19- O Inverno Chegou

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A notícia da morte de príncipe Baelor chegou à Winterfell enquanto Saera costurava com sua septã, quando leu o pedaço de papel com a letra de sua irmã, Daenerys, dizendo as seguintes palavras, " Enfrentamos os verdes na Goela, Baelor se foi ", ela sentiu como se as agulhas que usava para costurar seu crochê eram enfiadas em seu corpo dolorosamente, e a vontade de chorar a consumiu. Não houvesse quem consolasse a princesa, se trancou em seu quarto e ficou lá até o dia seguinte, apenas saiu para voar em seu dragão, que era a coisa que mais costumava fazer enquanto estava em Winterfell, ao contrário de Nymeria, Vermax e Meraxes, Balerion se ajustou bem ao frio.

Mas ao contrário do que imaginavam de si, Saera Velaryon lutaria naquela guerra e honraria sua família. Ela lutaria com fogo e sangue para vingar a morte de seu irmão e garantir o trono de sua tia.

Os lobos do inverno cruzaram as gêmeas, e, aterrorizando a casa Frey, um dragão negro cruzou o ar acima do exército. Saera Velaryon vinha em cima de seu dragão, Balerion, que já tinha o tamanho de um cavalo, mas não era um. O exército de dois mil homens avançou para o sul passando por Riverlands. Saera Velaryon, uma criança de catorze anos reuniu também, os homens de Forrest Frey, Benjicot Blackwood e os de Grover Tully, todos jurados e leais à Rhaenyra.

Enquanto esquentavam o almoço o dragão de Saera desceu dos céus. Os Tully e Blackwood se desesperaram, mas Cregan Stark os confortou. Balerion deixou sua montadora no chão, ela acariciou seu pescoço e encostou a testa no pescoço do dragão que chiou e se deitou. Ela tirou as luvas e se sentou junta dos homens, e para sua felicidade, havia uma mulher.

— Sou Saera. — a princesa disse apertando a mão da mulher.

— Sou Alysanne Blackwood. — ela sorriu e apertou a mão da garota. — Uma princesa Targaryen no meio de tantos barbas brancas... Me questionei quando vi seu dragão descer.

Saera sorriu.

— Era pra eu estar escondida em Winterfell, mas meu irmão morreu, e agora vou lutar na guerra também. — respondeu Saera, se sentando e observando os homens esquentando o almoço.

Saera sentiu dor no pé da barriga e sua cara se revirou.

— Cólicas? — Alysanne perguntou.

— Não sei... — Saera disse confusa, sentindo a dor no pé da barriga crescer conforme o vento frio batia.

— Quantos anos você tem? — Alysanne perguntou.

— Catorze. — respondeu Saera.

Alysanne se aproximou mais.

— Já sangrou? — Alysanne sussurrou.

O rosto de Saera ficou vermelho e ela olhou para o outro lado constrangida.

— Imaginei. — Alysanne sorriu. — Venha, vou te ajudar.

[...]

Enquanto comiam e Alysanne ensinava, em segredo, como Saera controlar o sangramento, Balerion se agitou e se levantou. Os homens recuaram. Saera jogou um pedaço de carne pro dragão, que recusou.

— Ele viu algo. — disse Saera subindo na sela do dragão.

Quando Balerion planou por Riverlands, Saera pode ver os navios com bandeiras Lannister e o estandarte de Aegon e seu exercito marchando em terra.

Quando os homens das Terras Ocidentais chegaram na margem oeste do Olho de Deus, Lorde Lefford descobriu que a força inimiga na margem oposta era liderada por Cregan Stark e Roderick Dustin e seus dois mil homens e um dragão, além do Lorde Forrest Frey com duzentos cavaleiros e seiscentos soldados de infantaria e Robb Rivers com 300 arqueiros. Havia também outra força marchando pelo sul, liderados pelo cavaleiro Pate de Folhalonga, junto com os lordes Bigglestone, Chambers e Perryn.

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