De janeiro a janeiro

Calourada 1/2

Então galera esse cap vai ser narrado pelo nosso querido riozinho digo com tristeza que provavelmente vou sumir por algumas semanas por causa da faculdade já que os trabalhos precisam ser entregues até dia 24 e até agora nem vi o que precisa kk
Boa leitura xuxus quem quiser me seguir no twitter pq as vezes eu posto uns spoiler lá e falo sobre a fanfic é @amargoreuc <3

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M

arço de 2017

Ricardo

Tinha duas semanas já que Sandro e eu tivemos nosso reencontro. Duas semanas que eu me tornei a pessoa que mais temia e toda vez que via ele todo bonitinho de roupas pretas, as unhas pintadas, o cheiro de café e cigarro com o cítrico do seu perfume, o cabelo brilhoso e macio, minha cabeça gritava:

Que emo gostoso! Puta que pariu!
Que emo bonito, bem feito e que beija bem pra caralho!

Mas é claro que eu não aceito estar apaixonado justo no primeiro semestre, que isso Ricardo? No auge da juventude querendo namora e casa? Claro que o fato de ver ele conversando com um cara grandão que tinha uma bandana verde ridícula na cabeça cheio de sorrisinhos me ajudou a sair da bolha rosa da minha paixonite. Não ligo, tem calourada sexta e eu vou aproveitar, afinal nada me impede que afogar as mágoas na boca de outras pessoas.

Fechei meu caderno que continuava em branco quando o celular marcou o horário do intervalo, Eduardo que é meu colega de curso pulou da cadeira como se levasse um choque.

— Vamo que eu quero comer! — Ele diz já indo pra porta da sala, tenho que sair correndo atrás dele já que me perdia facilmente até pra sair do bloco que ficava minha sala.

— Calma Dudu!

Ele simplesmente sumiu, cearense desgraçado! Saio correndo tentando achar ele, mas não adianta então só desço as escadas e quando paro no pátio olho para os lados tentando lembrar onde ficava o refeitório, não lembro de ficar perto do estacionamento. Pego meu celular pra mandar mensagem no grupo esperando que alguém me ajude.

— Tá perdido? — Viro pra ver o paulista, como sempre acompanhado de Philip.

— Não...— Nunca que eu ia admitir.

— Tá fazendo o que na saída pro estacionamento então? — Ele ri e eu admiro como suas coxas estão apertadas na calça preta.

Que emo gostoso!

— E vocês? Tavam se pegando por acaso?— Retruco e Philip cobre a boca rindo.

— Prefiro fazer isso em casa, né Lipe? — Puxa o outro pela cintura.

— Para amor!— Fico encarando os dois pensando se levaria a sério.

— Talvez a gente te convide pra brincar, o que acha?— Ele solta o amigo e pega na minha cintura escorregando a mão até minha bunda onde aperta me fazendo ficar arrepiado. — É brincadeira, idiota, fui fumar. — Sandro revira os olhos ainda sorrindo e se afasta andando pro lado contrário que eu estava indo junto com Philip, claro que segui os dois.

— Vai pra calourada? — Philip perguntou me olhando.

— Vou, vocês vão?

— Eu sim, tô tentando convencer o Sandro de ir. Os outros falaram de fazer um esquenta com eu nunca antes de subir pro campo.

— Tô dentro, bora paulista para de ser chato, ou será que fumou tanto que não aguenta o rolê depois de tanto cigarro.— Se tem uma coisa que eu conheço é o orgulho dele.

— Claro que tenho, sai fora.

— Fecho então! - Sorri vendo a carra emburrada.

Nem percebo que chegamos ao refeitório, vejo o pessoal apertado em uma mesa retangular e acabo sorrindo, não via uma cena parecida desde o colégio, mesmo que não seja exatamente as mesmas pessoas é muito reconfortante ver que nem tudo se encerrou no ensino médio e poderia ver rostos conhecidos em meio aquela multidão.