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ANY GABRIELLY

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ANY GABRIELLY

Hoje é o nosso último dia em Malibu, na casa alugada pelos pais de Sav. Foram ótimos dias aqui, para falar a verdade. Não sei se estou preparada para voltar para Nova York amanhã.

Mas olhando por outro lado, pelo menos não precisarei mais evitar Noah, já que somos obrigados a dividir o mesmo quarto e cama.

——— E aí no final, ele só terminou comigo e disse que não precisa mais de mim. ——— brevemente, acabara de contar o acontecimento de ontem para Sabina e Sav.

——— Como assim não "precisa" mais de você? ——— Savannah perguntou, claramente confusa.

Ás vezes eu simplesmente esqueço que desde que Alex descobriu tudo, Sav se tornou a única em nosso grupo de amigos que ainda não sabe de nada do nosso namoro falso.

——— Porque o Noah usou a Any para fazer ciúmes na piranha da Rebecca. Aí, agora que ele já conseguiu o que queria, jogou a pobre Soares no lixo. Por isso ele não precisa mais dela! ——— Sabina encurtou a estória.

——— Sabina! ——— arregalei os olhos, a repreendendo com o olhar. ——— Não era para contar agora. ——— sussurrei perto da mesma, para que Sav não escutasse, afinal.

——— Por que não? Eu te fiz um favor, garota, acorda! Ela já iria descobrir tudo algum dia, mesmo.

——— Que ódio! Por que eu sou sempre a última à saber das coisas? ——— reclamou ela. ——— 'Tá, mas isso é sério? Vocês namoravam de mentira esse tempo todo? ——— Sav perguntou, um pouco incrédula.

——— Não.

——— Wow! Mas... vocês já não tinham transado? E todos aqueles beijos? Faziam parte do tal plano do namoro falso também?

Eu e Sabina nos entreolhamos.

——— Bom... não exatamente.

——— Porra! Então ele te usou mesmo. ——— Sav se jogou no sofá da sala.

——— Sim, mas... eu aceitei fazer parte disso. Ele não tem culpa de eu ter me apaixonado, até porque isso não estava planejado.

——— Quê? E você ainda gosta dele? ——— novamente, Sav perguntou, em choque, como se acabara de pisar na lua. ——— Caramba, você é real muito fodida.

Bati de leve na testa da loira.

——— Cala a boca, swiftie chata.

——— Any ——— Sabina me chamou, então eu me virei para olhá-la. ——— Relaxa. A Rebecca com certeza vai dar um fora bem dado no Noah, e depois, ele vai ficar todo arrependido por ter terminado com você. Homem é assim mesmo. Não presta!

——— Ah, você jura? Então eu vou contar isso aí que você disse no final para o Jonah. ——— eu brinquei, Sav riu.

——— Mas ele é uma excessão! Além de que...

Sabina é interrompida por Noah, que acabara de chegar na sala sozinho. Ela revirou os olhos.

——— Ei, eu preciso falar com a Any. Se vocês puderem sair, eu agradeceria.

——— Ficou doido? Nós estamos conversando, Noah. Não deu para perceber? ——— Sabina se encostou na parede próxima a cozinha.

Urrea ignorou as palavras de Sabina, já que caminhou até mim. Sav afastou-se de nós.

——— É sério, Soares. Eu prometo que será rápido.

——— Bem, eu não estou te impedindo a nada. Pode falar.

——— Eu vou. Mas não perto delas.

——— Eu não vou sair daqui, pode esquecer. ——— Sabina gritou do outro lado da sala.

E então, em um movimento rápido, Noah me puxou para fora da casa. Consegui ouvir a risada sarcástica de Sabina no interior da mesma.

O garoto me guiou até o carro do pai dos Clarke' sem dizer uma sequer palavra.

——— Desde quando você tem permissão para dirigir isso?

——— Eu pedi para o pai da Sav e ele me emprestou a chave. Mas só por hoje. ——— respondeu. ——— Viu aí o que eu faço por você? ——— ele se gabou, poucos minutos antes de estacionar o veículo próximo à uma das várias sorveterias de Malibu. Eu ri.

——— Noah, você não vai me comprar com um sorvete. ——— murmurei, e então ele abriu as portas de seu veículo, insinuando que eu saísse do mesmo e entrasse na sorveteria de uma vez.

——— Eu não quero te comprar. ——— retrucou, me empurrando para dentro do estabelecimento. ——— Escolha o sabor. ——— ainda sem olhá-lo, fiquei quieta. ——— Pare de birra, Soares. Escolha logo o sabor.

——— Morango.

——— Um sorvete de morango, por favor. ——— Noah pediu a atendente do lugar, que logo se virou para preparar o meu pedido.

——— Você não vai pedir nada para você?

——— Não. Nós vamos dividir um.

Não discutiria com Noah no meio da sorveteria, então apenas me sentei no alto banco na frente do balcão junto ao garoto.

Dentro de dez minutos, a atendente voltou com o gelado em sua mão, o direcionando até mim.

——— Obrigada. ——— sorri, pegando de sua mão o sorvete de morango junto a única colher.

——— Any? ——— ouvi Noah chamar pelo meu nome, então virei meu rosto, indiferente. ——— Me desculpe por ter te metido nos meus problemas. Eu não sabia que isso daria tanta confusão assim. Me desculpe por nunca ter perguntado sobre os seus sentimentos. E... me desculpe por ter sido rude hoje mais cedo. Nós deveríamos ter conversado melhor sobre tudo isso antes, e...

——— Eu sei.

Seus olhos não pareceram acreditar, já que a expressão em seu rosto era extremamente confusa.

——— Sabe? ——— ele repetiu o que eu disse, incrédulo. ——— O que isso quer dizer?

——— Quer dizer que eu não me importo, Noah. Eu te conheço há tempos. Sei o quão burro e estúpido você é. Já era de se esperar que fosse foder com tudo entre nós. ——— peguei a colher do sorvete, colocando um pouco do mesmo e a levando até minha boca.

——— Não, espera aí. Também não é para tanto, né? ——— Urrea cruzou os braços, se encostando no balcão enquanto seus olhos fixaram-se em meus lábios absorvendo o gelado.

——— É apenas a verdade. ——— dei de ombros. Noah pegou a colher da minha mão e a afundou no sorvete novamente, dessa vez a direcionando a sua boca. ——— Ei!

——— Eu disse que nós iríamos dividir.

——— Mas não desse jeito! Pegue uma colher para você, seu nojento. ——— ri.

——— Por que eu deveria? É mais legal assim.

[...]

Valentine ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora