafar o fogo.

A jovem olhava para Miranda paralisada enquanto segurava forte nos braços que estavam ao redor de sua cintura.

__ Você esta bem? __ Miranda pergunta exasperada a Andy, mas não recebe reposta __ Menina???

__Oi. Estou. É. Acho que estou...

__Andrea Sachs! O que é isso tudo? Você quer me matar do coração menina?

Pequena AndyOnde histórias criam vida. Descubra agora