O impasse agravou-se mais ainda quando os ataques de Gridélia se tornaram mais frequentes, mas Tirandul pensou em uma ideia, secretamente, enviou uma carta para os vilarejos mais próximos, nomeados Avietla e Ostigna, apesar de não ser do conselho, estas vilas o respeitavam em resultado de favores e gentilezas anteriores prestados por ele e seus soldados.
Caros amigos de Avietla e Ostigna, nos últimos acontecimentos, uma bruxa verde macabra assombra o vilarejo onde resido, os ataques estão piorando a cada dia que se passa, não temos forças para combate-la, e ela parece tomar vantagem disso para nos enfraquecer. Com isso, nossa segurança está vulnerável, o curandeiro Rastielo está entre a vida e a morte por conta do último ataque, metade de nossos guardas, severamente feridos e a outra, desamparada e quase sem esperanças. E mais, ela rogou uma praga em nossas árvores frutíferas, afetando nossos suprimentos e moradia, por razões desconhecidas, não estamos conseguindo quebrar a maldição. Os ataques dela possuem um motivo, há um colar de poder maligno que perdemos dois estudiosos sendo petrificados, não sabemos as intenções que a bruxa almeja com o colar, boas, com certeza não serão. Por vossa segurança, sigam pelo caminho distante do rio, pois a bruxa plantou armadilhas ilusórias por lá, venham com no mínimo sete pessoas, pois além do trajeto longo, a noite está hostil.
Tirandul Tuchagaiú. Comandante da Guarda de Zaerthelinor
Amarrando as cartas em corvos mensageiros diferentes, eles voavam, mal ele terminava e uma casa desabava, uma árvore foi severamente afetada pela maldição da bruxa, sem hesitar, seguida em direção aos escombros, não sendo muito longe dali. Ao se aproximar, o filho Torfirus havia chegado antes, e aquele momento, foi o estopim, era um casal que possuía dois filhos, o primeiro e o mais velho estava ferido, embora se recuperando, o casal sobreviveu com alguns arranhões e hematomas, mas o menino mais novo, foi encontrado morto, com um pedaço enorme de madeira atravessado na região do tórax, parecia que o agouro da bruxa também afetou a pobre criança. A mãe gritava e chorava pelo menino, e o pai, a segurava, mas não continha as lágrimas, foram tomado os devidos cuidados com a situação, mesmo comovido com a situação, Tirandul tinha que se manter firme.
Mais tarde, todos se dirigiam ao conselho para a reunião no grande salão, e aquele dia foi um dos piores momentos para decidir algo, o desespero e a raiva tomava a conta de maioria, durando horas e horas, e no final, tomaram a decisão, barganhar com a bruxa para remover a praga. O conselho de Zaerthelinor era formado por três conselheiros, sendo Aldereth, o único escalvado da vila e de maior autoridade, Veniesla, a cuidadora e tutora dos menores, e Fygna, agia em maior parte em momentos de desespero, tanto que nessa reunião em particular, ela quem apaziguou e guiou a situação para as decisões e deixarem de lado o desespero e frustração. Também foi decidido que não envolveriam a ajuda de outros vilarejos, mal sabiam eles que Tirandul já providenciou as cartas.
Sem demora, Tirandul ordenou o preparo da viagem com a caixa e mais três guardas, sob trégua já naquela noite, causou alvoroço de início, mas a bruxa sentiria a intenção deles, pois a mesma viajava a floresta. Torfirus havia se preparado para a viagem, mas o pai negou e ordenou para espera-lo em casa, mesmo relutante. Antes de partir, Torfirus e Tirandul se abraçavam, como se fosse o último, e o filho retornara pra casa e assim saíram da vila, com a caixa em mãos, mesmo com receio, Tirandul não tinha escolha.
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O Soldado Amaldiçoado
General FictionNas florestas de Mognalle, habitavam os elfos da floresta, e um soldado que protegia sua vila com afinco, não só criaturas que tinham interesse, mas também, uma bruxa ardilosa tinha um interesse em particular. Uma obra inspirada no RPG de mesa Dunge...