#05

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POV Vincenzo

Meu celular toca incessantemente e quando isso acontece é sinal de que algo urgente precisa da minha atenção. Eu saio do banheiro as pressas com a toalha enrolada na cintura e atendo a ligação.

ㅡ Luca?

ㅡ Sr. Cassano, os radares aéreos identificaram um avião voando sobre a ilha, a segurança afirmou que cinco homens pularam de paraquedas e caíram no meio das árvores, estamos procurando eles mas só encontramos um.

Franzo as sobrancelhas e fico incrédulo. Que maneira nada discreta de tentar invadir a minha ilha, um erro de principiante.

ㅡ O cara que vocês capturaram já falou alguma coisa?

ㅡ Ele apenas disse que está te procurando... Sr. Cassano?

ㅡ Sim?

ㅡ Tem algo de errado com esse cara, ele não parece ter sido enviado de nenhuma máfia, quero dizer... Agora ele está chorando e pedindo perdão.

Eu dou risada, não estava esperando por essa.

ㅡ Luca, você está brincando?

ㅡ Não, senhor. Eu juro.

ㅡ Tudo bem, tente descobrir mais sobre isso e continuem procurando pelos outros quatro homens, eu estou recebendo outra ligação. ㅡ Antes que Luca pudesse responder, eu desligo. O nome de Chayoung está estampado na tela do meu celular, é ela quem está me ligando. Eu atendo. ㅡ Olá?

ㅡ Vincenzo Cassano? ㅡ Uma voz masculina fala do outro lado da linha e eu sinto meu maxilar travar no mesmo segundo. ㅡ É você?

ㅡ Quem está falando? ㅡ Pergunto.

ㅡ Eu quero saber se é o Vincenzo Cassano. Perguntei primeiro.

ㅡ Sim, é o Vincenzo Cassano. Cadê a Chayoung?

ㅡ Tcha... Ion? Esse é o nome dela? Que difícil de pronunciar... Ah, depois daqueles grupos de k-pop esses amarelos estão por todo lugar. ㅡ A voz do outro lado da linha da risada como se tivesse contado uma piada muito engraçada.

Isso está muito estranho. Isso com certeza tem algo a ver com as pessoas que invadiram de paraquedas, e se sequestraram a Chayoung então a intenção é claramente me atingir.

Mas... ele parece nem saber quem a Chayoung é, já que não sabe pronunciar o nome dela, e se ele está fazendo piada racista com pessoas amarelas certamente não conhece o meu rosto, apenas o meu nome. Eu não sei com o que eu estou lidando agora, mas eu tenho certeza que não é com a máfia, o que é bom já que seja lá quem for, essa pessoa está com a Chayoung.

ㅡ Eu vou perguntar apenas mais uma vez, eu quero saber onde está a Chayoung, se você não me responder eu vou te encontrar e você terá problemas muito grandes.

ㅡ Ah, quem você pensa que é? Eu tenho algo que você quer e você tem algo que eu quero, eu vou te mandar a localização de onde nós estamos e o que você vai fazer é vir até mim com a Francesca.

Esse homem definitivamente não sabe onde se meteu e nem com quem está falando.

ㅡ Francesca?

ㅡ Sim, Francesca Bianchi, não se faça de desentendido, eu sei que você sabe de quem eu estou falando. Venha apenas você e a Francesca, eu tenho uma arma apontada para a cabeça dessa Chayoung então você não quer fazer besteira.

E ele desligou a ligação. Segundos depois eu recebi uma localização e uma foto de Chayoung como prova de que ela está viva, eu imagino. Ela está sorrindo da maneira mais irônica possível na foto e eu teria achado levemente cômico se não fosse o sangue escorrendo no lado da cabeça dela, o que indica que encostaram nela e a machucaram, o que foi o suficiente para o meu sangue ferver.

Malta | VincenzoOnde histórias criam vida. Descubra agora