No dia seguinte depois de termos discutido o plano, repassamos para Carmilla e Hannes. Enquanto os meninos conversavam, Carmilla estava sozinha na varanda para o jardim. Fui até a mesma.
— Oi — digo.
— Você sabia que tem cheiro refrescante?
— Quê? — olho para ela incrédula, Carmilla sorri e diz:
— É. É por ser Lanitaryn.
— Você conheceu outras?
— Há alguns anos.
— Então conheceu Nerissa? Minha mãe?
— Digamos que seja pouco mais de alguns anos — ela sorri, sem jeito.
— Vocês envelhecem?
— Sim, mas não da forma humana. Me diz, quantos anos aparento ter?
— Vinte e sete?
— Quase. Vinte e seis.
— Há quanto tempo?
— Para os humanos? 50 anos, talvez. Por aí.
Olho para ela, mais uma vez incrédula.
— Possivelmente vi as primeiras Lanitaryn. Talvez conhecesse Nerissa, mas não me recordo.
— O cheiro era o mesmo?
— Sim. Algo refrescante. Tipo hortelã. Mas é diferente.
— O que é diferente?
— O seu não é só isso. É algo mais.
— Acha que pode ser por eu ser uma descendente Florence?
— Certamente.
— Fedido? — pergunto e Carmilla gargalha alto.
— Não, Mary. É como hortelã e... canela? Ou cravo? Eu nunca sei diferenciar.
— Canela é da árvore — digo e sorrio.
— Ah, então definitivamente é hortelã e cravo. Talvez pimenta?
— Bem parecidos, né?
— É uma mistura interessante, acho que isso é o mais próximo que consigo chegar de descrever.
Ficamos em silêncio por um tempo.
— Como você se sente?
— Sobre Xylia?
— Uhum.
— Eu... eu não sei dizer. É como se tivesse me apunhalado no peito. Eu nunca... — lágrimas brotam em seus olhos verdes e eu a abraço. — Desculpa, Mary. Eu não sabia, Deuses... eu não sabia.*
Bill dormiu comigo na noite passada. Depois de conversar com Carmilla, me encontrei com eles no salão para jantarmos. Depois de comer, conversamos mais um pouco e repassamos mais uma vez o plano. Carmilla estava desconfortável com a possibilidade de Xylia estar lá, saiu logo depois de comer, garantindo que estaria conosco amanhã. O dia que iríamos para Lanark.
Por fim, Georg também foi se deitar. E os que restaram, resolvemos andar um pouco pela cidade.
— Hannes – Tom começa a dizer — você acha confiável Carmilla ir com a gente? Não quero me aborrecer e chegando lá, a porra toda mudar.
– Olha como fala, garoto — Hannes se move tão rapidamente para ficar cara a cara com Tom que mal consigo acompanhar, vendo só o vulto do cabelo loiro passar por mim.
— E você vai fazer o que? Xylia já era uma traidora. Vai dizer que...
— Não ouve em terminar a porra da frase, Kaulitz.
Entro rápido no meio dos dois garotos, empunhando a adaga de Neith e uma espada curta.
— Chega, ou eu juro que a única coisa que vocês vão discutir é quem sangra mais.
Eles não se movem, então pressiono ambas as armas em seus pescoços, fazendo uma gota de sangue aparecer.
— Mary — Bill me chama, e sinto o nervosismo em sua voz. Eu viraria pó numa possível briga entre os dois.
Sinto algo em minha visão periférica. Movo rapidamente minha cabeça na direção do movimento, tirando as armas e me preparando.
— O que foi, Meridia? — Hannes pergunta se colocando ao meu lado.
— Eu... eu não sei. Posso jurar que vi algo entre as árvores. Ali. — aponto.
Bill e Tom se entreolham e vão até lá. Um tempo se passa e os irmãos voltam.
— Não tem nada, princesa. — Bill diz e puxa uma mecha do meu cabelo.
— Vamos voltar pro forte. Está escuro demais para ficarmos descampados aqui fora. – Tom diz e todos concordamos.
— Que horas amanhã? — Hannes pergunta assim que adentramos o forte.
— Ao amanhecer. Partiremos assim que os cavalos estiverem prontos.VOTE E COMENTE <3
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Pain Of Love - 1ª TEMPORADA
ФанфикMeridia Florence é uma caçadora. A mais antiga e habilidosa de Lanark. Seu dever é proteger o vilarejo, mas ninguém nunca viu seu rosto. O Rei Alastir dá a ordem para Meridia matar Bill Kaulitz, o vampiro que vem fazendo vítimas no continente. Uma...