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• Autora - AziPerhart •
"𝐄ntão eles viveram juntos como uma grande e unida família, felizes para sempre... Fim"
— Fim? — questionou o capetinha abraçado com um travesseiro fofinho. — Não pode ter acabado assim, tia Azi!
— Mas acabou, supere... — brinquei me levantando do tapete felpudo na minha sala de estar e senti imediatamente minhas costas reclamarem do tempo na mesma posição. — Se arrumem crianças, seus pais já irão chegar logo logo…
— Wooyung tem razão, Tia Azi! — Nayeon retrucou cruzando os bracinhos em indignação, me fazendo suspirar. — Isso não é justo.
— E como a senhorita acha que deveria terminar? — perguntou humorada, recolhendo alguns brinquedos do chão.
— Não deveria... — pitanguinha resmunga emburradinha, fazendo biquinho.
— Isso! Deveria continuar para sempre e sempre! — o capetinha sugere, mostrando um sorriso cheio de animação, expectativas e uma porteirinha onde logo nasceria um novo dentinho em breve.
— Infelizmente, minha parte já terminou… — respondi reparando na tristeza que se instalara naquelas três lindas pestes. — Cabe a vocês imaginarem o que acontece depois…
— Mas eu queria tanto saber como o Jeongin reagiu à chegada do Sunoo — a Pitanguinha pronúncia, apanhando seus brinquedos e os colocando dentro da mochila.
— É mesmo! Será que ele ficou com ciúmes? Não... imagina... o Jeongin é um anjo, não ficaria com ciúmes! — Nayeon suspira, divagando sonhadoramente.
— E se eu te dissesse que ele não reagiu muito bem com a notícia? — provoquei com um sorrisinho no canto da boca, como ainda havia tempo, não me importaria em inventar uma ou duas coisinhas a mais para satisfazer sua curiosidade. — Como vocês ficaram bem comportados, eu irei contar…
— Oh Deus! O que ele fez? — ela questiona exasperada, se consumindo de curiosidade ao que eu colocava seu irmãozinho de volta no tapete.
— Ele pediu ajuda ao Changbin para efetuar um plano, e como seu fiel escudeiro, mesmo não concordando, ele ajudou... — eu comecei. — Eles agora não eram mais crianças, já haviam crescido bastante…
— Já eram adultos? — o capetinha me interrompeu.
— Não Wooyung, eles ainda eram adolescentes... 14 anos. — respondi pacientemente afagando sua cabeça. — Continuando, Jeongin resolveu que seria muito legal dar uma caixa de presente para o Sunno…
— Ownn. — a amora suspirou novamente.
— Com uma serpente dentro! — completei satisfeita com o resultado.
— NÃAAAO! Me diz que ele não fez isso! — ela estava devastada. — Isso é uma atitude terrível!
— Eu sei... eu sei... — prossegui. — Porém, ele não conseguiu entregar o presente da maneira que queria... pois antes que pudesse fazê-lo, o pequeno Sunno o abordou e lhe entregou algo que quase fizera seu coração derreter de tão tocado que ficara…
— O que ela entregou? — inquiriu a pitanguinha roendo as unhas de ansiedade.
— Uma caixinha com um bilhetinho e um relógio atrasado em 5 horas…
— Oh!
— O que dizia a carta? — Nay pergunta.
— Dizia: "sei que não gosta muito de mim, mas tenho esperança de que um dia me considere parte da família também... ps: papai Jisung me contou uma história interessante sobre você e um relógio que marca a hora do nascer do sol... espero que goste".
— Isso foi tão lindo! — uma das meninas comenta.
— Mas, o que aconteceu com a cobra? — o capetinha relembra.
— Enquanto o Jeongin estava distraído com o bilhetinho, ele se esquecera que o Changbin já deixara a caixa em cima da cama de Sunno... Somente depois de escutar um grito estridente, que ele percebeu a burrada que cometeu…
— Ele o odiará para sempre! — pitanguinha diz, completamente chocada. — Eu o odiaria para sempre se ele fizesse isso comigo…
— Ora, mas nem tudo é como a gente imagina, minha cara. — brinquei. — Vocês acreditam que o garoto adorou o presente?
— Jura?
— Sim, ele sempre sonhou em ter um animalzinho de estimação, não importa o que fosse, tanto que gritou de excitação ao abrir a caixa, pegando a todos de surpresa. Desde então, o trio Changbin, Jeongin e Sunno, nunca mais se separaram. Agora sim é o fim da história, acabou…
E assim, uma onda de protestos se inicia naquela pequena sala de estar, fazendo minha pobre cabeça latejar…
No entanto eu já tinha a solução para aquele problema:
— Silêncio, ou eu peço para os seus pais procurarem outra babá e vocês ficarão sem histórias…
— Não pode fazer isso! É cruel! — Wooyung, o capetinha, protesta.
— No entanto, se vocês se comportarem, semana que vem eu conto uma nova e incrível aventura.
— Jura? Juradinho? — o capetinha pergunta para conferir.
— Eu juro juradinho... — respondi, quando a campainha tocou. — Seus pais chegaram…
— Espera, antes de irmos, sobre o que será a nova história? — a Nay pede transbordando de curiosidade.
— Será sobre um lenhador que deixou o machado cair na caverna de uma temível Dragão... — eu sussurro em tom conspiratório antes de abrir a porta, revelando os pais daquelas pequenas pestes adoráveis.
— Boa Noite, senhorita Perhart! — Minho me cumprimenta pegando as mochilas dos filhos em minhas mãos. — Eles se comportaram?
— Como anjinhos. — "ou pequenos demônios ávidos por aventuras" pensei.
— Realmente espero que não tenham dado trabalho. — Jisung comenta retirando o meu pagamento da carteira. — Eles conseguiram enlouquecer todas as babás anteriores, era assustador…
— Talvez eles tenham a quem puxar, querido… — Minho sugere pegando Nay, a Eun e Areum, a pitanguinha, juntas no colo.
— O que está insinuando? — Jisung interroga trincando os dentes com Wooyung nos braços…
— Que você merece um novo par de tênis da Adidas? — por que tão fofos, Deus? — Obrigado, senhorita Perhart, estará livre para cuidar deles semana que vem?
Com 5 pares de olhos profundamente expectativos me pressionando, o que mais eu poderia responder senão: