Yara
hoje em dia..te dizer que aturar gente rica não estava nos meus planos de vida, mas fazer o que, infelizmente não terminei a faculdade, mas ainda sim era meu último ano.
já estava no fim de ano, faltava pouquíssimo pra eu terminar a faculdade e eu tava me matando de estudar pra essas últimas provas, digamos que a mãe aqui está seguindo o rumo de medicina, o que meu pai me julga super por seguir essa e não direito.
Paulo: vem me ajudar no bar filha, você sabe que dia de sábado é cheio -falou e eu tirei o óculos do rosto.
deixei os cadernos e livros no quarto, desci pra parte de baixo, onde meu pai tinha um bar, que era restaurante também, servia de tudo aqui.
fiquei ajudando meu pai, enquanto ele fazia as coisas, sempre foi somente nos dois, ele é meu pai de criação, meu pai biológico nunca vi nem a cara, muito menos minha mãe.
tio Paulo sempre me criou desde menininha, considero ele um verdadeiro pai, já que a frase é certa "pai é quem cria".
L2: me vê uma cerveja aí -falou e eu olhei pra cara dele, pegando a cerveja- se a garçonete vier junto, eu agradeço também
Yara: por que você não vai procurar o que fazer? -falei dando dedo pra ele e ele riu- ai Leandro, me deixa em paz hoje pelo amor de deus
L2: claro que não minha gata linda -falou beijando minha mão que tava na bancada- sabe que ele é solto hoje né?
Yara: quero mais que vocês todos se fodam -falei vendo a Gabriela entrar no bar- nao quero saber de ninguém
L2: acalma tua amiga -falou batendo na cabeça da gabriela-
Gabi: pra falar a verdade -ia falar algo, mas foi interrompida pelos fogos que foram lançados no céu, e todos os bêbados de dentro do bar gritaram em comemoração- na verdade ele já chegou né
vi várias motos subindo e na última tava ele, vi a Gabi e L2 ir pra frente do bar e fui junto, vendo ele descer da moto todo sorridente, como se fosse uma vitória pra ele aquilo.
L2: o pesadelo chegou -falou rindo e eu olhei pra cara dele, vendo que um traficante era felicidade pra os moradores daqui.
Paulo: ele chegou? -falou e eu olhei pro meu pai que olhava pra ele e sorriu.
isso tudo tá perdido mesmo.
voltei pra dentro do bar e me sentei mexendo no meu celular, enquanto todos comemoravam algo que deveria ser negado aqui.
vi ele entrar dentro do bar e bater na mão do meu pai, que sorria pra ele, enquanto conversavam.
P7: vou pagar cerveja pra geral que tá aqui, principalmente meus aliados -falou botando o dinheiro na bancada, atraindo minha atenção.
Yara: saiu da cadeia cheio de dinheiro? -falei vendo ele fechar o sorriso e me olhar- não sabia que você entrava com pouco e saia com mais, justiça do Rio é uma merda mesmo né
L2: qual foi neguinha -falou do lado do outro e ele soltou um ar de riso.
P7: não conheço você, mas pelo visto sabe muito da minha vida né -murmurou e eu dei de ombros- mal cheguei na favela e ganhei uma fã
Yara: me recuso ser qualquer coisa de você, principalmente isso daí -falei negando- você pode ter todas aos seus pés querido, mas a minha pessoa, você não escuta nem uma palavra de gratidão
joguei o pano em cima da bancada e peguei meu celular saindo dali, subi pra casa e voltei pro meu quarto, coloquei uma música qualquer pra tocar enquanto eu voltava a ter minha belíssima paz do dia de sábado.
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Yara Vitória Lima, 19 anos
@louisiew
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Destinados
Fanfictioneu ainda te amo sim, mas meu amor não vai me impedir de ir embora..