No colo do demônio, uma paixão ardente | Malila.

Vamos brincar.

Maraisa tinha fugido. O irmão de Marília já estava há uma semana no hospital, os médicos faziam de tudo para o manter vivo, mas as chances do mesmo eram mínimas, não tinha mais esperança, mas eles se mantiveram otimistas.

— Eu vou atrás dessa maldita, ela não pode sair em pune.

— Não vai. — Bob protestou.

— Ela precisa pagar por isso.

— Irá mesmo atrás de Rube para achar aquela faca?

— Maraisa não irá se livrar disso, eu a matarei com minhas próprias mãos.

— Marília, deixa ela, olha oque ela fez com Jack.

— Eu não terei paz até ela morrer!

Marília saiu da sala de espera e foi até o leito de Jack deixando Bob falando sozinho. Seu irmão estava entubado e vulnerável, ele estava péssimo. — Irei matar aquela maldita por você.

Assim que ela falou os batimentos do seu irmão começaram a apitar sem parar. Logo as enfermeiras foram acionadas pelo código azul. Marília foi retirada da sala e olhou Jack uma última vez, o vendo morrer.

A loira sentiu uma raiva dentro de si e saiu do hospital indo até a garagem, ao chegar na mesma começou o percurso para ir até Minnesota, Rube provavelmente ainda estava lá com a faca.

Marília entrou no carro, olhou no espelho retrovisor e deu a partida. A loira sentiu seu coração acelerado e o ódio aflorar por todo o corpo, um fogo queimava em suas entranhas por uma vingança que já era antiga.

Com o pé no acelerador, a caçadora dirigiu de forma imprudente pelo asfalto, tentando deixar as suas emoções de lado para controlar melhor seu veículo. Era uma jornada longa, talvez cansativa, e Marília não queria errar seu destino.

Marília continuava a dirigir. Sua determinação em encontrar Maraisa não diminuía em nenhum momento. Era uma sensação quase instintiva e ela sabia que não poderia parar. Sentia as mãos suando no volante e sua tensão era visível.

Emocionalmente ela estava no limite, e uma única palavra ou um sinal de Maraisa poderia levá-la mais uma vez em uma crise de raiva. Mas ela não parecia se importar. A loira só queria encontrar Maraisa e fazê-la pagar por tudo o que tinha feito.

Marília sentiu sua raiva e frustração aumentarem. O mundo parecia conspirar contra ela naqueles momentos. Tudo demorava, tudo dava errado e ela não conseguia se acalmar. Parecia que nada melhoraria.

A caçadora começou a ficar muito cansada, quase delirante, e não sabia como continuar. Mas não pensou em desistir, ela não ia parar enquanto não encontrasse Maraisa.

A raiva que ela sentia era a única força que a mantinha em movimento.

Marília acelerou ainda mais, tentando chegar o quanto antes em seu destino. Sua mente estava tomada por pensamentos sobre Maraisa. O ódio crescia dentro de si e a emoção era tanta que quase não conseguia controlar sua raiva. O volante parecia ser a única coisa segurando-a na estrada.

Ela continuava a dirigir, fazendo uma pequena pausa apenas para tomar um copo d'água. Marília já não se lembrava de quando tinha dormido pela última vez, mas nem isso era suficiente para esfriar sua fervura.

Marília seguia em sua jornada frenética. À medida que o clima ficava mais calmo, os pensamentos da loira se tornavam mais claros. Sua vida estava dominada pela ideia de vingança, de matar Maraisa pela morte de seu irmão. E embora ela tivesse consciência de que estava presa nesse ciclo, parecia impossível desligar sua mente da obsessão.