10- Sangue e Queijo

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Os príncipes Lucerys e Saera pousaram com seus dragões em Ponta Tempestade, o clima estava frio e um vento forte incomodava Saera, cujo os cabelos prateados voavam e embaraçavam. Foram levados para dentro do castelo pelos guardas e postos em frente a lorde Borros Baratheon. Saera segurou o braço de Lucerys quando olhou para o lado e viu Aemond. Tio e sobrinhos trocaram olhares venenosos e Lucerys se voltou para lorde Baratheon.

— Olhe essas criaturas infelizes, meu senhor. — Aemond riu. — Estão molhados pela chuva ou se mijaram de medo?

— Medo de você? — Saera questionou venenosa.

— Tenho uma mensagem da minha mãe, a rainha. — Lucerys só se dirigiu a lorde Borros.

Aemond avançou a arrancou a carta da mão de Luke.

— Ele quis dizer a prostituta de Dragonstone. — Aemond riu.

Os guardas interviram e a carta foi levada para Borros.

— Hoje mais cedo recebi um emissário do rei. — Borros disse coçando a longa barba. — Parece que a Casa do Dragão não se decidiu sobre a sucessão. Onde está o maldito meistre?! — Borros gritou enquanto um dos guardas buscava o meistre.

Poucos minutos depois o meistre chegou e começou a ler o pergaminho, entreolhou para os príncipes Velaryon e sussurrou algo no ouvido de lorde Baratheon. Borros franziu a sobrancelha e coçou a barba, depois olhou para Luke com expressão de desprezo.

— Se sua mãe deseja me lembrar dos juramentos de meu pai e que eu jure lealdade, garoto, com qual de minhas filhas você se casará? — Borros perguntou apontando para suas filhas. — Escolha uma.

— Não estou livre para me casar, senhor, estou noivo de minha prima Rhaena. — Lucerys disse.

— Foi o que pensei. — Borros cuspiu. — Volte para Dragonstone e diga para a vaca da sua mãe que o senhor de Ponta Tempestade não é o cachorro que ela possa assoviar quando precisar.

Luke e Saera se viraram para sair do salão redondo, mas ouviram alguém puxando a espada. Os dois se viraram e viram Aemond se aproximando.

— Pare, Strong. — Aemond cuspiu. — Pague a divida que tem comigo.

Aemond arrancou o tapa-olho o jogou no chão, para mostrar a safira embaixo.

— Sua prima tem uma faca, como você tinha na época, arranque seu olho e o deixo ir. — Aemond rosnou. — Um serve. Pretendo dar de presente para a minha mãe.

Saera franziu a sobrancelha e segurou com força o punho de sua faca presa no quadril.

— Ninguém vai lutar. — Saera disse séria.

— Viemos como mensageiros. — Luke completou a frase da prima.

Aemond avançou. — ME DÊ O SEU OLHO!

PAREM! De baixo do meu teto não! — Borros Baratheon gritou se levantando de seu trono. — Não admito sangue derramado embaixo de meu teto!

Saera e Luke saíram do salão redondo e caminharam para seus dragões.

— Preste atenção, Luke. — Saera pediu subindo nas costas de Balerion.

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