Yara
fiquei olhando para ele enquanto o L2 tava tentando conversar, mas ele estava desacordado, doutor disse que ele tinha tido uma parada cardíaca no meio da noite, mas conseguiram trazer ele de volta e ele está assim desde então.
vi ele tentar abrir os olhos e o L2 chamar por ele, o rosto dele estava vermelho e roxo, o olho dele está a inchado e quase não dava pra ver seus olhos.
P7: falei que não ia morrer -falou num sussurro e o L2 riu, mas mandou ele parar de falar.
ele saiu da sala dizendo que iria chamar o doutor e eu sentei ao lado dele, vendo ele me olhar de lado, sorri pra ele, vendo ele sorrir também.
Yara: você me deu maior susto, tá louco de ficar se envolvendo com gente assim né -murmurei vendo que ele ia falar- cala boca, não fala nada não, vai que acontece alguma coisa de ruim ai
ele riu e começou a tossir, me levantei vendo o doutor entrar na sala e começar a olhar no aparelho que tinha ao lado, ele estava tomando soro e já tinha tomado uma bolsa de sangue.
- ótimo, acordou mais rápido que o esperado e pelo que o amigo disse, já consegue falar, fico feliz por você Patrick, mas preciso que descanse o máximo e não se esforce muito
Yara: ele vai ficar muito tempo aqui, Doutor?
- digamos que preciso dele aqui por uma semana no máximo, preciso supervisionar ele e olhar tudo direito, os exames dele irá sair daqui uns dois dias, e quero que ele fique quieto ao máximo, teremos três refeições ao dia, nada de gordura para ele, somente a comida do hospital
confirmei e voltei a olhar para os dois na minha frente, P7 olhava atento enquanto o L2 falava sobre como foi ficar sem saber dele no tempo em que ele estava lá na emergência.
[...]
Ana: ele algum dia ainda vai me matar do coração -falou e eu ri fraco- foi Deus que colocou você pra achar ele querida, muito obrigada mesmo, não sei o que poderia acontecer se você não estivesse ali
Yara: pode ficar tranquila, médico disse que ele só precisa descansar e em uma semana ele pode ir para casa, talvez
ela disse que iria ficar com ele e o M3 também, voltei pro morro, depois de dias sem estar no meu cantinho, finalmente eu estava.
e os dias que fiquei aqui foi tudo para resolver onde eu iria trabalhar, procurei vaga em vários hospitais e finalmente achei um na sul, mas também passei o resto da semana inteira nisto, olhei como seria meu cronograma e iria começar na segunda feira.
hoje já estávamos no sábado, eu estava em casa pedindo comida, meu tio tinha levado a dona Ana no hospital para ver o Patrick, disseram para mim que ele já estava melhor, estava comendo bem, somente os machucados que não cesaram, falaram que uns dias antes ele não estava sentindo as pernas e estavam trabalhando para melhorar isso.
decidi pedir uma pizza e um hambúrguer com batatas, pedi rapidinho e deu 70 reais, fiz bico pelo preço mas iria valer a pena, olhei pela janela e vi um homem parado olhando para baixo, onde ficava o restaurante do meu pai, ele sacou algo da cintura e era uma arma, me abaixei rapido e corri pra apagar a luz.
quando voltei a olhar para a janela, ele não estava mais lá, fiquei procurando por ele e parecia ter ido embora, fui acender a luz e vi alguém na cozinha, dei um grito mas senti uma mão na minha boca abafando ele.
- que escândalo por nada -falou um homem alto, ele acendeu a luz e tirou o capuz, ele tinha uma cicatriz no rosto e me olhava tentando entender algo- a gente não vai te machucar jae? tamo aqui so atrás de informações, solta ela
tiraram a mão da minha boca e eu pensei em gritar, mas ele apontou a arma pra mim e eu fiquei calada, apenas olhando.
vi a outra pessoa entrar na minha frente e tirar o capuz, era uma mulher, ela tinha o cabelo preto e ele estava amarrado, nunca tinha visto nenhum dos dois na minha vida.
- a gente não vai fazer nada com você linda, a gente só quer saber se você é a cria do Alberto mermo
Yara: eu não sou filha dele, ele apenas era meu padrasto -falei olhando pra ela e ela sorriu- o que vocês querem comigo caralho
- nada garota, esse é meu irmão Leo e eu sou a Luisa, somos filhos de um aliado do P7, fica tranquila aí, a gente só tá aqui pra te proteger
Leo: verdade -falou pegando meu celular que estava no sofá- sabia que nem foi difícil invadir isso aqui, você devia tomar mais cuidado e fechar a porta
Yara: ela estava fechada.
Luisa: não, ela não estava -falou enquanto sentava no sofá- fiquei sabendo que o Alberto bateu no seu namorado, que barra né, foi atrás de você e se deu mal, o que o amor não faz né
fiquei olhando pra ela até uma moto buzinar lá em baixo e o menino ir, ela ficou me olhando e eu nao estava entendendo o por que deles estarem aqui ainda, não estava entendendo nada disso tudo.
Leo: falei que o motoboy ia ser alguma coisa do Alberto -falou entrando com a caixa da comida e colocou na mesa- você iria ser levada daqui e provavelmente morta, se nao fosse a gente, então agradece por favor, e come namoral, não vamos fazer nada e só sair quando teu tio chegar, demoro?
fiquei sem responder e fiquei com receio deles dois, mas ela começou a comer a pizza enquanto conversava com o irmão, peguei um pedaço e comecei a comer enquanto ficava escutando eles dois conversando.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Destinados
Fiksi Penggemareu ainda te amo sim, mas meu amor não vai me impedir de ir embora..