𝗰𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗱𝗲𝘇𝗲𝘀𝘀𝗲𝗶𝘀

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𝐀 noite caia mais uma vez em Seul, e com ela os primeiros floquinhos de neve do inverno rodopiavam felizes no céu quando Minho se despedia de Hyunjin e fechava a confeitaria atrás de si.

Jisung, cansado do dia intenso, já estava acomodado confortávelmente devaixo dos lençóis ao que esperava seu amado se juntar a ele, o que não demorou a acontecer.

— Estou tão orgulhoso do Seungmin... — Jisung comenta assistindo seu companheiro, já de pijama, retirar os sapatos e se aninhar ao seu lado debaixo dos cobertores. — O que ele fez exige muita coragem…

— Tem razão, mas considerando o quão maravilhoso Hyunjin é, Seungmin tem muita sorte, não é todo mundo que tem a cabeça aberta como aquele anão. — Minho responde abraçando protetoramente seu pequeno "camundonguinho".

— Isso tem haver com seus pais? — Jisung questiona, mas não obtendo respostas, ele prossegue com o interrogatório. — Você nunca os encontrou depois de tudo o que aconteceu?

— Não. — assumiu com um suspiro, afundando seu nariz na cabeleira loira do namorado, em busca de conforto. — Eu só consegui manter contato com minha irmã, para meus pais, Sana é filha única.

— Oh Min, eu sinto tanto, querido. — Jisung pronunciou aprofundado seu abraço, transmitindo todos os seus sentimentos para o amado.

— Não sinta, doce, eles quem estão perdendo. — Minho diz, plantanto um pequeno beijinho no cabelo do outro. — E quanto a você, como foi parar nas ruas?

— Bom... é uma longa história…

— Temos todo tempo do mundo, se você quiser. — Jisung sorriu com a afirmação e tomou coragem para contar.

— Eu fugi de um circo…

— Um circo?

— É Min, um circo, com lonas e tudo, agora deixa eu terminar!

— Desculpa... Um circo... Você fazia o que lá?

— Nada demais, eu só trabalhava nos bastidores, um faz tudo, sabe?

— Uhum…

— Meu pai era o Mágico, o mais incrível que já presenciei, eu nunca me cansava de ver suas performances, e mesmo eu tendo talento nenhum para o ofício ele sempre me apoiava, com qualquer coisa que eu quisesse fazer, até me ensinou a lidar com cadeados e fechaduras…

— Oh…

— Pois é…

— Você parecia feliz, por que foi embora?

— Meu pai se foi e tudo naquele lugar me lembrava ele, então eu parti também. — explicou suavimente recebendo um carinho na cabeça. — Ainda tenho saudades dele.

— Sei que ele está muito orgulhoso de você, meu amor, aposto que ele está no paraíso dos mágicos agora, cercado de coelhinhos e cartolas protejendo cada passinho seu… — essa constatação tirou uma risadinha do rapaz de olhos azuis.

— Obrigada Min, eu amo você.

— Eu também amo você, camundonguinho...

𝗹𝗶𝘁𝘁𝗹𝗲 𝗺𝗼𝘂𝘀𝗲 ▸ 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora