Bonnie mudou a página de forma barulhenta enquanto corria os olhos rápido demais pela página, claramente fingindo ler enquanto Maggie cobria seu corpo novamente com o pesado casaco e desaparecia porta afora com um sorriso satisfeito e pernas bambas. Enzo vestiu sua calça novamente ainda sentindo a necessidade avassaladora queimar seu corpo enquanto encarava a mulher deitada em sua cama. Ele se aproximou e arrancou o livro das mãos dela ouvindo um protesto antes de sair do quarto rumo aos chuveiros.
Viu Marcos sorrindo maliciosamente quando Maggie passou por ele e seus amigos, escoltada por seus próprios guardas ou seja lá o que aquela meia dúzia de homens eram. E sabia que eram dela porque nunca havia visto nenhum deles ali.
Havia feito o seu trabalho naquela noite, se Lily soubesse o quanto agradou a garota provavelmente morreria engasgada com o próprio ódio, talvez ele a deixasse saber, talvez acrescentasse alguns detalhes de como foi bom para ele também. Aquilo com certeza faria aquela vadia enfartar e assim ele estaria livre dela para sempre.
Sonhos e mais sonhos.
Enzo ergueu o livro que trazia consigo e olhou para a página que Bonnie, supostamente estava lendo, mas antes que pudesse ler qualquer coisa algo chamou sua atenção. Gritos abafados que vinham de um dos quartos, parecia uma garota. Ele cogitou a ideia de simplesmente seguir seu caminho, não era seu problema, nunca era.
Mas a curiosidade falou mais alto quando se aproximou da porta pesada de mental e a empurrou.
Correu os olhos pelo pequeno espaço até chegar em Massimo. O corpo nu e extremamente gordo esmagando a garota deitada de bruços na pequena cama, a mão enrolada por bandagens erguida no ar enquanto a mão boa segurava os pulsos da menina nas costas, garantindo que ela não escapasse. A garota tinha o rosto virado para a parede enquanto chorava e se debatia na esperança de se soltar, mas Massimo era mais forte que ela e estava empenhado em alcançar seu objetivo.
Enzo estava pronto para ir embora, afinal, não era da sua conta o que ele estava fazendo. Ela era uma prostituta então aquele era seu trabalho, não havia nada para fazer ali, mas quando a garota virou o rosto em sua direção os olhos chorosos e desesperados que brilharam para ele foram os de Sarah.
— por favor. — ela murmurou com olhos esperançosos. Implorando ajuda com lábios trêmulos.
Matt gostava dela, mesmo mal a conhecendo, ele gostava e provavelmente entraria em uma briga para defender sua honra á muito manchada, Mas ele não era o Matt. O que fazia ela pensar que ele ajudaria?
Massimo ergueu os olhos em direção a ele e receio tomou a face larga do homem, mas Enzo apenas deu de ombros e recuou. Tomando seu caminho de volta enquanto ouvia a garota chorar e gritar mais alto o implorando para que voltasse e a salvasse daquele porco. Ele não era um maldito herói, ela que se salvasse e se não pudesse, então azar o dela.
Ele ainda conseguia ouvir os gritos embalados pela risada maliciosa de Massimo, ele tentou ignorá-los, mas parecia que quanto mais ele se afastava no corredor, mais alto os gritos dela soavam e quando percebeu já estava voltando e invadindo o quarto novamente.
— Solte a garota, Massimo. — exigiu com voz calma se encostando no batente da porta quando o homem o olhou com olhos arregalados. — não me faça repetir, eu odeio me repetir. — explicou cruzando os braços.
— Lorenzo — começou nervoso, soltando as mãos da garota e se levantando com dificuldade. Sarah não perdeu tempo em se afastar dele se encolhendo sobre a cama para esconder sua nudez. — ela foi enviada para mim, como um pedido de desculpas. — explicou erguendo a mão enfaixada.
— Pegue suas roupas. — se dirigiu a Sarah que tremia, ela se levantou e Enzo desviou os olhos para o homem enquanto ela se vestia o mais rápido que conseguia. Já vestida, ela se aproximou dele e Enzo abriu espaço para que ela pudesse sair do quarto. — pedido de desculpas? — perguntou se voltando para o homem quando Sarah se posicionou as suas Costas, segura.
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UMA EM UM MILHÃO - LIVRO 1: CONCLUÍDO
ChickLit1° da série 'Il Capo' Tiraram seu nome, sua liberdade e sua humanidade. Lorenzo St. John foi moldado para ser uma máquina de matar, um gladiador em um mundo cruel, onde a dor é um espetáculo e a morte, um entretenimento. Ele se tornou um campeão tem...