[VII] Só quero saber de Minako.

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Riki

Eu havia acabado de acordar, quando o cabeçudo do Takayama me manda uma mensagem falando que ia faltar. Porra, ele reclama que eu falto, mas tá pior que eu.

Me arrumei, com raiva, e saí pra ir em uma loja de conveniência que ficava aqui perto. Enquanto eu estava comendo, um raio de luz me deixou cego.

Brincadeira, era Minako.

Linda e adorável como sempre, ela veio me cumprimentar e se sentou ao meu lado.

— Oi Riki, bom dia! — ela dizia com seu sorriso perfeito.

Caramba. Eu realmente me apaixonei tão rápido assim.

— Oi, bom dia, Nako! — respondi.

[…]

Comemos um pouco rápido, já que tínhamos que chegar na escola logo.

Ofereci carona para Minako, que recusou de primeira, mas aceitou após eu insistir algumas vezes.

O caminho até a escola foi… complicado.

Não gostaria de entrar em detalhes, mas, resumidamente, quase caímos e quase atropelamos um gato. Eu ralei o joelho, mas por sorte meu amor não se machucou.

Como o casal incrível que somos — nós namoramos, só ela que não sabe — resolvemos resgatar o gatinho, que na verdade era uma gatinha, o que significa que agora eu tenho duas gatinhas.

Por alguns minutos, ficamos sem saber o que fazer, até que Minako decidiu levar o gato para sua casa, porque pegaria um gato em pouco tempo e já tinha tudo pronto, menos o gato.
Mas havia um problema; seu irmão já tinha uma cachorrinha. Ela disse que simplesmente colocou o gato em seu quarto, com tudo que ele precisaria.

Não questionei, mas tivemos sorte pois hoje não teria treino devido à manutenção no prédio da empresa, nos dando mais tempo para cuidar da gata.

Gatinha pediu para eu escolher o nome da nova gatinha, e eu escolhi “Miki” disse a ela que era por causa do significado; “linda e nobre”, mas na verdade, foi mais por ser o meu nome com a inicial dela.

[…]

Por incrível que pareça, não chegamos atrasados. Minako foi direto até a sala dos professores, já que a haviam chamado.

Logo depois de me sentar — ao lado de Nako, óbvio — enquanto esperava ela chegar, uma menina veio em minha direção e começou a conversar comigo.

— Oi, tudo bem? Você é a famosa máquina de dança Nishimura Riki, não é? Sou trainee da Source Music. — ela piscou para mim. Sinceramente, parecia insuportável.
— Uh… sou sim. E você, é…?

— Ah, pensei que você soubesse. Sou Kwon Chaeni, meio que sou bem conhecida assim na BigHit. — eu só queria que ela saísse daqui. Não aguento mais.

— Entendi… — olhei para os lados, com esperança de fugir da situação, e encontro Minako chegando na sala, que já olha para a menina com cara de assustada.

Fiz questão de acenar para minha gatinha do jeito mais exagerado possível.

Enquanto tentava despistar a garota estranha, Minako me cutucou e me deu um pedaço em papel, mas parecia receosa.

“Você conhece ela?”

Escrito em japonês, e sua letra era muito bonita.

Antes que eu pudesse responder, a Kwon puxa o bilhete de minha mão.

— Meu Deus, é japonês? Você deve ser muito inteligente, é uma língua muito difícil. — alguém tira ela daqui, por favor. — Você é irmão da Minako?

— Não, ela é minha amiga. Bem próxima inclusive. — nem parece que eu conheci ela ontem.

— Sei… só fiquei chocada que a nossa Nako conseguiu falar com algum menino, não é, lindinha?

— Como? — perguntei, visivelmente irritado, e tomei o bilhete de sua mão.

Comecei a escrever de volta para meu amor, propositalmente em português, já que pretendia falar sobre isso com ela mais tarde.

“Não. Ela tá me enchendo o saco desde mais cedo. Me salva Nako, por favor”

Ela leu e riu, mas sua expressão mudou rapidamente.

— Nishimura Riki! — ela me deu um tapa no braço. — Desde quando você fala português? E outra, foi você que me mandou aquele bilhete ontem?

— Desde sempre, ué! Mas sobre o bilhete, não sei de nada. — nós dois rimos, e Chaeni só olhava para Minako cada vez com mais desgosto, até ir embora.

✦𝑇𝑆𝑈𝑅𝑈: 𝖭𝗂𝗌𝗁𝗂𝗆𝗎𝗋𝖺, 𝖱𝗂𝗄𝗂 [니키]Onde histórias criam vida. Descubra agora