THE DRAGON QUEEN

20- A Primeira Batalha de Tumbleton

Haviam se envolvido em apenas duas batalhas, os nortenhos haviam descansado depois da sangrenta luta que resultou em um grande banquete aos peixes, e as carcaças dos corpos eram dadas ao dragão da princesa, Balerion, que se alimentava e crescia a cada dia, se tornando um formidável dragão negro, já era quatro vezes maior que um cavalo, e na batalha que participou, desceu do céu tão rápido que o exército rival mal pode vê-lo, queimou mais de dez mil homens enquanto sua cavaleira urrava. A princesa Saera, a delicada filha de Rhaella, que diferente ds irmã Daenerys que se interessava por espadas e lutas, sempre preferiu a leitura ou a fofoca da Fortaleza Vermelha, ou simplesmente voar de Driftmark para Dragonstone, ou de Kingslanding para Dragonstone por horas montada em Balerion, acabou se mostrando uma cavaleira de dragões formidável, sempre saindo das batalhas imunda de fuligem.

— Princesa, seu dragão é muito... Bonito... E feroz... — disse Folhalinga para Saera.

— Obrigada. — ela disse tímida.

Em Harrenhal, Visenya e Aemond festejavam a fuga de príncipe Daemon e seu exército de Harrenhal, brindavam e ofendiam o tio e seu dragão, os chamando de covardes, mas quando um corvo de Kingslanding chegou, avisando sobre a queda de Porto Real, ficaram furiosos por sua tolice. " — Meus homens disseram que se apavoraram ao ver Kingslanding perder a luz quando Meraxes passou por cima da cidade, e junto dela vinham todos os dragões dos negros. Eles tomaram Kingslanding. "

— Eu mesma mato a puta. — rosnou Visenya indo em direção a seu dragão, Vermithor, antes que pudesse subir nele, o próprio Aemond a impediu.

— Vis, ir para Kingslanding agora é um suicídio, todos os dragões deles estão lá, te matariam assim que pisasse lá. Meraxes é uma dragão de mais de duzentos anos, maior que o próprio Balerion durante a conquista...

Visenya pareceu pensar, ela concordou com Aemond. Agora, o príncipe Caolho era rei regente na ausência do irmão, colocou a coroa do conquistador na cabeça, e ele e sua esposa concordavam que ficava muito melhor nele. Deitados na cama do quarto que pegaram para dormir em Harrenhal, imaginavam nas possibilidades.

— Aegon é fraco. — disse Visenya deitada no peito nu de Aemond. — Imagino que você não seja.

Aemond a olhou de canto.

— A coroa fica melhor em você, melhor do que em Rhaenyra ou em Aegon. — ela disse se sentando no colo dele.

Visenya se encaixou nele, sentindo-o entrar nela, gemeu baixo.

— E a coroa de rainha consorte é mais bonita em mim do que em Helaena.— ela afirmou indo para cima e para baixo em cima dele.

— Qualquer coisa é mais bonita em você. — murmurou Aemond. Mas ele não falava com sua esposa, e sim com a amante-bruxa de ambos, a bastarda Alys Rivers os acompanhava na cama.

Mesmo na situação caótica, as paredes grossas de pedra de Harrenhal e o exército de Aemond testemunharam as súplicas de prazer da princesa e da bastarda. Boatos circularam de que o príncipe havia desfrutado de Alys Rivers, a bastarda Strong, e de sua esposa ao mesmo tempo. E era verdade.

Pela a manhã, o dragão Vermithor levantou voo, levando consigo a princesa Visenya. O príncipe Aemond se reuniu com Alys na manhã daquele dia, livres da esposa do príncipe, Alys e Aemond se deitaram juntos e não saíram do quarto até o anoitecer.

Aemond acordou, estava no salão de pedra do dragão, sentiu um fedor pútrido e seguiu o cheiro. Rhaenyra estava ajoelhada, com o corpo de Lucerys em seu colo e Arrax, morto, ao lado. Aemond sentiu seu corpo começar a tremer, Rhaenyra o olhou, os olhos cobertos de lágrimas.

— Valeu a pena? — Rhaenyra perguntou se levantando com o filho nos braços.

Aemond olhou ao redor, estavam sozinhos.

— Valeu a pena? — Rhaenyra repetiu.

Aemond se virou e saiu do salão de Dragonstone.

Ele acordou em sua cama em Harrenhal, com Alys Rivers dormindo ao seu lado, ambos ainda nus, a coroa do conquistador estava nas mãos de Aemond.

Em Kingslanding, a Rainha Alicent se jogava aos pés da Rainha Rhaenyra, que entreolhava para Rhaella, que tinha as mãos na frente do corpo e um sorriso na boca.

— Você poderia governar as terras da coroa. — sugeriu Alicent. — As terras de Porto Real, o norte, o Vale de Arryn, todas as terras banhadas pelo Tridente e as ilhas, Aegon poderá ficar com as terras da Tempestade, as terras ocidentais, Vilavelha e a Campina.

Rhaenyra descartou com desdém.

— Seus filhos poderiam ter desfrutado posições de honra na minha corte, se tivessem sido fiéis. — Rhaenyra disse. — Mas tentaram me privar do meu direito, e o sangue de meu belo filho Lucerys está na mão deles.

— Sangue bastardo!

As palavras de Alicent serviram para enfurecer Rhaenyra.

— Não admito mais mentiras! — advertiu ela. — Fale outra vez sobre bastardia e mandarei cortarem sua língua.

O Verme Branco sugeriu outro castigo: A esposa e a mãe de Aegon seriam acorrentadas e levadas até algum bordel, onde seriam vendidas por um dragão de ouro.

— Se se sentem a vontade para falar de bastardia, que tenham os próprios bastardos. — disse Mysaria.

Rhaella olhou Verme Branco, o olhar correu dos pés para a cabeça, depois abandonou as escadas de espadas do Trono. Membros da Guarda Real apareceram na frente de Rhaella, que estranhou a situação.

— Princesa, meistre Mellos deseja vê-la.

Caminhando devagar até a enfermaria, Rhaella encontrou Mellos ainda com a cabeça de Maelor dentro de um pacote de madeira.

— O que faremos, princesa? — Mellos perguntou.

— Queime, ele é do sangue do dragão também.

O sor Aemon partiu para Tumbleton montado em Katrix, estava na frente do exército de sor Garibald Grey. Encontraram o exército de Lorde Ormund Hightower, dessa vez sem Tessarion. Os pretos lutaram com bravura, por um tempo, quando uma onde de lanças e flechas foi lançada para os homens da rainha, que se dispersaram.

Katrix subiu para além das nuvens, viu que da direção de Kingslanding vinha Vermax carregando Jacaerys. Vermax e Katrix desceram rápido em direção ao exército de Ormund, os queimando. Os verdes gritavam enquanto ardiam em meio ao fogo de dragão, a pele derretia e se fundia aos chãos, então foram em direção a cidade para se esconderem dos formidáveis dragões. Katrix voava em círculos procurando por mais soldados para incinerarem enquanto Jace pousou com Vermax para uma batalha corpo a corpo.

— DRACARYS, Vermax.

Um dardo de ferro voou de uma besta escondida e atingiu o olho de Katrix. A fera negra começou a guinchar e tentar se manter no ar, os olhos de Aemon se arregalaram, mas depois ele fechou os olhos. Katrix desabou do céu e caiu sobre os homens. Depois da batalha, quando a carcaça de Katrix foi retirada, foram encontrados milhares de corpos queimados, e ninguém teve certeza de que um deles era sor Aemon, amado filho da princesa Rhaenys, o marido leal de Rhaella e o amável pai de quatro crianças.

O príncipe Jacaerys também desaparecera. Seu dragão retornou sozinho para King'sLanding.

Um corvo chegou destinado a Aemon.

" Papai, sou eu, Saera, estou me saindo muito bem com Balerion, agora ele é cada vez mais formidável e agressivo! Espero voltar logo para  a casa, amo você e a mãe.

Saera Velaryon. "