cap 10

325 30 7
                                    

PEDRO
{Rio de Janeiro, Brasil.}


Eu estava louco, é meio óbvio meu interesse no Nicolas, mas tê-lo assim tão vulnerável é perfeito.

Com os lábios selados aos meus, eu subo ele no meu colo e sigo para beijar seu pescoço. Mas o Nicolas me interrompe. Filho da puta.

-Pedro- puta que pariu, que voz.-Vamos devagar, né?- ele sai do meu colo. Faço uma cara confusa.

Eu não quero ir devagar. Eu quero rápido, aqui e agora, eu gosto dele e ele me beijou, pra que esperar?

-Esperar pra quê? Se você já sabe que é meu!- Levanto da cama procurando meu celular.

-Seu? Pedro eu não quero brigar nem nada... mas eu não sou seu, e bom, nunca devo ser.

Mas que droga, ele quer morrer é?

-Você tá dizendo isso por que, Nicolas? Tá apaixonado naquele seu amiguinho? Eu resolvo isso bem rápido.- Meu tom de voz já se altera.

-Olha, primeiro abaixa a voz aí, segundo, eu sou seu amigo, não quero estragar uma amizade pra ser tratado que nem marmita por você- Ele levanta arrumando suas coisas dentro da eco bag.- e tem mais, você não é o tipo de cara que assume um relacionamento, Pedro, sabe quantas meninas eu já vi você fazendo de lixo por aí?

-Cala a boca, você não sabe de nada!

Ele toma uma atitude que eu não esperava, se senta na cama e fica me encarando por alguns segundos.

-Então agora você vai me explicar. Foi nesse momento que eu desabei.

-Você tá na porra da minha casa, sentando na droga da minha cama, aonde eu nunca, nunca trouxe ninguém!- Exclamo.- Você conheceu o meu irmão, eu te apresentei a ele, Nicolas, você mas do que ninguém sabe como a minha relação com ele é fudida, e mesmo assim você tá duvidando?

As veias na minha testa começavam a aparecer, o quarto estava gelado pelo ar condicionado no 16° a nossa briga tinha a trilha sonora de "marretada do thor" que tocava no andar de baixo, e o cheiro de perfume de bebê do Nicolas ainda impregnava as minhas narinas.

O choro baixo do cacheado tornava-se presente no ambiente.- Desculpa vai, eu...eu sei lá, só fiquei nervoso.

-Vem cá- o puxei para os meus braços.- Eu entendo, sei que você nunca teve algo parecido com isso. Vou com calma, mas o pescoço não tem como evitar.

Ele da uma risada baixa e gostosa de ouvir, como música em uma tarde fria. Mas como eu disse, não podia evitar. Me direcionei de volta ao pescoço dele, cheirando o local e mordendo.

Até que eu escuto o barulho da porta sendo aberta com força, hoje que uma biqueira vai ser incendiada.

-Eita. Porra.

-------------

Olá meus sereiuros, mas um cap saindo do forno. Bom feriado para todos!

S.B

Por Você Onde histórias criam vida. Descubra agora