CAPÍTULO VI

230 42 6
                                    


Chego no escritório e já vejo movimentação. Sério que todo dia vai ter um evento aqui?

Kotetsu está em frente à porta. Ele olha para baixo, como quem fez algo de errado.

— Bom dia. Está tudo bem?

— Bom dia......não muito. — Ele coça a nuca. Não tem coragem de olhar para mim.

— Quer me contar o que aconteceu? — Cruzo os braços.

— O Hokage...trouxe bebida para o escritório. E eu tomei dele porque você disse que ele não poderia beber aqui. E ele...me deu uma suspensão.

Ah, não!

Entro na sala batendo porta e o vejo sentado de cara emburrada. O beiço fazia um bico enorme, birrento, semelhante a uma criança.

— Deu uma suspensão ao seu funcionário que estava correto?! — Aponto o dedo. — Você é quem deveria tomar uma suspensão!

— Ele quis pegar para ele! — Grita e volta para a sua feição de bico.

— Claro que não! Todos sabem que são ordens minhas não deixar você beber aqui. — Que descarado!

— Acontece que não era para mim! — Ele bate as palmas das mãos na mesa, se levantando. — Era para uma amiga que está vindo me ver! Mas ele não acreditou!

— Já que é assim....Kotetsu! — O chamo. Ele vem imediatamente. — Me de a garrafa.

Ele me entrega a garrafa pesada.

— Vai ficar comigo. — Aviso. — Até sua amiga chegar. E se ela não existir vai ficar com o Kotetsu e você vai retirar a suspensão!

Ele revira os olhos. Realmente me detestava.

— Vocês vão quebrar a cara!

Ele sai do escritório e eu coloco a garrafa apoiada no chão, ao lado da minha mesinha.

Reparo no ambiente que estou antes de começar a trabalhar. As janelas grandes de vidro me proporcionam uma boa visão da vila. E vejo, ao longe, sob o sol da manhã, o Hokage, indo atrás de achar sua amiga.

Eu não acreditava muito nessa história. Mas eu não tenho o que fazer se for verdade.

A papelada já estava comigo e eu já comecei a dar assinaturas e ler casos.

Kotetsu saiu. Fiquei sozinha por cerca de uma hora, até que o Hokage chega com alguém.

— Então você quem tomou a minha garrafa de saquê? Que coincidência.

Levanto o rosto para ver a figura que falava comigo e era Sakura.

Sakura...Uchiha?! De quem Konohamaru me falou! Sakura, casada com Sasuke e Amiga de infância de Naruto! Aquele por quem ele sempre foi apaixonado. Uau! Várias peças se encaixaram na minha cabeça agora.

— Oh, Sakura. Bom te ver novamente! — Sorrimos. — Aqui está. Eu não confio só na palavra dele, mas como você diz, eu acredito que seja realmente seu. — Entrego o garrafão para ela.

— Então você é a novata. — Rimos. Reviro os olhos. — Eu preciso ir. Sarada quer ir ao salão.

— Até mais, Sakura. — o Hokage se despede.

Ela sai do escritório e ele me olha presunçoso.

— Sim. Agora, retire a suspensão.

— Uh?! Mas você disse que se ela não existisse, eu não precisaria.

— Não. Eu disse que a garrafa ficaria com ele. Mas você vai ter que retirar a suspensão de qualquer maneira. — Antes que ele pudesse falar algo, olho para o meu relógio no pulso, e aponto o indicador para cima, impedindo-o de falar. — Hã, hã. Meu horário de almoço agora. Você pode brigar comigo quando eu voltar.

𝐁𝐀𝐃 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄, naruto uzumaki.Onde histórias criam vida. Descubra agora