11: O Inicio Da Investigação

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A mãe da Magali quase entrou em um surto de histeria ao saber que a filha tinha fugido do hospital, mas se acalmou ao encontrar ela na casa da amiga. A abraçou até sentir seu coração pulsando no peito, relembrando que estava viva.

Luísa acordou impaciente, mas ao encontrar Dona Lina em sua sala de estar, chorando emocionada, controlou-se. Mônica contou o que tinha acontecido e quase começou a entrar em lágrimas também.

As duas amigas do passado se entreolharam com os olhos estáticos, banhados de uma descrença fervente, incrédulas ao perigo. Mônica sentia que suas mães reviviam algo, a mesma sensação de estar em um vale de caos sem controle.

— Talita, você não vai voltar pra casa sozinha, né? — indagou Luísa, recebendo um balançar negativo.

— Não, a viatura tá lá fora me esperando. Vão me acompanhar até em casa. — contou, com Magali olhando pela janela as luzes azul e vermelha emanando.

— Ai, graças a Deus. Pede também pra eles ficarem a noite vigiando. — Luísa se aproximou da amiga, para a sua voz não chegar nas filhas. — Lembra que já fizeram isso pra gente? Na casa do Cebolácio?

Talita assentiu pesadamente, não querendo relembrar mais uma vez daquela época.

— Vou pedir sim — as duas se abraçaram. — Obrigada, Luísa. Por tudo.

Talita deixou os braços da amiga e chamou sua filha para ir embora. Magali agradeceu Mônica por a receber em casa e depois apontou para seu celular, uma forma não verbal de dizer que iria mandar mensagem depois.

A dona da rua foi dormir pensativa. Sua mente demorou para desligar, se lembrando do cartão e o sobrenome contido nele. Do seu antigo amor. O que fez ela subir aos céus e descer ao inferno; Que a fez desacreditar na paixão.

•••

No colégio Limoeiro as aulas foram canceladas quando todos souberam da morte de Timóteo no dia seguinte. O bairro entrou em mais um luto por um dos jovens mais conhecidos das ruas.
Seus amigos prestaram suas condolências no velório que durou duas horas e depois, Jeremias e Franjinha, junto a Cebola e Cascão, foram para o campinho.

Os cincos passaram pelo gramado onde jogavam bola e chegaram até a árvore em que se penduravam, permeada por uma cerca velha, com algumas tábuas em falta.

— Eu pensei em fazer isso quando me falaram que ele... — contou Jeremias, recebendo um olhar melancólico dos meninos.

Jerê foi até o tronco e sacou um canivete. Gravou com a lâmina um "T" no tronco robusto, quase caindo em lágrimas.

— Acho...acho que é a única homenagem que eu consigo fazer pra ele — admitiu, deixando a voz embargar.

Franja passou os braços pelo ombro de Jerã, enquanto a outra dupla de amigos observaram novas lágrimas caírem do rosto dos melhores amigos de Timóteo, que juntos formavam antigamente a turma do bermudão.

Cascão foi até Jeremias mas Cebola fitou as árvores. As numerosas árvores formando a enorme floresta, onde seu começo ficava atrás do campinho, depois de passar por um breve declive de grama alta. Lá é onde a cabana do clubinho dos meninos está, bem no fundo, quase no centro da floresta onde se guiavam por um caminho – que possivelmente já não existe mais – para encontrarem seu QG.

Naquele momento, as memórias da infância voltaram e em muitas delas Titi estava. Assim, Cebola também começou a chorar.

•••

Jeremias e Franja voltaram para casa após ficarem quase uma hora no campinho, relembrando as memórias com o falecido amigo.

Cascão e Cebola ao verem os dois irem embora, resolveram ir também.

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⏰ Última atualização: Jul 05 ⏰

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𝐒𝐜𝐫𝐞𝐚𝐦 - Turma da Mônica Jovem (TMJ + Pânico)Onde histórias criam vida. Descubra agora