Rube.

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Marília abriu os olhos e olhou ao redor reconhecendo o quarto do motel. Logo lembrou da sua noite com Maraisa e sorriu. Pode ver Maraisa dormindo quando avistou a morena ao seu lado. Foi até o banheiro e procurou suas roupas.

Maraisa despertou com o barulho e olhou para Marília se arrumando. Ela observou a caçadora em silêncio, admirando seus movimentos e sua beleza, incapaz de resistir a ela. Maraisa sorriu e se levantou para se aproximar de Marília.

- Já está indo?

- Sim, preciso ir atrás da minha alma, já que ela não está com você.

Maraisa abraçou o pescoço da mais alta e suspirou. - Está cedo, fique mais um pouco, o que me diz?

- Eu realmente não posso continuar isso. - Marília olhou Maraisa segurando a cintura da mesma. - O pacto já foi quebrado, não tem necessidade de continuarmos isso.

- Você tem razão. - Maraisa se afastou. - Então boa sorte, se precisar de qualquer coisa me chame.

- Na verdade eu preciso. - A morena a olhou. - Estou precisando de ajuda para achar a faca da Rube. - A outra ficou pálida.

- A mesma faca que é capaz de me matar? - Marília assentiu. Maraisa olhou para Marília, atônita. Ela sabia que a caçadora estava a enganando, mas também não queria que a faca de Rube caísse em mãos equivocadas. E então se ofereceu para ajudá-la. - Eu a ajudarei a encontrar a faca, desde que você não me mate com ela no processo. Eu sei de lugares que Rube costumava frequentar. - Em silêncio, Marília a observou e concordou com a cabeça. - Você a conhece pessoalmente?

- Conheço sim. - Marília colocou sua jaqueta. - Tenho atração por demônios, não foi a única com quem eu me envolvi. - Beijou os lábios de Maraisa levemente. - Agora vista uma roupa, te espero no meu quarto.

- Seu quarto está cheio de armadilhas, não irei lá.

- Eu vou romper todas elas.

- Ok.

Marília saiu do quarto ao se arrumar e foi até o seu, rompeu as armadilhas e pegou seus pertences. Olhou para o lado e Maraisa estava com um vestido preto marcando suas curvas perfeitamente bem, ela estava perfeita. - Podemos ir!? - Maraisa perguntou com um sorriso malicioso. - Lilith não é tão paciente.

- Eu sei. - Marília recolheu sua bolsa e seguiu até o balcão, pagou sua conta e de Maraisa, ao irem até a garagem adentraram no carro da loira. - Onde Rube pode estar?

- A última vez que ela foi vista foi em Minnesota, no interior... tempestades estranhas e fumaças preta por todo lado.

- Então vamos até ela?

- Se você quer a faca.

Eles seguiram em silêncio. Maraisa a olhou de lado, mas Marília estava atenta à estrada pensando.

- Você já visitou Minnesota?

- Não. Como todos os demônios, não me importo com a humanidade.

- Por que está me ajudando?

- Tenho uma dívida com você, prometi sua alma e não pude devolver.

- Isso não é motivo, eu posso te matar a qualquer momento, não tem medo?

- Eu sou um demônio e você uma caçadora, posso fazer algo a qualquer momento, quem deveria ter medo era você.

- Eu não tenho medo.

Era uma paisagem rural e escassa de pessoas. Maraisa continuava observando Marília. De vez em quando, ela via a caçadora arrumando as mãos, as unhas longas e vermelhas, sua mão era tão linda.

No colo do demônio, uma paixão ardente | Malila. Onde histórias criam vida. Descubra agora