After the Rain Falls [TRADUÇÃO]

Capítulo 10

"Nada está funcionando!" Harry rosnou e deixou cair a pena em cima da mesa antes de cruzar os braços com raiva. Ele olhou para a gaiola à sua frente, onde todos os dez ratos estavam em vários estágios de sono. Eles estavam tão imóveis que Harry poderia tê-los confundido com mortos, se não fosse pelo ocasional subir e descer de suas barrigas peludas. Draco franziu a testa ao lado dele, parecendo igualmente frustrado e mais do que um pouco perplexo com os resultados. Eles conseguiram fazer com que a poção durasse por longos períodos de tempo, no entanto, a ressalva de induzir o sono durante todo esse tempo tornou-a praticamente inútil para seus propósitos.

"Não entendo por que não conseguimos encontrar o equilíbrio certo para isso," Draco murmurou. "Tentamos tantas variações diferentes da mistura. Ou é completamente ineficaz ou muito forte a ponto de praticamente colocar alguém em coma." Draco balançou a cabeça e respirou fundo, puxando suas anotações para si lamentavelmente enquanto anotava os resultados. "Estamos tão perto," Draco sussurrou enquanto examinava suas várias misturas. "Acho que está faltando apenas um único ingrediente. Algo que irá mitigar as propriedades relaxantes da valeriana de que precisamos, sem suprimi-las totalmente." Era uma pena que ele não tivesse ideia do que poderia ser esse ingrediente, ou se tal coisa existia.

Harry deixou a cabeça cair sobre a mesa, estendeu a mão e puxou o cabelo da nuca. Seus óculos pressionaram com raiva a ponta do nariz, mas Harry ignorou a sensação desconfortável, em vez disso fez o possível para apresentar qualquer tipo de sugestão que eles ainda não tivessem tentado. O que eles estavam perdendo? Por que ele não conseguia pensar ?

A dor atrás de seus olhos o fez estremecer e seus puxões de cabelo se transformaram em fricções suaves enquanto uma enxaqueca bastante forte escolheu aquele momento para se manifestar. Ele gemeu levemente e se virou na cadeira, apenas relaxando quando a mão de Draco encontrou seu cabelo e uma sensação calmante penetrou em seus músculos. Harry suspirou e se virou ligeiramente para olhá-lo, grato pelo alívio. Como foi que ele sempre soube? Harry se perdeu no olhar preocupado de Draco por um momento, e então pulou da cadeira quando Snape apareceu no retrato ao seu lado e zombou dele.

"Eu teria pensado que meus alunos poderiam pelo menos possuir algum pensamento inteligente no último ano," Snape falou lentamente. Ele olhou para eles com desagrado e depois inclinou a cabeça para trás de uma maneira desagradável. "Você recebeu ou não uma lista completa de ervas e ingredientes no quarto ano que têm a propriedade única de atuar como relaxante e estimulante, dependendo de várias combinações."

Harry franziu a testa e Draco bateu a pena no pergaminho antes de falar. "Nós passamos por tudo isso-,"

"E você?" Snape interrompeu. Ele revirou os olhos e puxou as mangas dos pulsos. "Devo segurar suas mãos durante todo esse processo?", ele falou sarcasticamente. Os dois olharam para ele sem expressão e ele cruzou os braços, olhando para eles com uma sobrancelha levantada. "Não existe uma planta que tenha sido bem documentada pelo alquimista chinês Dzou Yen por aumentar a vitalidade... conhecida por ter causado ataques misteriosos de longevidade e força nos tempos antigos e, curiosamente, possuir cinco sabores distintos quando ingerida."

Snape os observou enquanto eles procuravam a resposta em suas mentes, batendo os dedos impacientemente enquanto os dois trocavam um olhar e uma súbita explosão de compreensão. "Bagas de Schisandra!" eles deixaram escapar em uníssono, e Snape franziu os lábios em aborrecimento.

"Um mestre de poções competente levaria um décimo do tempo para chegar a essa conclusão", afirmou Snape. Sua zombaria foi amplamente ignorada enquanto Harry e Draco folheavam suas mensagens em busca de mais informações sobre o ingrediente em questão. Snape estava certo. As bagas tinham propriedades incomuns. E eles podem simplesmente resolver o problema.