Vampiro paulista

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Março de 2021

Ricardo observava as costas desenhadas do namorado subindo e descendo conforme respirava tranquilo ressonando com o rosto enfiado no travesseiro. Ainda não entendia como uma briga que tinha se iniciado na pré adolescência tinha virado um namoro, e muito menos como isso parecia tão certo. Seus dedos faziam carinho nos cabelos macios que descobriu amar tanto. Chegou mais perto, praticamente esfregando o nariz nos fios negros com cheirinho de shampoo, desceu até a nuca ouvindo o outro resmungar e se mexer.

— Tá na hora de acordar, vamos princesa.— Abraçou o moreno encaixando o rosto no pescoço cheiroso respirando fundo como se dependesse disso para viver, talvez realmente dependesse.

— Mais um pouquinho. — A voz manhosa rouca fez Ricardo rir, apertou mais os braços envolta da cintura fina que tanto gostava e cheirou avidamente base do pescoço até atrás da orelha.

— Virei cocaína agora? — Sandro perguntou rindo por causa das cócegas e inclinando a cabeça para que o outro pudesse distribuir beijinhos livremente.

— Branco desse jeito até que parece mesmo. — Riu afundando os dentes na pele macia arrancando um gemido fraco do namorado.

— Vai se foder. —Empurrou a cabeça do loiro virando de barriga para cima se esforçando para levantar.

— Até brilha no sol. — Pontuou vendo a pele pálida sub o sol que entrava pela fresta da cortina. — Meu vampiro paulista. —Sorriu observando as sobrancelhas franzidas apesar do sorriso que continha nos lábios rosados, não resistiu e o beijou apenas selando as bocas forçando o outro a se deitar novamente.


— Eu com bafo, sai. — Empurrou Ricardo que apenas riu e desceu a boca pelo pescoço branquinho com beijos.— Ricardo...


— Hm? —Murmurou raspando os dentes pelo ombro tatuado, ignorando o tom de aviso.

— Para...— Contrariando suas palavras agarrou os dreads com uma das mãos enquanto a outra arranhava as costas do namorado em um carinho preguiçoso.

— Você não parece querer parar. — Falou se apoiando no antebraço para poder deslizar a destra pelo abdômen e peitoral, traçando algumas tatuagens até chegar no pescoço esguio o apertando. Sandro fechou os olhos para que o loiro não pudesse ver eles revirando enquanto sentia um formigamento descer até o meio de suas pernas.

Ricardo sorriu e moveu o seu corpo até estar perfeitamente sentado no colo de Sandro que arfou sentindo seu pau ser pressionado, abriu os olhos para desfrutar da imagem divina do loiro sentado com a mão ainda o apertando e olhando para ele com malícia. Estava completamente duro quando sentiu o namorado rebolar e apertar mais forte sem lhe tirar o ar.

— Porra, amor. — Gemeu levando as mãos até as coxas torneadas que o prendiam e apertou forte quando sentiu outro ondular o quadril. Subiu as mãos até o cós da cueca alheia puxando para baixo para segurar o membro do outro que já estava molhado de pré-gozo e o masturbando no mesmo ritmo que o namorado rebolava para frente e para atrás.

—Mais forte. — Pediu Ricardo ofegante apoiando as mãos atrás do corpo nas coxas fartas e grunhindo quando olhou Sandro que estava sorrindo enquanto continuava depositando a mesma pressão.— Porra, faz o que eu mandei.

—E se eu não fizer?

— Vou te bater.

— Bate.

O estralo alto ecoou no quarto, Ricardo conseguiu sentiu o membro do namorado pulsando abaixo de si enquanto a bochecha pálida ganhava cor com o desenho dos dedos e o seu sorriso crescia, os movimentos em seu pau voltaram assim como o aperto o fez gemer em deleite, exatamente do jeito que ele gostava, com o dedão pressionando o freio e o massageando sentindo que poderia gozar quando sentiu a outra mão do paulista sair da sua coxa para arranhar o desde as costelas até a virilha.

— Me faz gozar junto com você. — A voz do paulista suplicou rouco. Entorpecido ainda pela ardência em sua bochecha e a visão do namorado rebolando na sua ereção dolorida, provavelmente muito molhada também e direcionou a mão no próprio pescoço exibindo a pele já marcada. O carioca entendeu, se abaixou pegando a mão do namorado e a colocando em seus cabelos que logo foram agarrados.

— Sabe o que dizer se doer demais. — Disse antes de morder por cima das marcas feitas por ele mesmo onde na curva do pescoço para o ombro, raspando os dentes e gemendo ao sentir a mão em seu pau aumentar a velocidade e unhas arranharam sua nuca e ombros. Subiu um pouco até estar no meio do pescoço inalando o cheiro inebriante e afundar os dentes na pele macia com força e gemendo com o aperto em seu pau que o fez revirar os olhos junto com Sandro que gemeu alto demais para os seus padrões tremendo com o orgasmo e sentia sua barriga ser molhada pelo gozo do namorado. Ambos aproveitando a sensação do corpo relaxar e o carioca deitou completamente em cima do menor, se sentindo fraco e preguiçoso, dando beijinhos no que agora era uma marca funda de seus dentes, braços envolveram sua cintura de maneira igualmente preguiçosa.

— Que irônico o vampiro paulista gosta de mordida. — Quebro o silêncio enquanto observada as marcas.

— Idiota. — Respondeu rindo.

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