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❛ VINNIE HACKER ❜

— Então esse desgraçado vai conseguir proteção absoluta!? — berrei irritado enquanto caminhava de um lado a outro da sala do apartamento de Bryce e Chase.

— Sempre foi o plano do meu pai. — Addison disse. — Agora que estou infiltrada na sua equipe de sujeiras, ele está tão feliz que compartilha todos os detalhes comigo. Aqui. — deixou um envelope sobre a mesa de centro. — A lista com os nomes de todos os capangas como me pediram.

— Mais rápida que você, uh? — Chase me olhou de relance antes de pegar o envelope.

Rolei os olhos e ignorei o seu comentário.

— Se ele tiver o apoio desse juiz de merda nunca vai poder ser processado. — continuei. — Ele vai poder roubar sem nem se preocupar em deixar rastros, nunca será preso.

— Eles vão fazer algum tipo de acordo formal? — Bryce perguntou para a Addison.

— Sim. Esses caras gostam de fazer "pactos de sangue", só que com tinta de caneta. O privilégio será dado ao meu pai no baile de sábado. E, não apenas isso, todos os sócios de coisas ilícitas, políticos corruptos ligados ao meu pai e todos os capangas estarão lá. Todo mundo em um lugar só.

— Meu Deus! — os olhos de Chase estavam brilhando. — É perfeito!

— Será, quando reunirmos tudo sobre os políticos ligados ao Frederic. — olhei para a Addison. — Suponho que precisará de ajuda.

— Você sabe arrombar um cofre? — perguntou.

Eu abri um sorriso em resposta.

[•••]

Addison convidou Sophie para tomar um chá no gabinete. Ela ainda estava fingindo que me odiava, então exigiu que eu esperasse na primeira sala, atrás das portas duplas que separava a sala de descanso do escritório do local principal de trabalho. Frederic estava em uma reunião e eu teria vinte minutos para arrombar o cofre atrás do quadro, pegar os documentos, tirar fotos de tudo e recolocar no lugar.

Peguei o estetoscópio que Addison havia deixado para mim sobre a mesa e retirei o quadro da parede. Frederic não confiava nas grandes tecnologias para trancar as suas coisas importantes, então optou pelo modelo clássico que por sorte era com o qual eu tinha mais habilidade.

— Valeu por ser um velho que odeia modernidade, Frederic. — falei comigo mesmo.

Coloquei o estetoscópio nos meus ouvidos e a outra ponta no cofre. Comecei a girar o botão até acertar a combinação, o que levou cerca de seis minutos. Pilhas de papéis. Pilhas imensuráveis de papéis. Resmunguei em derrota, mas torci para que aquela organização em pastas estivesse de fato organizada.

Espalhei as pastas pela mesa e vi uma que com certeza era a correta.

Colaboradores eleitorais.

Abri e passei papel por papel, vendo os nomes e as funções que os políticos corruptos desempenhavam a favor do Frederic. Era uma verdadeira gangue.

Tirei foto de tudo, recoloquei no lugar e tranquei o cofre a tempo. Depois de posicionar o quadro, fui para a porta da segunda sala, para o meu posto de guarda-costas. Três minutos depois, a porta principal foi aberta e Frederic entrou falando ao celular.

— Eu já disse, será um baile de máscaras, mas não será espalhafatoso. Quero saber quem entra e quem sai, então devem entrar sem as máscaras e colocá-las depois que forem identificados na lista de convidados. — ele fez uma pausa. — Em cima da hora uma ova! Contrate mais pessoas se puder, isso precisa ser perfeito, me ouviu? Ou eu corto o seu pescoço!

First Lady ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora