Caminhando sob o luar de lua nova numa primavera, depois de poucas horas, os globos de luz conjurados por um dos guardas enfraquecem, e as tochas se apagam, agora, estavam no território da bruxa. Mantendo-se firmes, adentrando cada vez mais a floresta, as ilusões eram canceladas e algumas das arvores formavam uma espécie de caminho até a bruxa, e seguiram, até encontrar as criaturas e também Gridélia,
A bruxa verde ordenou pôr a caixa no chão e assim fizeram, sua gargalhada tenebrosa ecoava por aquela floresta, descia da vassoura e abrindo o que finalmente buscara, o Colar da Lua de Sangue. Tirandul pediu um acordo pela entrega do item, quebrar a maldição que ela causou na vila, mas a bruxa, tinha seus propósitos, concordou em quebrar a maldição, mas queria a alma de Tirandul em troca, e mesmo os guardas implorando pra que ele não o fizesse, deu um passo a frente. Gridélia pegou o colar com as mãos nuas, e espantosamente, não causou nenhum efeito nela, e estala um dos dedos, fazendo os outros guardas desmaiarem.
Gridélia cumpriu a primeira parte do acordo, destruindo um totem havia feito para a criar a maldição, e por fim, a praga já não existira, as árvores retornavam ao formato de antes.
– A floresta horrorosa é de sua vila, faça suas preces, pois eu vou tomar sua consciência.
– Minha consciência? – Tirandul perguntava.
– Sim. O colar irá absorver sua consciência por completo, me permitindo usar seu corpo como invocação e usar contra sua vila.
– Isso nunca! – Tirandul reage, erguendo a espada que ainda estava em mãos, mas logo, a bruxa mira o colar na direção dele, o paralisando.
Seria o fim do comandante, toda a energia do colar redirecionada num brilho vermelho como sangue, enquanto o item absorvia a energia vital de Tirandul, contudo, num golpe furtivo ela é atacada antes mesmo de começar o ritual, mas era tarde, mesmo a bruxa caída, o colar estava ligado ao Tirandul, o decompondo até um certo ponto e solta-lo. Torfirus sem acreditar, segurava o corpo do pai morto e a bruxa, fugira na vassoura com o colar em mãos. Numa atitude furiosa, o elfo pega uma de suas adagas e certeiramente, acerta a mão de Gridélia, que soltava o colar, por pouco não a fazendo cair, mas ela mesmo assim, fugiu em meio ao céu. Os guardas despertam do desmaio e não conseguem acreditar no que via, Torfirus segurando o corpo do pai que estava parcialmente decomposto.
– Pai, responde... – ele dizia chorando, e ficava ali, contando brevemente o que aconteceu, e eles ficavam ali, parados, de luto, mas tinham de se recompor, o colar estava em qualquer lugar, e levar o corpo para a vila.
Os quatro se espalharam próximo onde ele tinha caído, e encontraram no gramado, ainda sem emanar energias, como também resolveram levar pedaços do totem quebrado para levar ao conselho élfico. Um dos guardas agora carregando o que restara do Tirandul, e Torfirus, havia colocado o colar na caixa. Chegaram na vila, os guardas que rondavam o lugar ficaram pasmos, entretanto, tinham que manter a posição, e o corpo foi levado até a sala do curandeiro.
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O Soldado Amaldiçoado
General FictionNas florestas de Mognalle, habitavam os elfos da floresta, e um soldado que protegia sua vila com afinco, não só criaturas que tinham interesse, mas também, uma bruxa ardilosa tinha um interesse em particular. Uma obra inspirada no RPG de mesa Dunge...