A aprendiz Teryna era acordada por Torfirus, os guardas que antes estavam ali, deixaram Torfirus a sós com ela. Ela se espantara com a cena, o comandante com o corpo decomposto, deitado sob o altar, a pele morena substituída por um acizentado e de textura seca, com algumas partes em carne exposta e podre, apenas o cabelo e unhas estavam intactos. Teryna não tinha tocado no corpo, e estava para consolar o jovem, o abraçando, enquanto se lembrava de ser resgatada na floresta pelo comandante. Torfirus pediu para Teryna passar a noite ali, e ela permitiu, aconselhar nada adiantava, a morte de Tirandul afetara a vila como um todo. Na manhã seguinte, quase todos da vila se despediam do homem, a morte de alguém numa vila pequena, afeta a vida de todos os moradores, mesmo não sendo família, um depende do outro.
A tarde começava o funeral do menino que fora perfurado pela madeira no dia do desabamento e o do Tirandul, diferente dos grandes reinos, os elfos dessa região faziam o ritual fúnebre de outro modo, primeiro carregavam o corpo para uma clareira da floresta; segundo, cavariam um buraco com um metro de profundidade, pondo nas mãos do falecido uma semente ou fruto para crescer como uma árvore, Tirandul já havia mencionado sobre o assunto, escolhendo uma maçã, enquanto o menino, nem sequer haviam conversado sobre morte para ele, então o pai escolheu para ele uma castanha; por fim, enchiam parte do buraco com folhas secas e terra úmida, e depois de enterrados, começava as preces.
Normalmente, os druidas do local que faziam o rito, neste caso, seria Karisil que faria o ritual, porém, ele adoeceu, deixando Teryna com essa responsabilidade.
Quatro dias depois, voluntários de Avietla e Ostigna chegaram no lugar, reforçando a segurança e trouxeram remédios, poções, curandeiros, salvando a vida dos guardas e o Rastielo que antes estavam em coma. Também averiguavam o templo sagrado local avaliando a situação dos artefatos guardados, mesmo o Conselheiro Aldereth insistindo que não precisava de ajuda, os vizinhos não estavam dispostos a ouvi-lo, iniciando-se uma discussão no templo, porém nem mesmo Fygna e Veniesla foram a favor de Aldereth, permitindo os vizinhos a estadia. Uma semana depois, praticamente toda a vila estava restaurada, a colheita não estava mais podre, os animais retornavam a circular e os pássaros voltavam a cantar. Em troca, os voluntários receberam plantações raízes, tais como cenouras e a dita batata doce que apenas florescia ali perto, como também avelãs e cacaus. Teryna junto com o mestre curandeiro e professor, prepararam antídotos para venenos e águas encantadas para as mais profundas feridas.
Dois moradores de Avietla resolveram ficar e auxilar a guarda local, mesmo Aldereth estando contra, contudo, enquanto as pessoas restauravam a vila, o conselheiro estava recluso a própria indignação e tradição, pois por tradição, eram os Zaerthelinos que auxiliavam as vilas élficas da floresta, e não o contrário. E o mais importante, o colar não se manifestara em nenhuma energia, sendo observado uma vez por dia e uma vez por noite.
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O Soldado Amaldiçoado
General FictionNas florestas de Mognalle, habitavam os elfos da floresta, e um soldado que protegia sua vila com afinco, não só criaturas que tinham interesse, mas também, uma bruxa ardilosa tinha um interesse em particular. Uma obra inspirada no RPG de mesa Dunge...