Post Tenebras, Lux | Sevmione

Capítulo 21

"Histórias de eras passadas
Sombras não iluminadas lançadas
Por toda a eternidade
O choro da humanidade..."
- Donovan, 'Hurdy Gurdy Man'.

As coisas não saíram exatamente como o planejado. A maior parte do dia tinha sido absolutamente adorável; tinha sido ótimo ver todo mundo de novo e, como sempre, a comida da Sra. Weasley estava excelente - ainda bem, já que ela estava com muita fome - e a tarde tinha sido divertida. Mas, então, tudo desmoronou de forma espetacular, e não foi por outra razão senão porque eles estavam fazendo perguntas provocantes sobre seu misterioso amante desconhecido e ela lhes disse que ele era da Sonserina. Ninguém tinha recebido bem essa notícia e agora Hermione estava lutando para manter a voz firme enquanto falava com seu Patronus com uma mensagem.

"Severus, é a Hermione. Estou na Toca, mas não estou em condições de aparatar de volta. Se você puder, poderia vir me buscar, por favor? Obrigada."

"O que o morcego da masmorra tem a ver com isso?" Ron perguntou de forma beligerante quando a lontra desapareceu, e ela mal conseguiu conter sua primeira resposta raivosa, sentindo um lampejo de irritação com a estupidez dele. Ela havia feito tudo, menos escrever 'Eu amo Severus Snape'. em luzes de neon; de quantas dicas eles precisavam antes de descobrir? Quantos meio-sangues Sonserinos inteligentes e mal-humorados daquela idade, que haviam lutado na guerra, ela havia conhecido uma vez e reencontrado inesperadamente há um ano e meio?

Cerrando os dentes, ela respondeu de forma brusca: "Como eu quero voltar para Hogwarts, faria sentido pedir ajuda a alguém de Hogwarts, não é mesmo, em vez de forçar outra pessoa a fazer a viagem?"

"Você não está pedindo a ele?" perguntou Ginny em voz baixa.

"Quando eu contar a ele o que aconteceu, é provável que ele queira entrar aqui e começar a dar feitiços. Você não vai querer que ele chegue perto daqui quando souber. E, francamente, dada a atitude de todos, eu também não o quero perto de vocês." No momento, isso era terrivelmente tentador, de fato. Nenhum dos presentes poderia ter a esperança de enfrentar Severus e vencer; os únicos que chegariam perto seriam Harry ou talvez Bill, e seu Sonserino era mais do que páreo para os dois, se estivesse irritado o suficiente para parar de jogar limpo. "É melhor eu ir lá fora e esperar. Duvido que Severus esteja de bom humor e certamente não vai querer ver nenhum de vocês."

"O sentimento é mútuo", retrucou Ron, e ela por pouco não resistiu à vontade de lhe dar um tapa.

"Obrigada pelo almoço, Molly", disse ela com firmeza. "Desculpe-me se causei algum problema."

"Não causou, querida", assegurou instantaneamente a Sra. Weasley. "Peço desculpas por meus filhos. Achei que tinha ensinado a eles boas maneiras", acrescentou em um tom que prometia palavras duras mais tarde.

"Nem todos nós enlouquecemos ao ouvir a palavra com 'S'"protestou George, suavemente. "Alguns de nós -"

"Agora não, George", seu pai o aconselhou em um tom baixo.

Hermione estava chateada e irritada demais para sorrir. Ela se despediu rapidamente, olhando para Harry quando ele tentou dizer alguma coisa, e saiu em disparada para o lado de fora e foi até o ponto de aparição, além da cerca no fundo do jardim. Tremendo enquanto esperava, ocorreu-lhe pensar se Severus realmente sabia onde ficava a Toca; ela ia parecer muito estúpida se ele não soubesse. Mesmo que soubesse, talvez ela tivesse pedido demais dele; ele não iria querer enfrentar nenhum dos Weasleys, e ela sabia que ele preferia beber um veneno de ação lenta a ver Harry novamente. Tentando não pensar nisso, ela fez o possível para bloquear o som de vozes altas que vinham de dentro da casa.

Depois do que pareceram horas, houve um estalo agudo e uma figura escura familiar apareceu. Olhando ao redor com cautela, ele relaxou quando viu que ela era a única pessoa à vista e acenou com a cabeça para ela. "Minhas desculpas. Eu teria chegado mais cedo, mas não venho aqui desde o fim da primeira guerra e a aparição foi difícil."