CAPÍTULO 26

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P7

L2: cadê as mule? -falou entrando na casa e eu ri- qual foi, vazaram?

P7: tu não para em casa pra saber né -falei jogando o copo na dele- me ajuda a limpar essas coisas aí, tá tudo sujo já

L2: fiquei sabendo que o Alberto encostou aqui e fez maior treta -falou enquanto pegava os copo e jogava na sacola- deu em que?

P7: nada, Yara desmaiou e ele foi embora -falei vendo ele me olhar sério- mas ela tá de boa, saiu até com as menina por aí

L2: tu ficou sozinho -falou rindo e eu neguei-

P7: os moleque marolou e bebeu demais -falei negando- dormiram e não arrumaram nada , sobrou pra mim somente, e você que chegou agora né

L2: deveria ter ficado na rua né -falou e eu ri com ele -

fiquei arrumando os bagulho com ele e a gente ainda pediu comida , só pra não passar os bagulhos batido, a gente ia mais beber do que comer mesmo.

[...]

as nega tinha chegado quase agora, tava tudo rindo pro vento, Matheus tava com raiva porque a mulher saiu sem falar nada e voltou tarde ainda.

fiquei olhando pra Yara que tava com uma saía curta e tava mostrando um pouco da bunda dela, enquanto ela falava com algum cara dali.

Sabrina: pelo visto gostou né -falou e eu olhei rápido pro lado, vendo ela- nem adianta desmentir, eu tô vendo com meus próprios olhos

P7: você não bebeu nao né -falei levantando a cabeça dela devagar- se liga mulher , não bebe não

Sabrina: não bebi, para de mudar de assunto -falou e eu neguei na hora

P7: tá ficando maluca -falei empurrando ela e ela quase caiu, o que me fez rir e puxar ela.

Sabrina: da pra perceber que vocês já ficaram, todo lugar que você tá, ela tá junto e vice versa -falou tomando o guaraná do copo

ignorei e deixei ela falando sozinha, menina quando colocava algo na cabeça, não tinha quem tirasse isso e eu não iria ser o primeiro.

[...]

tava no quarto bolando um baseado pra mim , quando a porta abriu e eu acabei derramando o resto da maconha no chão.

olhei pra cima vendo a Yara, com um copo na mão e com uma cara de "desculpa".

Yara: foi mal -falou e eu assenti, terminado de bolar e fechar ele- que isso em

P7: maconha fia, ta tão bêbada que nem lembra né -falei negando e colocando o baseado de lado, tentando pegar o resto do chão, meus planos era bolar dois e fumar na paz

Yara: me dá um pouco -falou sentando do meu lado e eu neguei- por que??

P7: primeiro que não é "me da um pouco" é "me dá um trago" , segundo que você tem cara de quem nunca fumou e eu não vou ser o primeiro a dar

Yara: qual problema de experimentar, todo mundo tem sua primeira vez -falou me olhando de lado e pra mim o papo já tava estranho já.

P7: a gente pode foder a noite inteira e eu penso em te deixar dar um trago -falei serinho e escutei a risada dela.

Yara: erros não se cometem novamente -falou e eu assenti rindo de lado- aquilo tudo foi deslize, se for essa burocracia toda por uma maconha eu posso arrumar por aí

P7: então vai , a proposta deles vai ser pior -falei me levantando e pegando meu isqueiro, que tava em cima da bancada.

fui saindo e olhando a maconha pra ver se tava fechado mermo, tava doido pra subir pra qualquer lugar e ter a minha paz.

Sabrina: que cara amarrada é essa -falou e eu dei de ombros, passando por ela- espera por mim

ela veio atrás e ficou sem falar nada até a gente chegar na minha moto.

Sabrina: me leva -falou e eu neguei, olhando pra ela- seu filho que quer isso, faz os gostos dele por favor

pronto, agora vai me subornar com a criança, vai gastar tudo que eu nem tenho direito.

esperei ela subir na moto e sai sem capacete mermo, se fosse caso de achar os cana por aí, eu ia por outro caminho e era nenhuma demais.

cheguei em um morrinho onde não tinha nada, nenhuma casa, só estrada que dava pra uma praia, me sentei olhando pra vista que tinha ali, casas e no final de tudo , uma praia.

Sabrina: antes de vir pra cá, pra sua festa -falou e eu peguei meu baseado acendendo ele- ele tava conversando com seu pai , ele gritava e seu pai o mesmo , pareciam que tinham achado algo ou sei lá, queria te contar desde que cheguei, mas você tava tão animado com os caras que eu deixei pra lá

P7: eles que se resolvam, quero me intrometer em nada não -falei depois de soltar a fumaça.

Sabrina: você tá mais envolvido do que pensa Patrick, tudo que meu pai pensa em roubar , várias coisas ruins , ele sempre coloca seu nome nas coisas, sempre quer que você vá -falou me olhando e eu olhei pra ela- você devia sair disso, porque você mesmo nao querendo, tá ficando igual seu pai quando começou, entrando de cabeça no crime e virando o pior criminoso

P7: diferença dele pra mim, é que ele é um filho da puta, não foi um bom pai e muito menos um bom marido -falei virando pra frente- não vou ser um pai ruim pro teu filho se é isso que tu quer saber, não mermo, vai ter tudo de bom pra ele ou até pra ela , posso não estar junto contigo em relacionamento, mas sou teu parceiro porra, nos junto sempre e tu sabe disso, vou te proteger de qualquer bagulho

Sabrina: eu sei disso e não duvido de você, mas meu pai tem algo em mente -falou e eu olhei pra ele- algo muito ruim, pode ter certeza, eu ouvi ele falando que perdeu uma menina a muito tempo, filha dele, ele quer a todo custo encontrar ela, por isso convocou seu pai, eles tão juntos nessa, só não sei nome, nada mesmo

P7: pode ficar ciente que disso eu tô sabendo, a muito tempo inclusive -falei terminando de fumar e joguei o resto no chão, pisando em seguida- acima da gente já tá sabendo de tudo e me alertou, então fica sussa nisso aí

Sabrina: você tá sabendo de muitas coisas -falou me empurrando e eu ri- mas eae, aquele seu amigo gatinho, é solteiro?

P7: tá afim do L2 mermo? -olhei pra ela incrédulo - puta que pariu, por isso você não se dá com ninguém, nunca arruma alguém que preste

Sabrina: fique ciente que você foi o primeiro nego -falou rindo e eu pensei muito em empurrar ela daquele morro a baixo, mas pensei logo no meu cria.

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