Manhã

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Franz sente um peso sobre seu quadril e, logo após, beijinhos doces sobre sua pele. Geme sonolento, em protesto, e ouve uma risadinha feliz.

— Vamos, Franz, acorde! — Leon se levanta e puxa o cobertor dele. — Quando você começou a ser tão dorminhoco? — Encosta o nariz sobre sua bochecha e a beija. — Vamos, hoje vai ser um grande dia!

Ao ouvir sua voz feliz, Franz arregala os olhos e encara Leon, sorridente, radiante a sua frente. Aqueles olhos verdes brilhantes o encarando com amor.

Franz se levanta rapidamente, abrindo um sorriso enorme. Sem esperar, ele puxa o namorado e o agarra rindo, enchendo-o de beijos.

— Franz — gargalha. — Franz— Afasta o rosto dele. — O que deu em você? — Ri.

— Bom dia, Leon!! — Deseja cantante. — Você dormiu bem? — Beija-o.

— Dormi, mas você deve ter dormido muito bem, hein? — Brinca. — Sonhou com o quê pra estar tão feliz?

— Eu tô feliz por te ver, Leon — mantém o namorado no abraço apertado. — Não pelo sonho que eu tive.

— Mas a gente se viu ontem, Franz! Haha! Antes de dormir!

— Mas é que meu sonho foi tão doido que eu fiquei feliz só de te ver — responde. — Qual era mesmo a sorveteria que você disse que queria ir? — Acaricia seus cabelos ruivos. — Hoje eu tô a fim de comer algo doce.

— Mas ontem você disse que estaria ocupado — responde. — Não vai mais estar?

Franz olha para a mesinha ao lado da cama com vários cadernos amontoados em cima. Encara-os com desdém e logo dá de ombros.

— Eu posso fazer depois — dá um último beijo em Leon e se levanta. — Bora tomar banho? Eu vou primeiro! — Diz animado. Leon o encara sorridente, mas confuso.

— Franz, tá tudo bem com você, de verdade? — Ri baixo.

— Ah, Leon — aproxima-se dele e põe a mão em sua bochecha, acariciando-a. — Eu não podia estar melhor.

Ver aqueles olhos verdes o encarando apaixonadamente era impagável. Mas não puderam se amar mais, porque um serumaninho aparece gargalhando na porta do quarto.

— Oi, Tetê — se agacha e espera ela vir correndo até seus braços, então a abraça. — Como dormiu, princesa? — Levanta-se com ela no colo. Ele se joga na cama e põe sua irmã entre os dois.

— Ela está tão empolgada, desde que acordou — Leon falando, brincando com o narizinho dela. — Vamos levá-la?

— Claro — sorri. Eles ficam observando a garotinha rindo para eles. — Ah, Leon — vê o cordão que estava no seu pulso desamarrar e cair. — Vem, eu faço isso por você — pega o cordão sobre a cama e puxa a mão de Leon, que já começavam a sussurrar sua rima. — A lebre passa por baixo da árvore, encontra as cenouras, e em fim, entra na toca — rima Franz para o namorado. O sorriso amoroso que ele mantinha ao encará-lo era tudo que o moreno mais queria.

***

Leon, à mesa, ri da cara de Franz que vinha caminhando sujo de sorvete. Tereza havia colocado a mão no sorvete do irmão e passado no rosto dele.

— É por isso que é melhor no reino animal, né? — Brinca. Franz ri baixo faz um aceno de cabeça. Leon entende que eles já iam embora e se levanta.

Franz, já na calçada, espera por Leon que estava pedindo mais uma bola de sorvete. Ele se vira para olhar o namorado, então não percebe uma garota correndo falando para si mesma que estava atrasada.

Ela esbarra nele e derruba seu caderno.

— Ah! — Franz se vira e a vê. — Perdão!

Ela não o responde e se agacha para pegar o caderno. Quando ela levanta o olhar, ele percebe seu rosto familiar. Ela sorri e pisca para ele.

Foi que ele viu que ela tinha os cabelos brancos.

E aí, vamos? — Leon aparece ao seu lado. Franz estava distraído, acompanhnado a garota caminhar.

— Sabe... — inicia — eu sempre achei que eu tinha te salvado quando a gente se conheceu.

— E salvou — responde com uma risada meiga.

— Não — olha para o namorado. — Foi você que me salvou, Leon — sorri para ele, apaixonadamente.

Leon sorri e desvia o olhar, com as bochechas coradas. E então o beija.

***

Se fosse diferente...Onde histórias criam vida. Descubra agora