Rangerrr

Hold on me

O som estava alto. Muito alto e tudo era colorido. Tocava Stupid Love da Lady Gaga e Sanji dançava na pista de uma boate como nunca, já que não saia mais com tanta frequência por andar sempre cansado.

A faculdade e o trabalho tomavam alguns anos de sua vida na maior cara de pau e o rapaz agora se esforçava para mostrar que ainda estava vivo e que nunca mais ficaria em casa vendo as maravilhosas vidas de seus amigos no instagram. Parou um pouco para respirar e comprou uma Heineken enquanto isso, mas viu uma mulher sorrindo para ele? "Opa!!"

Era uma linda mulher num vestido fofo e amarelo, ela lhe observava dos pés à cabeça, e Sanji estava intrigado se era com ele mesmo. Pensou melhor e concluiu que sim, naquela noite estava bem vestido com um terno. Não era como se já não vestisse um terno todos os dias, mas aquele era um Armani. Ele acreditou que esse era o motivo pois estava, modéstia à parte, muito elegante. Contudo, se esqueceu que qualquer pessoa normal não conseguiria distinguir um terno comum de um Armani. Resolveu se aproximar dela enquanto fingia uma dança que supostamente o faria se esbarrar nela de propósito.

— Me perdoe! — Disse já perto da mulher, ela tinha cabelos vermelhos e a mesma plástica das Kardashians. Era bem bonitona.

— Tudo bem, loirinho.

Sanji prensava a mulher numa porta e, enquanto se beijavam, suas mãos passeavam pelo corpo dela todo.

— Ora, loirinho, preciso abrir a porta. — Conseguiu dizer algo no meio daqueles toques no cio e ele a esperou rodar a chave na fechadura, enquanto continha seu "amiguinho".

O loiro entrou depois da mulher e sentiu o mesmo cheiro que vinha nela no ambiente. Estava com uma cara estranha por estar no cio o suficiente com todos os seus sentidos a mil, suas narinas estavam abertas e, volta e meia, um filete de baba escapava de sua boca. A mulher riu de seu jeito afoito e o jogou na sua cama de casal.

— Ora... Vejo que seu "amiguinho" já está acordado.

Sanji continuava com aquela cara idiota e a mulher desabotoou sua calça para abaixá-la, encontrando o membro do loirinho escapulindo da cueca.

Mal começou e o idiota gozou.

"Idiota!"

— Me perdoe. — Ainda estava com aquele sorriso estranho e com as narinas abertas, mas sua mente funcionava e por isso seu interior morria de vergonha. — É porque você é um mulherão da porra...

— Tudo bem loirinho, vamos "acordá-lo" mais uma vez. — Sentou no colo dele e recomeçou com os beijos até ele ficar de pau duro novamente. Ela ficou de joelhos e o pegou, mas antes perguntou a Sanji se era Armani mesmo.

Uma luz entrava entre as cortinas e parava sobre o rosto de Sanji. Acordou incomodado e lembrou que estava na casa de outra pessoa ao ver a mulher dormindo do outro lado da cama. Sanji se apressou e pegou suas peças de roupas espalhadas pelo quarto, iria dar no pé sem deixar vestígios, mas antes parou num espelho para ajeitar sua franja, era vaidoso.

Estava com ressaca, mas a dor de cabeça não incomodava a sua felicidade. A transa foi boa, meteu muito e a mulher era como uma máquina de sexo. Fazia um tempo que não transava por conta do cansaço e tinha medo disso virar uma depressão por isso estava feliz também por ter dançado bastante.

Acendeu o cigarro e jogou a fumaça para cima, carregava seu paletó no braço esquerdo e apertou a gravata antes de entrar numa padaria. Comprou uma garrafa de água, pois estava desidratado, e também comprou dois pães. Chegou no seu prédio, que não era muito longe da casa da mulher.

"Capaz de nos reencontrarmos mais uma vez".

Porém, teve um susto ao ver o marimo sentado ao lado de sua porta, se agachou e levou uma mão até o ombro dele.