FALANDO NO DIABO - (WENCLAIR G!P)

Bem vinda ao inferno.

Antes de iniciar a leitura desse livro é indicado que leia o gatilhos.

Gatilhos: sangue, morte violentas, conteúdos sombrios, consentimento duvidoso entre os personagens principais, violência gráfica, perseguição, situações sexuais explícitas, rituais, heresias bíblicas.

Boa leitura!!

WEDNESDAY ADDAMS

04:37

Não sei dizer quando os segredos começaram, acho que desde que eu me lembre.

Minha mãe morreu quando eu tinha 14 anos, mas mesmo antes disso coisas eram escondidas de mim.
Minha mãe era extremamente cuidadosa comigo, e era de costume que não ficássemos muito tempo em uma cidade.

Nos mudamos diversas vezes, e eu nunca soube o por quê disso.

Mamãe dizia que não se adaptava, ou que não gostava de criar raízes em lugar nenhum.

Mas eu já ví a mesma chorando varias vezes escondido, e os motivos eram que ela criava carinho por alguém mas não iria ficar naquela cidade por muito tempo.

E foi em uma dessas mudanças que o acidente aconteceu.

Não me lembro do carro batendo, ou coisa do tipo.

Me lembro da minha mãe com medo de algo, lembro dela correndo com o carro como se estivesse fugindo de alguém, e depois tudo ficou preto.

E quando eu acordei, tive a notícia de que ela faleceu, e que uma família iria me adotar.

Essa é outra das coisas que me causa duvida, como meus pais adotivos me adotaram tão rápido.

-Vamos, Wed. Desça com suas malas! - Escutei o grito de Emma no andar de baixo.

- Espera, tenho que achar meu álbum de fotos. - Gritei de volta enquanto revirava a caixa de doações.

Provavelmente coloquei lá sem querer na hora da pressa.

Estamos saindo de Minnesota para ir para cidade de Ligonier na Pennsylvania.

Não entendo muito do motivo, mas pelo o que sei, meus pais adotivos são de lá.

Depois da morte da minha mãe, morei em Minnesota por 4 anos com minha família adotiva. E agora com 18 anos estamos indo para cidade natal deles.

- ACHEI! - Gritei empolgada assim de vi o meu álbum de fotos na caixa.

- WEDNESDAY! - Escutei o grito de Jemery no andar de baixo.

- Tô indo. - Eu disse animada por achar meu álbum, pegando minhas duas malas grandes saindo do quarto indo em direção as escadas.

- Finalmente, porra. - Jemery disse assim que me viu descendo as escadas correndo. - Calma, você vai cair se correr desse jeito. - Ele disse rindo de leve do meu
desespero.

Jemery, meu pai adotivo tem 50 anos, mas não deixa de ser do tipo bonito. Ele tem um porte forte, cabelos brancos meio acinzentado e olhos verdes claros.