Capítulo 5: Viagem

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    Por todo o dia os cinco andaram por entre as arvores da floresta, uma floresta tropical mas que tinha grandes pinheiros como se uma floresta tivesse crescido entre a outra. Ao cair da noite eles chegaram a uma vila agrícola, Êíya diz que eles ficarão ali aquela noite.

    Os cinco são muito bem recebidos e alimentados, depois de serem bem acomodados,depois de um tempo todos já estavam dormindo, apenas as luzes do quarto de Ceren ligadas, ela não conseguia dormir entao decidiu dar uma volta pela vila em uma noite clara de lua cheia, quando chega nas plantações de grãos e avista Êíya em um tipo de plataforma de madeira no meio da plantação, ela vai ate ele.

    - Você não consegue dormir? - disse Êíya sem nem mesmo olhar para Ceren.

    - Não, e você - ela disse enquanto subia na plataforma e se sentava ao lado dele.

    - também não - ele respondeu se deitando em alguns travesseiros.

    - O que você está fazendo?

    - olhando as estrelas e as luas - ele falou dando um leve sorriso e virando seus olhos para o céu.

    - O céu aqui é bem mais bonito do que lá em Meiátre, tem mais estrelas.

    - é, é mesmo, e lá em Thrân'nar ele é ainda mais bonito.

    Ceren suspirou fundo.

    - Êíya, em que parte do mundo nós estamos, pra onde vocês me trosseram? - Ceren perguntou com um olhar doloroso.

    - Como assim? Aqui é Pent'tlo, ao norte de Meiátre - Êíya respondeu.

    - M-mas como isso é possivel?! O clima, a vegetação, tudo é diferente, é impossivel existir uma floresta tropical tão ao norte.

    - Bem, tem razão, não faz muito sentido, mas, essa que é a graça né - ele disse dando um sorriso.

    - Tá mas como? - disse Ceren perplexa.

    -  Magia - Êíya falou, enquanto Cerem o encarava - na verdade eu acho que é por causa de uma arvore.

    - È serio isso, como uma arvore iria mudar o clima de toda uma região, a, já sei, magia.

    - Isso mesmo, é a arvore de Kyón'armô.

    - E oque isso significa.

    - Não tem uma tradução direta, significa algo como, essencia existencial.

    - isso não faz o menor sentido.

    - Olha é uma historia bem longa, eu te conto outro dia, vamos só mudar de assunto.

    - Tudo bem, mas eu vou cobrar - Ceren disse seguido de um grande bocejo.

depois de um tempo em silêncio.

    - Ceren.

    - O que.

    - Você sente falta da sua familia?

    - sim, eu sinto, espero vê-los novamente.

    - Eu lamento, mas não me arrependo do que eu fiz. 

    - eu entendo, eu acho - Ceren disse limpando uma lagrima que desceu por sua bochecha - e você, tem familia?

    - Não, eu sou orfão, meu pai morreu em um ataque de xenkrénknary no vilarejo que ele e minha mãe viviam, e minha mãe morreu logo depois de eu nascer.

    - ah, eu lamento.

    - tudo bem.

    Ceren deitou-se ao lado de Êíya e eles ficam observando o céu em silêncio até que Ceren dorme. Já de manhã Ceren acorda o quarto, ela se levanta meio confusa e anta ate a janela coçando os olhos e dando um bocejo, ela abre a janela e sente uma brisa frenca tomar conta do seu quarto, ao olhar lá fora ela vê pessoas trabalhando e as crianças brincando, logo ela sente um cheiro muito bom, ela entra para se arrumar e em cima de uma mesa ela vê uma escova de cabelo, quando já estava terminando de escovar seus longos cabelos ondulados cantarolando alguma musica Êíya entrou em seu quarto fazendo Ceren levar um susto e jogar a escova nele.

    - Êíya é só você, a deuses, me desculpe - Ceren disse indo até ele.

    - Tá tudo bem, eu não deveria ter entrado tão repentinamente.

    - Foi meio involuntario - Ceren disse constrangida.

    - Eu vim te chamar para colher algumas frutas comigo e com os outros.

    - A, claro.

    - Eu te espero lá em baixo.

    - Certo.

    Ceren desce até onde estavão todos, Êíya a entrega uma cesta e um chapeu de palha e eles saem andando entre os campos, Ceren estava atraz de todos e por um momento ela para e observa as pessoas lá trabalhando e cuidando do campo como qualquer outro fazendeiro de seu reino, eapesar dos chifres, das marcas e principalmente da magia, eles eram como qualquer outro elfo.

    Ao voltarem de sua coheita eles comessam a se preparar para partir, depois de comer eles partem para a floresta, Ceren fica por ultimo e dá uma ultima olhada na vila antes que ela desapareça entre as arvores. Os cinco viajam por toda a tarde e por uma parte da noite e então param em uma clareira que tinha uma fogueira de pedra, eles ficam lá por toda a noite, ao amanhecer todos comessão a se arrumar para partir, depois de arrumar tudo Ceren se senta escorada em uma arvore, então um dos outros três elfos se aproxima dela com comida e a entrega.

    - Obrigado - disse Ceren pegando a cumbuca com comida.

    - Posso me sentar?- ele falou apontando para o canto ao lado dela.

    - Claro.

    - É Ceren né

    - Sim, e você é?

    - Ah, é claro, eu sou Elguê'dem, mas pode me chamar só de Dem - ele disse com um leve sorriso.

    Dem era um jovem talvez mais novo que Cerem, que tinha cabelos castanho claro ondulados quase cacheados, olhos lilazes, seu rosto levemente bronzeado era coberto de sardas, de seu maxilar saia uma cicatriz e um de seus chifres era menor que o outro.

    Os dois conversam por todo tempoem que estâo ali, eles descobrem que tem muito em comum, ate que chamam os dois para partir, Dem vai para frente junto a Êíya e Ceren fica atrás de todos. Depois de um tempo de caminhada Ceren ouve algumas plantas se mexendo atrás dela, ela para e olha mas não vê nada.

    - Oh, gente - ela exclamou para todos ouvirem.

    - O que foi princesinha, você que ir ao banheiro - disse a elfa rindo de Ceren.

    - Tem alguma coisa atrás de nos, acho que é algum animal.

    - Tem mesmo, você - disse o outro elfo que comessou a rir.

    - Fala serio - Ceren sussurrou desapontada.

    - Não se preocupe Ceren não deve ser nada - disse Êíya - vamos continuar.

    Logo depois de ele dizer isso um animal pulou em Ceren a derrubando no chão, o animal comessou a arranha-la e morde-la, ela pós o braço na frente do rosto para proteje-lo, e então ele simplesmente parou e caiu de cima dela morto, de suas costas saia fumaça e ele estava queimado, Ceren então se levanta toda ensanguentada olhas pros outros e vê os dois rindo, Êíya vindo ajuda-la, e Dem estava ajoelhado e ofegante, de sua mão direita saia uma fumaça fraca, ao chegar nela Êíya mandou os pararem de rir e ajudarem Dem e armarem acampamento emquanto ele tratava das feridas de Ceren.

    Depois de ser tratada Ceren adormece mesmo dolorida, ao acordar pela manhã ele se sente muito melhor, depois de comer e de arrumar os animais para partir, eles passaram dois dias andando, nesses dois dias Ceren só pode tomar um cha especial que Êíya preparou para ela, nos dois dias ela não conversou com ninguém nem mesmo com Dem. Após dois dias e já na metade do terceiro dia eles chegaram a uma grande muralha feita de madeira, pedras, marmore e ouro formando um belissimo mosaico branco, dourado, cinza e marrom, plantas subiam e caíam do topo fazendo ele se misturar com a floresta, eles andaram um pouco e chegaram a grandes portões de ferro e ouro, que iam se abriram comforme eles se aproximaram.


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