CAPÍTULO 1 - Elfos tradicionais e criaturas ardilosas

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   Numa densa floresta, onde os reinos não ousam aventurar-se, carruagens não ultrapassam e invasores são mortos, vivem os elfos da floresta de Mognalle, morando em vilas, uma delas se chama Zaerthelinor. Diferente da maioria dos elfos que estão em reinos e vilas habitados por outras inúmeras raças, uma pequena parcela permanece isolada e preferem estar assim por inúmeros motivos, principalmente o choque cultural.

   Para um lugar hostil e repleto de imprevistos, sem um exército e muralhas, alguns constroem suas casas no topo das árvores, ou as próprias árvores servem de moradia, bem como os soldados, adaptados em diversos estilos de combate, seja no chão ou nas árvores, sejam usando espadas e machados, ou arcos e flechas, e até magias. Esta vila em especial abrigava itens esquecidos por historiadores e de nível inimaginável para curiosos, ser esquecido facilitava a proteção, mas precaução não faltava. Um desses era o Colar Da Lua De Sangue, com uma corda adornada em metais e o pingente em formato de lua cheia, num tom de vermelho claro, sendo a cobiça de algumas criaturas. Inclusive, uma em especial, uma bruxa verde já conhecida por eles, Gridélia, a bruxa dos pântanos de bordo vermelho, como ela se apresentava. Não se sabia qual poder este colar ou como sintoniza-lo, pois dos elfos seletos que o estudaria, foram transformados em pedra, e o ultimo entrou em um estado de paralisia, mas se saiu quase ileso, traumatizado com a experiência. Sem opções, o conselho élfico local guardou o item em um baú feito de pedra da lua, adornado em prata e runas arcanas, para cessar o efeito desconfortável que este objeto causava, além de emanar um brilho avermelhado. A pedra da lua enfraquecia o brilho do pingente, e a prata, tornava possível quase toca-lo, ainda que brevemente, e essa caixa manteve-se guardada e sob responsabilidade da vila presente.

   Gridélia estava de olho nessa preciosidade haviam décadas, enviando diversas criaturas para atacar a vila, desde hordas de goblins, até gigantes da colina, contudo, todas as tentativas eram fracassadas, graças ao guardas da vila e um em particular, sendo O Comandante Tirandul Tuchaguaiú. Ele formava a linha de frente com outros guardas, e formava estratégia de batalhas, com sua presença, a vitória era certa. Além disso, ele lecionava tanto combates físicos quanto à distância, acrobacias, sobrevivência em lugares desconhecidos, caça e agricultura. Foi convidado para o conselho quatro vezes, recusou todas pois achava chata a responsabilidade de assumir a vila dentro de um casarão e parado, sendo que já possuíra as próprias tarefas sendo comandante.

   Com todos os deveres, ele ainda cuidava de seu único filho, Torfirus Tuchaguaiú, pois a esposa faleceu no parto. O filho ainda era um jovem adulto, mas já mostrava maestria nas tarefas, bem como o pai. Tirandul possuía um cabelo preto crescido até a altura do peitoral, olhos castanhos, uma pele morena e um semblante de difícil sorriso, enquanto Torfirus tinha o cabelo preto menor e o rosto semelhante ao pai, a pele dele branca e olhos esverdeados foram herdados da mãe, além dele ter um rosto jovem e bem cuidado.

   Tirandul era um dos pesadelos de Gridélia, e com ambição, deseja naquele momento o colar mais que tudo. A guarda élfica tentou encontra-la, mas sem êxito, e o próprio Tirandul negou a caçada a bruxa, pois sem a guarda, a vila estaria vulnerável, criando um impasse entre ele e o conselho. Ele sabia que a bruxa não agiria de boa fé.

O Soldado AmaldiçoadoOnde histórias criam vida. Descubra agora