Parte 4

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_Ele é lindo._ Falou Sophie

_ Mas por que está tão quieto? Ele não deveria, sei la, fazer um pouco de barulho?

_ Seu filho ainda não sabe que nasceu_ Falou Blade sem qualquer cerimonia._ Ele ainda acha que está no ventre de sua mãe e por isso, não vai chorar, nem se mexer, nem sequer abrir os olhos, ate descobrir que realmente nasceu.

_ Mas isso, vai demorar? Quero logo ver os olhinhos dele._ Falou Sophie

O filho de Bastian, tinha cabelos azuis e pele branca, era tão pequenino que dava medo pegá-lo.

_Na maioria das vezes, o bebe não consegue sobreviver. Infelizmente.

_ Como assim? Ele vai morrer? Não!


Lagrimas cederam dos olhos de Bastian e Sophie, mas Blade continuava calmo, como se nada que pudesse acontecer o abalaria.

_Vá ao mar, reze por Acquiel, ela ajudara a criança_ Foi as únicas palavras que Blade falou antes de sair pela porta, e desaparecer de vista.

Acquiel, é uma dos três deuses primordiais, Talahm da terra, Ciel do céu, e Acquiel das águas. Porem os outros deuses, se desfizeram de sua forma humana e agora são o próprio céu e terra. Acquiel foi a única que em vez de se afastar completamente dos humanos, se guardou no fundo, do mais fundo oceano. E ainda ajuda, como pode.

E foi isso que Bastian fez, pegou a criança, que não fez nenhum barulho, ou gesto de desaprovação. E levou ao mar.

_ Acquiel, não sei se você está me ouvindo, mas preciso desesperadamente de ajuda. Meu filho, não está acordando, ele ainda não sabe que nasceu, e pode morrer, a qualquer minuto. Eu preciso que me ajude, farei qualquer coisa, me ajude...me ajude...me ajude...me ajude...me ajude...

Cansado de chorar e esperar, depois de horas rezando, já pronto para sair da água, algo aconteceu. Uma luz muito distante brilhou em prata, e uma voz fez Bastian parar de andar.

_ Ola, nobre guerreiro. Falou a voz, que parecia vir de cima e não do mar que estava calmo a ouvir.

_ Acquiel, é você?

_ Não, sou uma de suas filhas, Selene a Lua, você já deve ter ouvido falar de mim._ A voz da deusa era serena e fria, calma e poderosa.

_ Ha, claro que sim.

_ Sei do que precisa, mergulhe o menino na água, Acquiel vai ajudá-lo.

E foi o que ele fez, mergulhou o bebe na água e logo que o garoto estava submerso, começou a brilhar fracamente.

E depois de alguns segundos, abriu os olhos e começou a chorar. Bastian com o coração despedaçado de alegria o tirou rapidamente e o abraçou. Seu filho viveu.

A infeliz história dos EvansDonde viven las historias. Descúbrelo ahora