Flashback on
Agatha: filha, guarda essas coisas -falou e eu olhei pra ela rapidamente- ajuda a mamãe amor
Yara: tudo bem mamãe -falei pegando as coisas e levando pro meu quarto-
ouvi um barulho de algo quebrando e um grito, corri pra escada, mas parei quando vi que era o papai, ele tava gritandoe apontando pro rosto dela que tinha os olhos furiosos.
Alberto: você é uma vagabunda, você me traiu e achou que eu nao iria descobrir? -falou batendo no rosto dela- me traiu com aquele filho da puta, acha mesmo que ia sair ilesa? você e aquela filha da puta, eu sustentei vocês por nove anos, e você ainda ficou como se estivesse certa
Agatha: você me traiu bem antes da Yara, nada mais justo de provar do próprio veneno -falou e ele desferiu um tapa no rosto dela- você é imundo, vive me traindo ainda, mas nao percebeu que eu só estou aqui pelo bem da minha filha né, pelo seu dinheiro que eu vou dar a ela
eu tava me acabando em lágrimas, ela nunca falou assim, nunca gritou, eles se amavam...
vi que ela tinha me visto, mas negou e ele puxou algo da cintura, uma arma.
Alberto: agora você vai aprender o que é ótimo pra você, sua vagabunda -falou e atirou, uma , duas, três, quatro...cinco, cinco vezes.
o sangue descia pelo peito e pelo pescoço dela, mas seus olhos estavam presos em mim, era em mim que ela olhava , ela murmurou um "corre" mas eu não queria, queria ficar com ela, ela gritou e eu percebi que era pra eu correr naquele momento.
me levantei enxugando as lágrimas que desciam e escutei outro tiro me fazendo cair no meio do corredor, ouvia nada, seu grito foi abafado pelo tiro, não escutava mais ela, ela foi embora.
me levantei quando ouvi ele subindo e fui pro meu quarto, trancando a porta, abri meu armário que tinha uma saída pro andar de baixo e ouvi ele bater na porta, tentando abrir enquanto gritava, me chamando de vários nomes e eu continuei entrando.
fechei o armário por dentro e desci pela escada que saia no quartinho de bagunça, abri a porta dele e saí na área de fora, ouvi o cachorro latir muito mas continuei correndo, parei na frente da porta quando vi ela cheia de sangue, com os olhos abertos mas sem se mexer.
deixei minha última lágrima cair e abri o portão da frente, sai correndo pela rua , enquanto procurava meu tio Paulo, eu sabia que isso iria acontecer, ela sabia que um dia ia acontecer, ela me preparou pra isso, eu já sabia o que fazer e ela também.
esbarrei em alguém e vi que era um menino com uma arma, ele me olhou e ficou sem entender nada, mas me puxou pra um lugar e perguntou quem eu era, falei e perguntei pelo tio Paulo, ele disse que era amigo dele e iria me levar
[...]
Paulo: o que você tá fazendo aqui Yara? -falou e eu corri abraçando ele.
Yara: ela foi embora tio Paulo, ele atirou nela, ele matou ela -falei e ele perguntou quem- meu pai , matou a mamãe, na minha frente, ele quer me pegar, não deixa por favor, não deixa
Paulo: vai ficar tudo bem meu amor -falou me puxando pra me abraçar e eu segurei forte na roupa dele, tava com medo, muito medo.
Flashback off
acordei assustada, tava soando, sentia meu coração bater forte e eu não tava conseguindo respirar direito, me levantei desesperada e fui pro banheiro entrando na água de roupa e tudo, acabei caindo no chão por não aguentar meu peso e eu tive o mesmo pesadelo, de todas as noites, ele sempre vinha pra me provar que ainda estava vivo.
[...]
Gabi: que cara é essa, você tá pálida -falou e eu tirei o olhar do celular olhando pra ela- em amiga, o que aconteceu?
Yara: sonhei com ele de novo -murmurei vendo ela me olhar preocupada- mas dessa vez eu fiquei mais nervosa, acordei bem mais agitada, eu tava fraca, como se eu soubesse que algo de ruim vai acontecer, que ele tá perto de mim, perto de me encontrar
Gabi: vira essa boca pra lá e bate na madeira -falou batendo e eu suspirei passando a mão no rosto.
P7: me dá uma cerveja aí -falou tirando uma nota de 10 da carteira e colocando na mesa-
me levantei pra pegar e coloquei na bancada, ainda tava fraca, tava fazendo de tudo pra ficar sentada, mas meu tio precisou sair pra ir ao mercado.
senti minha cabeça girar e um enjoo vir com tudo, acabei caindo no chao ouvindo a Gabi me chamar e alguém me levantar depois de um tempo.
P7: qual foi Yara -falou e eu senti ele me segurar, já que eu não conseguia ficar de pé- pega uma agua pra ela aqui Gabriela
senti ele me pegar no colo e me sentar na cadeira de uma das mesas, vi ele me abanar com o cardápio o que me fez rir fraco.
P7: morrendo e rindo ainda -falou me olhando- tu comeu alguma coisa porra, tu tá pálida
vi a Gabi trazer a água e tomei ela Toda, eu tinha comido um pão porque tava sem fome, mas eu tava fraca desde cedo, então não era fome.
Gabi: vamo levar ela pro médico, pelo amor de deus -falou e eu neguei- vai sim, cala sua boca
senti ele me pegar de novo no braço e eu acabei jogando a cabeça pra trás, minha cabeça girava e latejava enquanto partes do meu corpo doía, fechei os olhos e não conseguia ouvir mais nada.
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Destinados
Fanfictioneu ainda te amo sim, mas meu amor não vai me impedir de ir embora..