PRÓLOGO

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Eu amo o lugar que moro. O calor de Sunagakure me faz bem, ter meu pai e meu tio por perto é essencial.

Olho ao redor do terraço do prédio do Kazekage enquanto Tio Gaara me contava algumas coisas sobre a infância dele. Era como ele e meu pai, Kankuro, se meteram em confusão uma vez, arranjando briga na rua.

— Você é tão sério, Tio Gaara. Eu jamais poderia imaginar que você se meteria em briga de rua. Ainda mais com o papai! — Dou uma gargalhada. — Enfim, acho melhor voltarmos ao trabalho, certo? Tem um tratado em andamento com a Vila da Grama, quero revisar mais algumas coisas.

— Agradeço pela sua ajuda, S/n. Seu pai está muito mole.

— Tio! Meu pai está doente. Estou substituindo ele para te ajudar e ajudar Sunagakure. — Sorrio, e ele retribui.

— Tem uma coisa que eu gostaria de falar com você antes.

Sua feição mais séria me assusta. Talvez fosse um assunto chato de ser conversado. Minha garganta trava e a voz quase não saiu.

— Sim?

— Temari está voltando.

Agora ele realmente me deixou sem palavras. Meu estômago revira e a sensação de abandono toma meu corpo por inteiro.

Todas as noites que chorei pedindo para que ela voltasse, tantas cartas que enviei e não foram respondidas, tantas primeiras coisas que ela perdeu...

Tia Temari era como a minha mãe, porque ela que me ensinou tudo o que uma menina deveria saber. Mas quando fiz onze anos, ela foi embora para Konoha e nunca mais deu sinal de vida.

Nós só descobrimos que ela estava grávida porque Tio Gaara tinha trabalho em Konoha. Ela estava com um barrigão e eu vi sua aparência numa foto que meu tio fez questão de tirar.

Eu estava ressentida com ela. Não queria sua companhia, para ser sincera. Mas não iria falar nada. Meu tio era bondoso comigo, sempre fazia minhas vontades e não tinha coragem para contrariar ele por não querer que Tia Temari ficasse em casa. Desde que o marido babaca e o filho não viessem, eu estaria bem com ela em casa. Poderíamos até nos reaproximar.

Meu peito bate eufórico apenas com o pensamento de ela estar em casa novamente. Abro um sorriso cheio de alegria, involuntariamente.

— Shikamaru e Shikadai vão vir também.

Reviro os olhos e meu sorriso se desmancha na hora, se transformando num biquinho emburrado.

— Eu não quero brigar nem nada, mas já aviso que me recuso a isso. Ficarei na casa de alguma amiga.

— Não será necessário. — Ele fala firme, um pouco autoritário. — Você não vai estar aqui em Sunagakure.

Eu ouvi direito? Não vou estar na minha vila? Estou trabalhando como assistente dele e cuidando do meu pai. Não tem como ele me mandar embora.

O tempo esfria e o calor que aquecia minha pele ia desaparecendo aos poucos. O tempo mudou junto com o meu temperamento.

— Como assim, não vou estar em Suna, Tio?

𝐁𝐀𝐃 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄, naruto uzumaki.Onde histórias criam vida. Descubra agora