O final de tudo.

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— Hoje vamos comemorar o aniversário de Aurora. — Maraisa puxou Marília para fora da cama. — Temos que ir.

— Não podemos ficar na cama por mais um tempo? — Puxou Maraisa para si.

— Temos que planejar a festa dela. — A loira a calou com um beijo.

— Vamos ficar aqui.

— Não, minha menina está fazendo sete anos e eu quero comemorar cada minuto desse dia, levanta e não reclama.

Já fazia sete meses que elas estavam morando com Maiara, estavam levando uma vida estável e por sorte os demônios não estavam atrás de Lilith.

Marília tinha feito um feitiço e o espírito do demônio estava adormecido, quase morto, então era Maraisa ali o tempo todo e ela era muito diferente do espírito.

— Ok.

Marília concordou e levantou. Seguiu até o banheiro e tomou um banho rápido para se arrumar, já Maraisa tinha ido até a sala de jantar para preparar toda festa.

— Maraisa, sua irmã já levou Aurora para podermos planejar a festa? — Marília apareceu na sala e avistou a morena de cabeça baixa. — Maraisa?

— Marília. — Gritou o nome da outra e caiu no chão, Marília correu até ela e a pegou.

— O que aconteceu?

— Lilith saiu do meu corpo. — Disse com dificuldade e parecia estar tonta. — Estou sentindo uma dor absurda, Marília, estou com medo. — Começou a tossir sem parar. — Meus orgãos, eles precisam dela para funcionarem.

— Como?

— Acha que eu iria aceitar essa loucura atoa? — Maraisa segurou a blusa de Marília. — Quando Lilith se apossou do meu corpo eu estava com uma doença grave, eu descobri ela tarde demais.

— Por que não me disse antes?

— Eu não achei que isso poderia acontecer. — A voz de Maraisa estava ficando cada vez mais fraca. — Marília, eu não vou conseguir resistir.

— Não fale assim, eu vou te salvar. — A loira sentiu algo dentro de si que não sentia há muito tempo. Medo.

— Marília, sabemos que é impossível. — A pele de Maraisa começou a ficar amarela e sua boca pálida. — Sabemos oque vai acontecer.

— Maraisa, você não pode, não… não! — Pegou a morena a colocando no sofá. — É o aniversário de Aurora, você não pode partir, por favor. — Começou a procurar o celular. — Hoje vamos fazer a festa dela, não lembra?

— Amor… — Chamou com a voz fraca. — Fique aqui comigo, me abrace e deixe eu descansar.

— Eu não posso Maraisa, eu não posso.

— Você pode sim. — Segurou a outra. — Estou com medo, Marília, fique aqui.

— Tudo está bem, eu estou aqui. — A loira se sentou no sofá do lado de Maraisa e a puxou para o colo. — Não precisa ter medo.

— Marília, estou com muito frio. — Maraisa se virou para a outra. — Você poderia me abraçar por favor?

— Claro que sim. — A loira passou os braços pelo corpo dela e a esticou em seus ombros. — Fique quentinha.

— Eu posso ir em paz?

— Maraisa, não fale assim…

— Promete que irá cuidar de Aurora? — Olhou Marília e fitou seus olhos castanhos. — Promete que vai cuidar dela e não deixar ela sofrer?

No colo do demônio, uma paixão ardente | Malila. Onde histórias criam vida. Descubra agora