Isabela e o príncipe Edward se despediram de Maria, a senhora que havia compartilhado sua história, e seguiram adiante em sua jornada pelo vilarejo. À medida que conversavam com outras pessoas, ouviam histórias igualmente comoventes sobre a difícil situação que enfrentavam. As expressões de tristeza e preocupação nas faces dos moradores eram visíveis, mas também havia esperança de que a visita deles pudesse trazer alguma mudança.
Enquanto caminhavam, Isabela avistou um garotinho solitário, muito sujo e triste, sentado a certa distância. Ela decidiu se aproximar dele. Ajoelhando-se à altura do menino, Isabela perguntou gentilmente:
Isabela: (com uma voz suave) Olá, pequeno. Você está bem?
O menino olhou para ela com olhos tristes e respondeu:
Menino: (com uma voz frágil) Não, não estou. Saí de casa porque minha mãe está muito doente, e eu não queria que ela me visse triste. Tenho medo de que isso a faça se sentir pior.
Isabela: (com compaixão) Entendo. E quantos anos você tem?
Menino: (com uma voz baixa) Tenho nove anos. Meu pai trabalha, mas não temos dinheiro suficiente para chamar um médico ou comprar remédios. Eu não sei o que fazer.
Nesse momento, o príncipe Edward, que havia observado a cena de longe, se aproximou deles. Ele ouviu a conversa e, com um olhar decidido, perguntou:
Edward: (com preocupação) Onde você mora, meu jovem?
O menino, surpreso e um pouco temeroso, fez uma reverência e respondeu:
Menino: (com humildade) Sua Alteza, eu não quero preocupá-lo.
Edward insistiu:
Edward: (com gentileza) Não se preocupe, queremos ajudar. Por favor, nos leve até sua casa.
O menino concordou, e com o príncipe e Isabela seguindo-o, eles caminharam até a modesta moradia da família. Era uma pequena casa de madeira que parecia estar em condições precárias.
Isabela, o príncipe Edward e o garotinho, cujo nome era André, entraram na pequena casa e encontraram a mãe dele, uma mulher chamada Dorothy, deitada em uma cama simples. Ela estava coberta de suor e parecia muito debilitada. André correu para o lado da cama e disse animadamente:
André: (com entusiasmo) Mãe, o príncipe Edward e a senhorita Isabela estão aqui para ajudar! Assim que os viu, tentou levantar-se, mas Isabela se aproximou gentilmente de Dorothy, abaixando-se para ficar ao seu nível.
Isabela: (com voz tranquila) Por favor, deite-se, Dorothy. Levantar-se pode fazer mal para sua saúde. Estamos aqui para ajudar.
Edward também se aproximou e se comprometeu:
Edward: (com um sorriso gentil) Amanhã, trarei um médico para examiná-la. Fique tranquila, vamos cuidar de você.
Dorothy, surpresa e aliviada, olhou para o filho e depois para os visitantes. Lágrimas de emoção brotaram em seus olhos enquanto ela os saudava com gratidão.
Dorothy: (com voz emocionada) Muito obrigada, Vossa Alteza. Muito obrigada, Isabela. Vocês não sabem o quanto isso significa para nós.
Isabela, com um sorriso caloroso, colocou a mão sobre o ombro de André.
Isabela: (com carinho) Você tem um filho incrível, Dorothy. Ele foi corajoso e cuidadoso em nos trazer aqui.
Dorothy abraçou seu filho com ternura, concordando com um aceno.
Dorothy: (com amor) Sim, ele é uma criança forte. Obrigada por cuidarem de nós.
Eles permaneceram ali por um tempo, conversando e oferecendo palavras de conforto e esperança à família. Logo, Isabela e Edward se prepararam para ir embora, mas não antes de garantir que Dorothy e seu filho estivessem o mais confortáveis possível.
Prometendo retornar no dia seguinte com ajuda médica, Isabela e Edward partiram, sabendo que iriam fazer a diferença na vida daquela familia,
Enquanto Isabela e o príncipe Edward se afastavam da casa de Dorothy e André, um silêncio constrangedor pairou entre eles. Foi o príncipe quem quebrou o silêncio, seu olhar carregado de culpa.
Edward: (com voz suave) Eu não tinha ideia do sofrimento que essas pessoas estão passando.
Isabela olhou para ele, compreendendo o peso de suas palavras.
Isabela: (com empatia) Sim, é verdade. É tão triste, e o que vimos hoje foi apenas uma pequena parte. Em um único dia, em um único vilarejo, encontramos tanto sofrimento, tanta necessidade.
O príncipe baixou o olhar, incapaz de encarar Isabela diretamente.
Edward: (com remorso) Aceitar estar aqui, aceitar essa parceria... Eu não fazia ideia de quanta diferença poderia fazer.
Isabela se aproximou dele, colocando uma mão gentil em seu braço.
Isabela: (com compreensão) Você aceitou essa parceria por uma razão maior, principe. Você trouxe esperança para essas pessoas hoje. Às vezes, um gesto de bondade é o suficiente para iluminar o dia de alguém, para dar a eles a esperança de que as coisas podem melhorar.
O príncipe olhou nos olhos de Isabela, sentindo uma mistura de gratidão e culpa. Ele não sabia se deveria se sentir bem consigo mesmo por ter ajudado ou se deveria se sentir culpado pelo verdadeiro motivo que o trouxera até ali.
Edward: (com um sorriso) Estou com fome. Você também está?
Isabela: (com um sorriso suave) Sim, estou faminta.
Edward: (com determinação) Vou comprar algo para nós então.
Ele se aproximou de uma barraca improvisada onde um vendedor estava vendendo algumas iguarias. O vendedor, surpreso com a presença do príncipe, fez uma reverência respeitosa.
Vendedor: (com respeito) Majestade, como posso servi-lo?
Edward: (com amabilidade) Precisamos de algo para comer. O que você tem?
O vendedor rapidamente preparou um par de pães com algum recheio simples, entregando-os a Edward.
Vendedor: (com respeito) Aqui estão, Majestade.
Edward pegou os pãespagou, e se voltou para Isabela, que observava a cena com um sorriso.
Isabela: (com gratidão) Obrigada, Príncipe Edward, por isso e por tudo o que fez hoje.
Edward: (com humildade) Não precisa agradecer, Isabela. Elogios a você por sua compaixão e pelo gesto com aquele senhor que estava com fome. Foi uma ação admirável.
Isabela agradeceu mais uma vez, e eles começaram a comer enquanto continuavam a caminhar. Edward sabia que, apesar de tudo o que viram e experimentaram naquele dia, havia muito mais a ser feito. Eles se aproximavam do final de sua visita ao vilarejo, mas o começo de uma jornada muito maior para trazer mudanças e esperança àqueles que mais precisavam.
continua...[
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre a Realeza e o Amor
Romance"Entre a Realeza e o Amor" se passa em um reino fictício no século XIX onde as classes sociais são rígidas e o poder é exercido pela monarquia. O príncipe Edward herdeiro do trono é um homem arrogante acostumado a ter tudo o que deseja mas com um co...