🎈A Casa da Rua Neilbolt🎈

21 2 0
                                    

Era feriado de Independência Americana em Derry, onde ocorria um célebre festival no dia em questão, e o Clube que agora Quinn integrava, havia combinado de se encontrar na Pedreira para passarem parte daquela manhã ensolarada por lá. Bev, a outra garota do grupo, havia trazido um aparelho de Rádio, e estando as duas assentadas á beira do lago onde os garotos travavam numa divertida "Rinha de Galo" entre si, essas obtinha em mãos, uma garrafa de "Coca-Cola" cada. Quinn, com os cabelos soltos, levemente unidecidos a serem balançados por uma brisa agradável, e com as pontas dos dedos dos pés imersos nas águas esverdeadas daquela represa, carinhosamente, repousava os seus olhos de modo gentil e ingênuo, sob o garoto da Rua Jackson, Bill Denbrough.

- [...] Tá' com a cabeça aonde? - Perguntou a menina ruiva num tom risonho, enquanto cutucava o joelho dessa com o próprio estando lado a lado

- O quê? - Respondeu voltando novamente a sua atenção para Bev lhe direcionando um sorriso na tentativa de disfarçar sua expressão, outrora arrebatada - Nada não... - Concluiu

- Você tá' bem?

- Tô'... Tô' sim. Ultimamente eu... Acho que não me sinto mais sozinha

As garotas trocam um amigável sorriso entre si, quando são pegas de surpresa pelo garoto de lentes estupidamentes grandes, Richie Tozier, que alveja ambas com um banho d'água causando nessas boas risadas e mais um dia em que, ficaria guardado nas lembranças da nova integrante do Clube.

E tal como Quinn, havia dito, realmente, os dias na compainha com os "Otários" faziam da sua vida de alguma forma, mais preenchida. Digo, Derry, ainda era a mesma cidade de clima assustadoramente hostil, mas Bill, Bev, Richie, Mike, Stan, Eddie e Ben, conseguiam tornar tudo aquilo o que girava em torno dessa, ameno. E enquanto guardava um registro dos seus novos amigos feitos em uma daquelas cabines de foto dentro de seu inseparável caderno de desenho, ela pensava justamente nisso, no quanto, pela primeira vez em muito tempo, essa não se sentia sozinha.

Dias depois...

Quinn estava na sacada de casa, assentada ao pequeno muro que fazia divisa á varanda, ela trazia forma á um de seus desenhos que aos poucos ganhava vida, quando viu o carteiro, passando frente á sua calçada e depositando um correspondência alí. Intuitivamente, a garota se adiantou até a caixa postal, e tomou em mãos um incomum envelope, cujo obtinha um selo judicial demonstrando sua real importância.

Adentrando na residência, ela sabia que não devia abrí-lo, afinal, o mesmo havia sido remetido á sua Tia Kate, mas algo a incitava á querer saber o cunho daquela carta. Foi então, que a garota, utilizando do velho "Truque do Vapor" de uma chaleira contra á correspondência, que ela pôde deduzir duas importantes informações, a primeira, era a de que referiam o nome de Kate novamente como "Guardiã Temporária da Menor", e a segunda, era a de que havia um cheque adjunto ao conteúdo daquele documento, que constatava uma espécie de "Parcela Mensal" num valor consideravelmente alto, o mesmo, que estava destinado ao parágrafo "Pensão Paterna". O que lhe causou grande estranhamento, interligando diretamente ao enunciado da correspondência: "Comprovante de Herança". Porém, antes que sem se importar com a reação da tia e já indo abrir o envelope...

Ao ouvir, o som do carro do namorado de Kate á se aproximar do quintal da casa, Quinn guardou aquele documento consigo, no bolso de trás da calça, antes que pudesse ser abordada pelo mesmo. Ela abriu a porta em apressados passos e ia pegando sua bicicleta.

- Oi Quinny... Pera' aí vai aonde?

- Não é da sua conta... - Passando a portinhola de entrada, a mesma saiu em rápidos pedalos

- Ahh é? Mas vai ser da sua tia quando ela chegar! - Exclamou esse enquanto a garota se afastava - Eu vou contar que a sobrinha dela está com a língua solta demais!

- Vai em frente... Eu não ligo. - Respondeu a garota num último olhar, demostrando essa, a mudança e a confiança gerada por agora, pertencer á um grupo

No caminho, a garota, encontrou-se com Bill encruzilhado sua bicicleta á frente ao do mesmo.

- Bill? O que aconteceu? - Questionou ela ao ver que esse parecia bastante alterado

- Vou acabar com isso... De uma vez por todas. - Passou pela mesma aos pedalos, fazendo com que Quinn percebesse a falta de intervalo em meio às sibalas emitidas por Bill

- Bill espera! - Exclamou indo atrás deste

Ela o seguiu e o via olhando para a faxada da casa mais assustadora da Rua Neilbolt com um olhar encorajado, ao mesmo tempo decidido em adentrá-la.

- Bill! - Ela o chama descendo da bicicleta - O que vai fazer?

- Aquela "Coisa" mora aí dentro... - Apontava - O Georgie deve está aí com ela. Eu vou trazê-lo de volta!

- Como?

- Matando "A Coisa"?

- Espera aí... Não pode fazer isso.

- Eu preciso Quinn. É o meu irmão que está lá dentro. - A olhava

Essa repara que nada do que provavelmente disser, irá fazê-lo mudar de idéia, seus olhos diziam isso, e a firmeza em suas palavras também. Então essa respondeu:

- Então eu vou com você. Você não está sozinho. - Estendeu a mão á esse, que entrelaça á dela, ficando alguns segundos olhando para casa antes que pudessem dar o primeiro passo

Quando de repente, o resto do Clube que estava com Bill na garagem, e haviam visto "A Coisa" ser projetada para afora da parede do mesmo, se achegar. E após algumas discussões sobre quem entraria com Bill e Quinn para dentro da casa, passando pela porta, estavam, a dupla já citada, ao lado de Eddie e Richie.

Lá dentro, sendo agora, o local onde toda a energia vital da "Coisa" estava canalizada, já podia-se esperar o que os aguardava, a origem de todo o medo, estava enraizada alí, em cada cômodo da casa, por onde cuidadosamente os pés deles vagavam. No caminho, já no segundo piso da casa, achegando-se á uma das portas, Quinn pôde ouvir algo, suspeito, porém, que dê certo modo, convidado.

- Vocês ouviram alguma isso? - Perguntou olhando para de onde ouvira o tal barulho - Acho que eu vi alguma coisa. - Aproximava-se á uma porta contrária ao caminho que todos íam

Achegou-se ela á porta, e sobrepondo os olhos nos quatro cantos dessa, nada que que espantoso, além da estética dqjele quarto, lhe chamava a atenção. Apenas um espelho, que refletia á imagem dessa de alto á baixo conforme se aproximava.

- Quinn... - Bill a chamou do final do corredor avistando essa ao longe

- Estou aqui! - Exclamou e ao voltar os olhos á sua imagem refletida ao espelho, avistou a imagem medonha e "Zumbificada" de Patrick Hockstetter, novamente, assombrando o subcociente da garota apanhando sua mão por além do espelho trazendo para adentro

- Vêm flutuar comigo Quinn... - Disse o mesmo enquanto deixava cair de sua boca respingos ácidos de saliva que queimavam a pela da mesma, remetendo-se ao episódio macabro entre ela, Patrick e Bowers.

Depois disso, você sabe, um a um dos "Otários" foi surpreendido por Pennywise, seja Richie no quarto dos Palhaços, ou Eddie pelo Leproso. No final, todos os membros do clube estavam frente á casa assombrada, num desentendimento entre esses que dividiram-se entre o grupo que queria por mais uma vez enfrentar "A Coisa" e um outro, que não se sentiam tão confiantes, tendo quase sido mortos por essa.

Cada um foi para um lado, até mesmo os que ainda queriam seguir com o plano, como Bill, Bev e a própria Quinn, que já em casa, no seu quarto, deitada com os olhos voltados para o teto, continuava intrigada com aquela correspondência que segurava em suas mãos introspectivamente.

፨═════ ✥.🎈.✥ ═════፨

🎈IT: 🅠︎🅤︎🅘︎🅝︎🅝︎ 🅑︎🅐︎🅒︎🅚︎🅔︎🅡︎Onde histórias criam vida. Descubra agora