𝐚 𝐝𝐨𝐫 𝐝𝐚 𝐬𝐨𝐥𝐢𝐝𝐚̃𝐨.

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-Mire no ponto vermelho.-Alyce disse arrumando minha postura.
-Certo, atire!
Assim que ela disse eu soltei a flecha que estava entre meus dedos, a mesma acertou em cheio o círculo vermelho na árvore.
-Parabéns garota!-aly disse e sem seguida demos um tapinha na mão uma da outra.
Já era a 17º flecha que eu acertava no círculo, algumas tinha atravessado as outras.
Passamos a tarde treinando, eu realmente tinha uma mira muito boa.
-Acho melhor nós irmos embora, pequena.-Aly falou, se referindo ao dia que quase não clareava mais.
-Está bem.-respondi e fomos indo em direção ao acompanhamento, já que estávamos em uma floresta perto da chácara.
Gritos são ouvidos de longe, pensando o pior, comecei a correr o mais rápido possível para a casa, aly me acompanhou.
Quando chegamos a casa tinha pegado fogo e uma orna de zumbis estava cercando todos,  avistei minha vó e corri em sua direção, meu coração batia tão forte que parecia que iria explodir meu corpo.
Eu vi uns quatro a cinco zumbis atrás da minha vó, antes de eu conseguir reagir eles começaram a mordê-la por todo o seu corpo.
-NÃO!!-lágrimas desesperadas escorriam pelo meu rosto, aquela cena era como um dejavu.
-CORRA MADDISON, NÃO PARE DE CORRER!-essas foram as últimas palavras que eu ouvi dela.
Eu corri como nunca pois os zumbis estavam vindo em minha direção, eu mal conseguia enxergar com tanta água em meus olhos.

*QUEBRA DE TEMPO*

Eu já tinha despistado os mortos, de tanto correr, cheguei na cidade.
Avistei um comércio de coisas de acampamento, entrei segurando minha adaga caso algum podre estivesse lá.

𝑭𝒍𝒂𝒔𝒉𝒃𝒂𝒄𝒌 𝒐𝒏

-Querida, sei como pode ser difícil estar nesse mundo tão nova, nem para os adultos é fácil.
Mas você precisa sobreviver, se um dia meu coração parar, faça o seu bater pelo meu.
Quero te dar um presente que não seria muito adequado para um aniversário de nove anos mas vai ser útil nesse momento.-ela me deu uma caixa em formato retangular e eu a abri.
Era uma linda adaga com o cabo vermelho.(foto no final do capítulo.)
-Obrigada vovó, eu amei demais!-desde então eu andava com a adaga na cintura.

𝑭𝒍𝒂𝒔𝒉𝒃𝒂𝒄𝒌 𝘰𝘧𝘧

Não tinha nenhum podre ou alguém vivo na loja, então coloquei meu arco e flecha que estava comigo desde que eu sai da floresta em cima do balcão, e guardei a adaga em minha cintura.
Eu me escondi em baixo do balcão de pagamento e ali desabei em choro.
Eu perdi de novo, de novo e de novo.
Isso doi tanto, estar sozinha em um mundo como esse, sendo tão nova, sem ninguém pra me abraçar e dizer que estou segura.
Talvez eu nem devesse seguir em frente, e se esse fosse meu fim? como eu iria sobreviver aqui? talvez, eu só devesse aceitar minha morte.
Talvez eu encontre ela quando eu morrer, com ela eu me sentiria segura.
Segurei o meu pingente e comecei a soluçar de tanto choro.
-Eu te amo tanto, mamãe.-falei entre pausas por causa dos soluços.
Eu apaguei.

Meus olhos doíam um pouco por conta da claridade.
Levantei ainda meio desnorteada e olhei em volta, eu estava em uma cama e do meu lado havia uma janela, com uma paisagem linda, a grama verde vivo, a ponte de madeira clara, a árvore que balançava suas folhas com o vendo e o lindo lado cristalino.
-Vejo que acordou.-uma voz feminina disse fazendo meu olhar ir diretamente a ela.
Quando eu olhei, era ela, a minha mãe.
Com aqueles cabelos longos e castanhos que eu tanto amava fazer tranças. Os olhos cor de mel tão brilhantes quanto a lua, e aquele sorriso.
O sorriso que eu poderia ver 365 dias por bilhões de anos.
-MAMÃE?-levantei e corri para abraça-la que retribuiu instantemente, eu chorava enquanto ela passava os dedos pelo meu cabelo.
-Está tudo bem querida, eu estou aqui.-ela falou e eu  abracei mais forte a sua cintura.
-Por onde você esteve?-perguntei saindo do abraço.
-Estive com você, meu amor.-ela segurou em meu rosto.
-Onde eu estou?
-Está aonde eu moro, o paraíso.
-Eu morri?
-Não mas vai se não se levantar e seguir em frente.-ela falou
-Talvez seja isso oque eu quero, estar aqui com você. Todos se foram, a vovó, o vovô, meu grupo, você...
-Isso é mentira, todos nós estamos com você Madisson! você é uma Dixon, não uma fracote.
Oque eu te ensinei?
-A nunca abaixar a cabeça.
-Exatamente, sei como dói, mas você precisa viver, por todos nós.
-Eu não consigo sem você.
-Consegue sim, eu e sua avó te preparamos a vida toda para isso. Vai doer, muito, mas você precisa ser forte, assim como sempre foi, mas dessa vez vai precisar ser forte psicologicamente e fisicamente.
-E oque eu vou fazer?
-Sobreviver, assim como vai fazer agora.
-Como assim?
Ela pegou em minha mão e me levou até a varanda da casa.
-Eu não posso te ajudar, você precisa fazer isso sozinha, eu tenho que ir.
-Mas já?-meus olhos encheram de água.
-Infelizmente sim, eu eu amo Maddison, eu sempre vou te amar.
-Eu te amo mãe.-ela beijou minha testa e entrou para dentro. Eu escutei barulhos estranho e fui descendo devagar pelas escadas da varanda.
Vi uma orna de podres vindo correndo muito rápido para perto de mim, comecei a correr e entrei na floresta perto da casa, o barulho dos zumbis começou a vir de todos os lados me deixando cada vez mais confusa.
Comecei a escutar vozes distantes mas altas o suficiente.
-Isso é culpa sua Maddisson.
-Você fugiu e nós morremos.
-É só isso que você sabe fazer, FUGIR.
-VOCÊ DEIXOU SUA AVÓ PARA TRÁS, SEU AVÔ E TODOS AQUELES QUE CUIDAVAM DE VOCÊ.
-ISSO É TUDO CULPA SUA.
-ISSO É TUDO CULPA SUA.
-ISSO É TUDO CULPA SUA.
-ISSO É TUDO CULPA SUA.

𝑻𝒉𝒊𝒔 𝒊𝒔 𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝑫𝒆𝒂𝒅.Where stories live. Discover now