11

842 57 6
                                    

❛ VINNIE HACKER ❜

Eu odiava sentir ciúmes e odiava ainda mais sentir que ela era minha. Não era, assim como eu não pertencia a ela. Aquilo estava ficando mais sério para mim do que deveria ser e era óbvio que Sophie não estava no mesmo ritmo que eu. Tudo para ela era uma grande diversão da qual ela se cansaria um dia. E tudo bem se cansar porque na cabeça dela ela podia me dispensar e esperar que o próximo fosse tão bonito quanto para lhe causar interesse. E com todo esse meu pensamento, parte de mim afirmava que eu estava alimentando inseguranças como uma garotinha tendo uma paixonite.

— Você está transando com ela há duas semanas e ainda não arrancou nada de importante. — Chase disse antes de tomar um gole da sua bebida. — Acho que ao invés de você dobrá-la com sexo, você foi dobrado. — riu.

Estávamos em um bar relaxando e eu fiquei mais quieto naquela noite. Ainda estava bravo por mais cedo.

— É difícil usar isso contra alguém quando a pessoa trata o sexo de maneira tão banal. — suspirei.

— Opa, espera aí... — Bryce me olhou com desconfiança. — Está chateado por ela não levar isso a sério?

— Puta merda! — Chase riu alto. — Justo quando a gente precisa do seu dom de dobrar mulheres você encontra uma que é pior que você?

— Ela não me dobrou. — esclareci. — Só é irritante.

— Ela magoou você? — Chase fez bico ao debochar.

— Eu vou "magoar" a sua cara se não calar a boca. — ameacei.

— Vinnie, você não saiu com outras mulheres desde que começou a transar com ela. — Bryce lembrou. — Tem certeza que isso não está indo longe demais?

— Eu só estou focado. Posso transar com qualquer uma a hora que eu quiser.

— Nem você acredita nisso. — Chase zombou. — Eu duvido que você arranje uma mulher hoje e leve ela para casa.

Ali ele cutucou o meu ego. Olhei em volta para as pessoas do bar e avistei uma loira sentada perto do balcão. Ela estava sozinha e eu vi ela dispensar três caras nos últimos dez minutos.

— Espere e verá. — eu disse ao me levantar.

Caminhei na direção dela e sentei no assento ao lado. Antes de dizer qualquer coisa, eu pedi um drink para o barman e continuei em silêncio até o drink estar em minha frente. Tomei ar para dizer a primeira coisa, mas fui pego de surpresa quando ela me cortou.

— Nem pensar. — falou sem olhar para mim.

— Oi pra você também. — ri sem humor.

— Não estou aqui para isso.

— Eu não disse nada.

— E nem precisa. — olhou-me de cima a baixo.

Certo, temos um desafio.

— Não deveria vir a um bar desse lado da cidade sozinha usando um Rolex. — falei indicando o relógio dela.

— Este é um modelo raro, não é encontrado nesse país. Como sabe que é um Rolex? Você é rico?

— Não, mas trabalho para gente rica que ama gastar mais de cem mil dólares em um adereço como esse.

— Acha uma futilidade? — olhou-me de canto.

— Sim. — confirmei.

Agora eu tinha a atenção dela.

— Olha, eu não sou fútil, isso foi um presente. — explicou.

First Lady ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora