O jogo acontecia a minha frente, as meninas estavam jogando até que bem, mas eu estava olhando o jogo e do pior lugar possível, do banco. E só tinha uma culpada para isso tudo acontecer, Snack. Eu poderia estar lá brilhando em campo e dando vantagem no jogo, mas estava aqui sentada gritando para elas não abrirem muito ou iríamos perder o empate e levar um gol.
A bola deslizou sobre os pés de Pim e eu me levantei do banco junto com o treinador, ela chutou a bola um pouco para frente e correu na mesma velocidade e driblou duas jogadoras do outro time, parecia que ninguém conseguiria parar ela e então com um chute firme e com precisão em questão de segundos a bola estava enfiada na rede no canto esquerdo do gol e ouvi um grito estrondoso atrás de mim, eram os minutos finais e Pim tinha decidido a partida. O banco correu em sua direção para comemorar e em seguida o juiz apitou o fim da partida, fiquei lá estática enquanto levantavam ela e começaram a sair de campo desse jeito. Percebi naquele momento que ela foi o brilho do jogo, ela fez os três gols em partida e ainda decidiu o jogo nos minutos finais. Ela fez o que eu deveria ter feito, então eu apenas sentei no banco atrás de mim e pisquei lentamente, eu deveria estar sendo carregada até o vestiário e tudo isso não está acontecendo por causa de Snack e sua amiga Aoom.
Acho que já estava virando o décimo ou décimo primeiro copo quando sinto uma mão segurar meu ombro, olho para a pessoa em questão e sorriu de lado.
- Achei que não ia te encontrar mais. Mayla disse e eu deixei um sorrisinho escapar, eu sabia o que ela queria e até foi bom ficar com ela na outra noite, mas hoje eu não estava tão afim assim. - Curtindo a vitória?. Sinto seus dedos passearem por meu pescoço e chegar até minha nuca.
- Olha, foi mal, mas eu não tô muito afim hoje. Faço careta e viro mais um copo. - E estou bêbada demais, se não percebeu. Me viro para frente, eu realmente não estava no clima.
- Você não estava tão boa na última vez também. Ela da de ombros, ela era mais velha que eu, era irmã de Milton, e já estava na faculdade. Pelo que eu soube sempre quis me pegar de alguma maneira, mas agora ela já conseguiu.
- Só que hoje, eu não quero. Falo devagar olhando para o seu rosto e tiro suas mãos do meu corpo, odiava garotas insistentes.
- Você quem sabe. Ela da de ombros e finalmente me deixa sozinha outra vez, olho ao redor e as meninas comemoravam na mesa atrás de mim, chamo o barman com uma mão e ele vem até mim.
- Mais um, por favor. Vejo ele negar e faço careta. - Por que não?.
- Você já passou um pouco do limite, vou chamar um táxi e você vai para casa. Nego e me levanto do banco.
- Já que não vai me atender, eu vou beber em outro lugar. Olho séria para ele, tentando me equilibrar. - É coloca minhas bebidas na conta daquela garota ali, o nome dela é Pimjira. Dou um sorrisinho para ele e começo a sair do bar ouvindo alguns barulhos atrás de mim.
Vou cambaleando até o carro e destravo ele abrindo a porta do carro, mas paro o que fazia vendo do outro lado da rua uma pessoa bem conhecida por mim. Solto minha mão da maçaneta e olho para os lados começando a ir até o outro lado da rua e paro na frente de Snack.
- Meu Deus Kamonwalai. Ela diz levando as mãos até seu peito e dou um sorrisinho.
- Com medo de mim?. Dou dois passos na sua direção e ela não se move um centímetro.
- Por que eu teria medo de você?. Ela diz de cabeça baixa e eu coloco meu dedo no seu queixo subindo seu rosto para olhar em seus olhos.
- Talvez porque você ferrou minha vida?. Olho dentro de seus olhos enquanto falo. - Eu perdi um jogo importante por causa daquela idiotice no estacionamento.
- A culpa não foi minha que você me levou naquela festa idiota e quase me matou. Ela rebate no mesmo segundo e eu arqueio uma das minhas sobrancelhas.
- Eu não fiz nada, garota, quantas vezes vou ter que dizer.
- Os amigos eram seus. Ela bate o dedo no meu peito. - Você me levou até ali. Ela tinha a voz alterada e bate mais uma vez o dedo no meu peito. - Eu não deveria estar ali, você me buscou em casa, você me levou até lá e a culpa disso tudo é sua. Ela gritou mais alto e eu fiquei surpresa, nunca vi Snack desse jeito.
- Da para falar baixo?. Falo ficando um pouco mais brava que já estava, talvez o álcool também estivesse falando por mim.
- Não porque você está me culpando por algo que é sua culpa, eu não iria estar naquela festa se você não estivesse me levado lá. Ela espalmou sua mão no meu peito. - Eles me pegaram a força, eu me debati até o fundo da casa e ele me jogaram com tudo naquela piscina. Seu grito desesperado me fez engolir seco e vi seu rosto encher de lágrimas.
- Eu... Quis falar que sinto muito, mas não conseguia falar.
- Não precisa falar nada, só não fica perto de mim, mantém distância. Ela me empurra levemente e eu cambaleio para trás e caio no chão frio. - Pailiu!. Ela vem até mim e me ajuda a levantar, me solto de suas mãos assim que fico em pé.
- Não precisa me ajudar, vou manter distância... pode deixar. Me afasto dela me virando e começando a andar para o outro lado da rua, mas sinto um corpo me puxar e uma moto passar na minha frente me xingando.
- Você está bêbada, deixa eu te ajudar. Snack disse e eu suspirei, era humilhação demais para um dia só.
- Não preciso da sua ajuda. Digo tentando não parecer uma bêbada deplorável.
- Me dá suas chaves Pailiu. Era a segunda vez que ela me chamava pelo nome e não por meu sobrenome. - Anda. Ela começa a passear as mãos por meu corpo e pega minhas chaves do meu bolso. - Vem, vou te levar para casa. Ela segura minha mão e olha para os dois lados e então atravessamos a rua, porque ela estava fazendo isso?.
Ela abre a porta carona e me ajuda a entrar, da a volta, se senta e coloca o cinto em mim, vejo ela fazer o mesmo e depois liga o carro começando a sair daquele estacionamento. Olho para Snack um pouco de lado e pisco lentamente até meus olhos se fecharem completamente, apaguei segundos depois que o carro estava em movimento e olhando para o rosto concentrado de Snack que tinha os óculos perfeitamente alinhado em seu rosto, mas que ela tinha mania de empurrar ele um pouco para trás. Snack era fofa e não sei porque apenas aqueles minutos que dormi no carro sonhei com ela. Foi o sonho mais louco da minha vida, mas foi um sonho bom.
E quando deitei finalmente na minha cama aquele dia, o álcool já tinha evaporado do meu corpo e só ficou a sensação de culpa, sim, pela primeira vez eu me senti culpada por algo que fiz. Eu fui extremamente mimada por levar Snack aquela festa onde claramente ela disse que não iria e onde ela não estaria nada a vontade, fui egoísta quando menti para ela e deixei ela sozinha naquele carro, fui imprudente por dizer que não ligava para o que os meninos fariam com ela e fui uma grande babaca por esse tempo todo está culpando ela quando o grande problema nisso tudo era eu. Preciso pedir desculpas a ela, mas eu ainda tinha muito orgulho dentro de mim para falar, só preciso de uma oportunidade, uma única oportunidade e deixar com que ela me ensine, pois eu dependo de Snack para tirar uma nota boa e não ser cortada do time. É o meu último ano no East Bridge College e eu queria ser lembrada e conseguir uma boa faculdade para ir e tudo isso depende de Snack, eu precisava dela.
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Aulas particulares - Nackliu
Roman pour AdolescentsQuando Pailiu é obrigada a ter aulas particulares com a garota mais inteligente da sala e que não ia nenhum pouco com a sua cara, para recuperar sua nota e não ser cortada do time oficial da escola ela ia ter que aguentar a inteligente e irritante S...