THE DRAGON QUEEN

12- A Canção de Gelo e Fogo

Rhaella adentrou Dragonstone após sua patrulha na Goela e caminhou em direção ao seu quarto, onde ouviu os risos de Daenys e Joffrey. Ela entrou no quarto e encontrou as duas crianças brincando, Daenys assistia Joffrey brincar com o dragão de madeira, que ele fingia atear fogo na miniatura castelo de Dragonstone.

Rhaella deixou suas armaduras em seu aposento e caminhou até o bosque sagrado, ela se sentou nas raízes da árvore sagrada e fechou os olhos, e a princesa, que nunca fora uma guerreira, começou a lutar contra as lágrimas que brotavam em seus olhos. Ela não dormia direito a dias e a culpa começou a consumi-la, ela havia matado uma criança.

— Não foi só eu. — ela soluçou para ela mesma. — N-Não foi só eu.

Toda vez que Rhaella fechava os olhos para dormir,
Aenys voltava em sua cabeça. Ela começou a pensar a todos os momentos: E se tirassem um filho de mim como tirei de Visenya?. Ela secou as lágrimas, mas seus olhos continuavam chorando.

Naquela noite, Rhaella se deitou sozinha, pois Aemon havia viajado para Driftmark. Ela fechou os olhos e dormiu.

Ela acordou e se sentou na cama, as mãos passaram pelo cabelo prateado e ela suspirou, as lágrimas brotaram dos olhos e ela finalmente chorou. Ela não lutou, ela deixou que as lágrimas descessem pelos seus olhos.

Quando o sol raiou Rhaella ainda estava acordada, ela vestiu um vestido azul-claro, cor da casa de sua mãe, e então desceu para tomar o desjejum junto de Baelor e Daenys. As crianças tagarelavam e comiam enquanto Rhaella os observava enquanto cortava uma maçã.

— Sonhei que tinha um dragão. — disse Daenys enquanto comia. — Um bem grande, e prateado, como o seu, mamãe.

Rhaella estava quieta e sequer os olhou.

— Mamãe.

Baelor e Daenys se entreolharam.

— Mãe. — Baelor chamou.

Rhaella não os olhou, continuou cortando a maçã.

— Mãe. — Baelor segurou a mão dela.

Rhaella os olhou e os entregou os pedaços de maçã.

— Sim, querida, um dia você vai ter um dragão grande e prateado. — Rhaella sorriu e afagou os cabelos de Daenys.

Daenys sorriu e comeu a maçã fatiada.

Rhaella suspirou e se levantou, saiu do salão e foi até a sala do conselho, onde encontrou Rhaenyra e o conselho. A sala estava cheia dos apoiadores de Rhaenyra, e Rhaenys e Daenerys estavam juntos na ponta da mesa pintada. Rhaella observou as roupas da irmã e arqueou a sobrancelha. Rhaenyra estava vestida de septã.

— Por que está vestida assim? — perguntou Rhaella. — Não achei que fosse 'religiosa'.

Rhaenyra a olhou.

— Acabei de voltar de King'sLanding. — disse Rhaenyra.

— Você o que? — Rhaella perguntou.

— Fui falar com Alicent. — Rhaenyra disse. — Eu sei foi um erro...

— Eu te aconselhei a permanecer em Dragonstone! Pelos Sete, Rhaenyra, o que você foi falar com ela?! Vestida como uma septã?! — questionei.

Rhaenyra arrancou o lenço da cabeça.

— Cuidado com a língua, está falando com a rainha. — lorde Bar Emmon lembrou Rhaella.

— A rainha é a minha irmã! E a minha irmã toma meus conselhos como piada! — retrucou.

— Saiam da salão. — Rhaenyra ordenou.