Sempre fui a segunda opção, nunca a escolhida.
No jogo do amor, minha presença é esquecida,
Sinto que nunca serei amada, é uma triste ferida.
Nos jogos do coração, sou a carta menos jogada,
Na competição do afeto, minha presença é deixada,
Ninguém me ama de verdade, é uma ferida aberta e cortada,
Sinto que nunca serei amada, é difícil de aceitar.
Na lista de escolhas, estou sempre no final,
Feia aos olhos do mundo, sem um destaque especial,
Mas não posso mudar isso, afinal,
Serei sempre assim, é minha realidade principal.
Não me vejo como uma garota atraente, é fato,
A beleza não é um traço que em mim se destaca,
A solidão é minha companheira, nesse triste ato,
Sinto que o amor verdadeiro nunca me abraça.
Nunca senti o amor recíproco, um vazio a preencher,
Minha intensidade, um fardo difícil de entender,
Agora tudo faz sentido, no silêncio a sofrer,
Aceito que a solidão é a sombra que vou ter.
