Fim

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Cinco anos haviam se passado e agora Marina morava em uma pequena casa no campo de frente para o mar.

Seu amor pelo mar não havia passado, seria difícil abandonar algo que a fazia tão bem e principalmente por agora saber que seu amor estava ali, bem de baixo dos navios.

Mas agora suas responsabilidades eram outras, ela cuidava da pequena garotinha que que resgatara do mar, não uma vez, mas duas e agora havia dado um nome oficial para ela, Darya, que significava mar na língua persa.

Darya ajudava Marina a cuidar do irmão de cinco anos, o pequeno pimentinha corria o dia todo e teimava em sempre ir em direção ao mar, a mãe tinha que pegá-lo antes que ele pulasse.

— Kai, fiquei longe do mar mocinho!

O menino de cabelos pretos e olhos azuis encarava ela com um sorriso ardiloso, no instante seguinte corria para o balanço, deixando a mãe aliviada.

— Mamãe? Posso ir até a cidade ver a vovó? — Darya passava a mão no vestido florido que usava.

— É muito perigos ir sozinha pequena, vamos esperar seu pai chegar para irmos juntas, que tal?

— O papai vem hoje? — a agitação tomou conta da menina.

— Segundo minhas contas sim, ele vem hoje!

Elas esperavam que Carter chegasse pela manhã, que daria um belo beijo de bom dia nelas e tomaria café na mesa, mas ele se surpreenderia ao ver o filho crescido.

Quando ficou grávida, Marina esperou que a barriga crescesse para tomar um barquinho e remar para o meio do mar, ali Carter submergiu para encontrar a esposa e teve a grande surpresa, fora a tarde mais linda que passaram juntos, mesmo que não estivesse grudados um ao outro.

— Então, vamos comer o que mamãe?

— Por que a pressa hoje querida?

— Eu e Nicholas vamos na caverna das montanhas! Nick tem certeza que tem fantasmas lá!

— Hum, sozinhos? Sabe que...

— Não se preocupe mamãe, Nick me protege se alguma coisa acontecer!

— É mesmo? E quem protege o Nick?

— Eu, claro! Posso cuidar dele com unhas e dentes!

— Claro, claro! Agora me faça um favor pequena corajosa, vá na horta e pegue os temperos para mamãe!

A menina saiu saltando e quanto Marina cantarolava uma música baixinho, ser mãe e cuidar de uma casa estava sendo uma tarefa difícil, ela queria mais aventuras, mais lutas, sabia como a mãe se sentia tendo que cuidar de um reino.

Enquanto colocava o peixe no forno ela ouviu o grito de Darya, Marina largou tudo que fazia e correu em direção do grito, Darya estava parada próximo há beira do penhasco, foi o tempo de Marina olhar e Kai já estava caindo.

— KAI...

O desespero da jovem havia sido tão grande que não conseguia pensar em usar seus poderes, parecia que o tempo longe do mar havia deixado ela travada, enquanto corria em direção a beira do penhasco, as lágrimas de desespero saltavam de seus olhos.

— Vai para trás Darya, agora! Saia daí!

Quando chegou na beira do penhasco pronta para pular, lá estava Carter segurando o menino nos braços e subindo com a água, o alívio percorreu Marina, que se sentou no chão respirando fundo.

— Por Deus... Ainda bem que você estava vindo!

— Eu sempre chego nos momentos mais apropriados, reparou beldade?

Depois da Tempestade Livro 2 O Pirata Onde histórias criam vida. Descubra agora